Category: Anatel

Claro: novo modem para internet coaxial é aprovado pela Anatel

Claro: novo modem para internet coaxial é aprovado pela Anatel

Modem de internet via cabo da Claro passa na Anatel (ilustração: Vítor Pádua/Tecnoblog)

O coaxial ainda vive: um novo modem foi homologado na Anatel para uso pela Claro em seus planos de internet via cabo. Trata-se do modelo NE6037, fabricado pela chinesa SDMC e que utiliza a tecnologia DOCSIS 3.1, permitindo download de até 10 Gb/s. A Claro confirmou com exclusividade ao Tecnoblog que tem planos de adotar o equipamento para oferecer melhor performance e novas funcionalidades.

O aparelho tem quatro portas LAN, uma delas capaz de 2,5 Gb/s, necessária para atingir velocidades na faixa de 1 gigabit por segundo (Gb/s) em redes cabeadas, além de Wi-Fi 6 capaz de até 1.200 Mb/s em 2,4 GHz e até 4.800 Mb/s na rede de 5 GHz.

Modem SDMC NE6037 (imagem: reprodução)

Ele também tem duas saídas RJ11, utilizadas para o serviço de telefonia fixa, e uma porta USB 3.0, para compartilhamento de dados ou impressoras na rede. Ambas são comuns nos modems da Claro. O modelo é baseado no chipset Puma 7 da Maxlinear (a divisão de chips para modems e roteadores pertencia à Intel até 2020).

A homologação foi solicitada pela Tellescom, importadora e distribuidora desse tipo de equipamento. Ela fornece modems para a Claro e outras empresas do setor.

Traseira do modem SDMC NE6037 (foto: reprodução)

A Claro nos disse que foi a primeira a lançar a tecnologia Wi-Fi 6 no Brasil e que “segue atualizando seu parque de terminais nessa tecnologia, em linha com a rápida evolução dos equipamentos”.

Pelas características técnicas do NE6037, ele tende a ser utilizado nos planos de maiores velocidades (750 Mb/s e 1 Gb/s), que prometem vir com Wi-Fi 6. Dito isso, entre os modelos de modem ainda com homologações ativas na Anatel, apenas dois modelos (TG3442 e HI3120) não são capazes compatíveis com Wi-Fi 6 e nem possuem portas 2,5 Gb/s.

O uso de equipamentos com Wi-Fi 6 está se popularizando entre as operadoras brasileiras: Claro, Vivo, TIM, Oi e diversas operadoras regionais já oferecem equipamentos Wi-Fi 6 em pelo menos alguns de seus planos. Roteadores Wi-Fi 6 também estão mais acessíveis no varejo, onde já são encontrados por menos de R$ 200.
Claro: novo modem para internet coaxial é aprovado pela Anatel

Claro: novo modem para internet coaxial é aprovado pela Anatel
Fonte: Tecnoblog

Anatel apreende 22 mil produtos irregulares da Amazon e Mercado Livre

Anatel apreende 22 mil produtos irregulares da Amazon e Mercado Livre

Celulares, notebooks e outros equipamentos sem homologação foram apreendidos pela Anatel (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Anatel realizou mais força-tarefa do Plano de Ação de Combate à Pirataria (PACP), e a Operação Black Friday fiscalizou cinco centros de distribuição da Amazon e do Mercado Livre. Ao todo, 22 mil produtos sem homologação foram recolhidos, incluindo celulares e aparelhos de TV Box.

A Operação Black Friday foi realizada entre os dias 26 e 29 de novembro, em conjunto com a Divisão de Repreensão ao Contrabando e Descaminho (DIREP) da Receita Federal. De acordo com a Anatel, as ações foram planejadas com uso de inteligência artificial, mas com a presença física de 48 agentes.

As fiscalizações ocorreram em cinco centros de distribuição, localizados em Cajamar (SP) e Betim (MG). Além de celulares e TV Box, a Operação Black Friday também apreendeu equipamentos como notebooks, smartwatches, carregadores de celular, baterias, carregadores portáteis (powerbank), fones de ouvido, microfones e drones.

Essa não é a primeira vez que a Anatel mira na Amazon e Mercado Livre. A agência já fez operações no passado e determinou que as lojas virtuais adotassem medidas para interromper a comercialização de produtos irregulares. O caso foi parar na Justiça.

O Tecnoblog procurou a Amazon e o Mercado Livre para comentar sobre a fiscalização, mas não houve resposta até a publicação da reportagem. A matéria será atualizada se houver manifestação dos marketplaces.

O que a Anatel fiscalizou no estoque da Amazon e Mercado Livre?

De acordo com a Anatel, o principal objetivo da agência é verificar se os produtos dos marketplaces eram comercializados legalmente. Para isso, é necessário que as mercadorias sejam certificadas pela agência, e que não tenham sido objeto de descaminho, contrabando ou evasão de impostos.

Diversos eletrônicos precisam ser homologados para serem comercializados no Brasil, como carregadores de celular, cabos de telecomunicações e qualquer tipo de equipamento que emita radiofrequências, como Wi-Fi ou Bluetooth.

Anatel e Receita fiscalizam estoques da Amazon e Mercado Livre (Imagem: Divulgação/Anatel)

A Anatel não cobra taxas pela homologação desde 2019, mas as fabricantes precisam contratar um laboratório para realizar os testes. Além disso, as empresas também precisam atender os consumidores com questões de garantia e assistência técnica.

A agência alerta que produtos não homologados podem trazer riscos à saúde, segurança e confiabilidade das redes, além de afetarem a competitividade de empresas que atuam de forma legal no Brasil. A Anatel recomenda aos consumidores que adquiriram um produto irregular que tentem devolver ou trocar o equipamento com o vendedor.

Essa é a segunda força-tarefa da Anatel em uma semana que envolve o combate a produtos irregulares. Na terça-feira (26), a Operação Shanzai apreendeu três caminhões de mercadorias piratas incluindo aparelhos de TV Box, caixas de som Amazon Echo, celulares e acessório.

Anatel utilizou IA para auxiliar operação

Uma das novidades da Operação Black Friday é a utilização de inteligência artificial para auxiliar na fiscalização. A Anatel apresentou a ferramenta chamada Regulatron, que automatiza a coleta (webscraping), processamento, visualização e faz análise quantitativa e qualitativa de anúncios em lojas virtuais.

Segundo a agência, o Regulatron foi desenvolvido e aperfeiçoado por servidores da própria Anatel. A ferramenta é capaz de coletar evidências de irregularidades, e direcionar as vistorias nos estoques das lojas virtuais.
Anatel apreende 22 mil produtos irregulares da Amazon e Mercado Livre

Anatel apreende 22 mil produtos irregulares da Amazon e Mercado Livre
Fonte: Tecnoblog

Anatel aprova fim da concessão da Oi; empresa deverá investir R$ 5,8 bilhões

Anatel aprova fim da concessão da Oi; empresa deverá investir R$ 5,8 bilhões

Oi deixará de ser concessionária de telefonia fixa no Brasil (Imagem: Barbara Eckstein/Flickr)

A Anatel finalmente aprovou, nesta quinta-feira (14), a adaptação do regime de concessão de telefonia fixa da Oi. A operadora passará a atuar no modelo de autorizada, com menos obrigações, mas deverá investir cerca de R$ 5,8 bilhões como contrapartidas.

Essa é uma novela que se arrasta há algum tempo, e um acordo já havia sido feito com Tribunal de Contas da União (TCU). Com a aprovação unânime pelo Conselho Diretor da Anatel, a agência irá emitir o ato de autorização da Oi.

Em sua segunda recuperação judicial, a Oi comemora a aprovação da Anatel. Após vender sua carteira de clientes de internet via fibra óptica e se desfazer dos ativos de telefonia móvel, a operadora irá focar na Oi Soluções, divisão voltada para o segmento corporativo e empresarial com serviços de conectividade e TI.

Em setembro de 2024, a Oi tinha 5,8 milhões de linhas de telefonia fixo. Ela é a terceira maior operadora do segmento com participação de mercado de 25,5%, atrás da Claro e Vivo.

Oi deixará de ter obrigações na telefonia fixa

A Oi era uma operadora concessionária, e foi formada a partir da privatização das redes de telefonia fixa em todos os estados do Brasil — com exceção de São Paulo, em que a responsável era a Vivo. Essas concessionárias tinham diversas obrigações que não fazem mais sentido nos dias atuais.

Uma delas é a obrigatoriedade de manter telefones públicos (orelhões), que ficaram em ociosos pela popularização dos celulares e são alvos de vandalismo. Além disso, a Oi tinha a obrigação de atender qualquer solicitação de telefonia fixa em sua área de concessão.

Como concessionária, Oi era obrigada a manter serviço fixo em áreas sem lucratividade (Imagem: George Chandrinos/Pixabay)

A operadora afirma não ter rentabilidade em algumas regiões, e ainda assim se vê obrigada a pagar aluguel pelo uso de 11 milhões de postes. Com a migração para a autorização, várias dessas obrigações se perdem, e a Oi poderá desativar a telefonia fixa em locais com presença de outras operadoras que também ofereçam esse serviço.

Ainda assim, a Oi será obrigada a fazer a fornecer o serviço de voz fixa até 2028 ou enquanto não existir outras alternativas de comunicação em cidades onde somente ela atende, bem como manter a comunicação em serviços públicos tridígitos (como 190 ou 192, por exemplo).

Quais investimentos a Oi deverá fazer para migrar o regime?

Pelo acordo assinado com o TCU, a Oi deverá investir cerca de R$ 5,8 bilhões pela migração da concessão. A V.tal, empresa de rede neutra derivada da própria Oi, irá assumir esses custos.

De acordo com a Oi, os valores serão empregados nas seguintes frentes:

construção de rede Wi-Fi e fornecimento de internet banda larga de alta velocidade em 4 mil escolas, atendendo aproximadamente 1 milhão de alunos;

construção de novos datacenters e ampliação de redes de cabos submarinos, para melhorar a infraestrutura brasileira de comunicação e TI;

manutenção do serviço de telefonia fixa em 10.650 localidades, de 2.845 municípios, até 2028 ou enquanto não exista ali uma alternativa de comunicação.

Anatel aprova fim da concessão da Oi; empresa deverá investir R$ 5,8 bilhões

Anatel aprova fim da concessão da Oi; empresa deverá investir R$ 5,8 bilhões
Fonte: Tecnoblog

Moto Tag: rastreador da Motorola finalmente chega ao Brasil

Moto Tag: rastreador da Motorola finalmente chega ao Brasil

Moto Tag (imagem: divulgação/Motorola)

Depois de uma homologação na Anatel, finalmente a Motorola fez o anúncio oficial da Moto Tag para o Brasil. A novidade vem para disputar mercado com a AirTag, da Apple, e a SmartTag, da Samsung, o que deixa claro que este é um dispositivo para rastreamento de objetos fixados a ele. Por aqui, os preços oficiais partem de R$ 299.

A Motorola anunciou a Moto Tag em junho de 2024, junto com o celular dobrável Razr 50. Já no final de julho, a Moto Tag passou por homologação na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), procedimento necessário para a sua comercialização no Brasil.

Demorou um pouco, mas finalmente as vendas oficiais começaram no mercado brasileiro. O dispositivo tem duas opções de cores: verde (Green) e azul escuro (Dark Blue)). Além disso, a Moto Tag é compatível com celulares Android de várias marcas, não somente com os da Motorola.

A Moto Tag pode ser fixada em mochilas, malas, carteiras, chaveiros e quaisquer outros objetos que o usuário quiser rastrear. Em caso de perda desse item, basta utilizar o serviço Encontre Meu Dispositivo para tentar encontrá-lo.

Rastreamento da Moto Tag via Encontre Meu Dispositivo (imagem: reprodução/Motorola)

Demais características da Moto Tag

A Moto Tag tem formato de moeda, lembrando vagamente o rastreador Apple AirTag. Já o mecanismo de rastreamento é baseado nas tecnologias Bluetooth Low Energy (BLE) e UWB.

O gadget conta ainda com certificado IP67, que garante proteção contra poeira e imersão em até 1 metro de água doce por até 30 minutos. Já a bateria, removível, é do tipo CR2032 (formato de moeda) e, de acordo com a Motorola, pode durar até um ano.

Para quem se preocupa com os aspectos da segurança e privacidade, a Motorola explica que a comunicação da Moto Tag é feita com criptografia de ponta a ponta, de modo que somente o dono do dispositivo ou uma pessoa autorizada por ele possa acompanhar a localização do item.

Ainda segundo a fabricante, em breve, a Moto Tag também poderá ser usada para acionamento à distância da câmera de smartphones Android.

Moto Tag está disponível em verde e azul escuro (imagem: divulgação/Motorola)

Disponibilidade e preços da Moto Tag

A Moto Tag já está à venda no site brasileiro da Motorola. O preço da unidade é de R$ 299, mas sai por R$ 269,10 no pagamento à vista com Pix ou cartão.

Também é possível adquirir o kit com quatro unidades, que sai por R$ 1.099 ou, no pagamento à vista, R$ 989,10.

Para fins de comparação, saiba que a Moto Tag custa por volta de US$ 30 nos Estados Unidos (valor equivalente a cerca de R$ 170 na conversão atual).
Moto Tag: rastreador da Motorola finalmente chega ao Brasil

Moto Tag: rastreador da Motorola finalmente chega ao Brasil
Fonte: Tecnoblog

Claro: milhões de clientes ficam sem novo sistema contra golpes telefônicos

Claro: milhões de clientes ficam sem novo sistema contra golpes telefônicos

Milhões de clientes da Claro ficarão sem Origem Verificada (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Em breve, os brasileiros vão contar com a função Origem Verificada, novo sistema da Anatel para identificar chamadas de empresas com nome, logo e o motivo da ligação, direto na tela do smartphone. No entanto, pelo menos 35 milhões de clientes da Claro estão impossibilitados de desfrutar desse benefício, que visa reduzir golpes e spam telefônico.

O Origem Verificada adota a tecnologia STIR/SHAKEN e RCD, protocolos que já estão em uso em países como Estados Unidos e Canadá. Grandes empresas, como bancos e lojas, irão adotar o sistema que garante a autenticidade das ligações deve evitar golpes telefônicos. Com o selo de verificação, os usuários passarão a ter maior confiabilidade na hora de atender ligações.

Quando a Anatel divulgou a adoção do Origem Verificada, informou que o identificador de chamada aprimorado estaria disponível apenas nas redes 4G ou superior. Mas não basta que o smartphone esteja com sinal 4G para receber o identificador aprimorado.

Ao menos 40% dos clientes da Claro ficarão sem identificador inteligente (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A área técnica da Anatel confirmou ao Tecnoblog que o funcionamento do Origem Verificada exige que o usuário de destino esteja conectado em uma rede 4G ou 5G com o VoLTE habilitado.

Preste atenção nessa última sigla: VoLTE. Trata-se de uma tecnologia que permite fazer chamadas de voz utilizando redes 4G. O VoLTE é necessário para o funcionamento dos protocolos de identificação aprimorado, próprios para utilização em redes puramente digitais.

O VoLTE é um grande calcanhar de Aquiles na rede da Claro, que limita a função para clientes do pós-pago. Enquanto isso, outras operadoras oferecem a tecnologia em toda a cobertura, sem distinção por tipo de plano.

Quais clientes da Claro ficarão sem Origem Verificada?

O Tecnoblog procurou a Claro para esclarecer a base de clientes atendidas pela tecnologia VoLTE e quando as chamadas por 4G serão ativadas para todos os usuários. No entanto, a operadora não respondeu no prazo solicitado.

Em seu site, a operadora menciona a tecnologia somente no portal de roaming internacional e nos manuais de usuário de smartphones, e informa que a função está disponível apenas para clientes com plano pós-pago.

Considerando que a Claro libera a tecnologia VoLTE apenas para clientes com plano pós-pago puro, boa parte dos clientes ficarão sem a novidade da Anatel.

Guia de configurações expõe restrição do VoLTE para clientes Claro Pós (Imagem: Reprodução)

De acordo com dados da Anatel relativos ao mês de setembro de 2024, a Claro tem 88,2 milhões de clientes. Desse montante, 35,03 milhões de linhas são contratos do pré-pago, que não tem acesso à tecnologia VoLTE.

Ao menos 39,7% dos clientes da Claro não são elegíveis para utilizar o identificador inteligente da Anatel. Na prática, a porcentagem é bem maior: a base do pós-pago também inclui contratos do tipo controle e Claro Flex, que não possuem acesso à tecnologia VoLTE.

Os dados por categoria não são divulgados pela Claro (e por nenhuma operadora brasileira). É possível assumir que os planos controle e Flex têm parcela significativa entre a base de clientes da operadora, devido ao custo menor: enquanto o pós-pago puro mais barato custa mais de R$ 100 por mês, o Claro Flex básico custa R$ 39,90 mensais.

O que é a tecnologia VoLTE exigida pelo Origem Verificada?

A tecnologia 4G foi desenvolvida pensando apenas na conectividade de dados. Quando começou a ser implementada no Brasil e no mundo, os smartphones continuavam dependendo das redes 3G ou 2G para fazer chamadas tradicionais.

VoLTE permite chamadas de voz com celulares conectados no 4G e 5G (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

A solução para permitir chamadas no 4G veio depois, com o surgimento da tecnologia VoLTE, que permite a utilização do serviço de voz tradicional utilizando dados. O padrão também traz outras vantagens, como maior qualidade de ligação (chamada HD) e menor espera para completar a chamada.

No Brasil, o VoLTE começou a ser ativado em 2017 pela TIM e Vivo. A Claro se atrasou na festa e começou a liberar o VoLTE apenas em 2019, exclusivo para clientes com plano pós-pago em duas cidades brasileiras — na mesma época, a TIM somava 2 mil municípios aptos para a chamada com 4G.

Estamos no fim de 2024, e as operadoras TIM e Vivo já expandiram a utilização do VoLTE para toda sua área de atuação, sem exigir planos específicos. Na Claro, essa ainda é uma realidade distante para muitos dos seus clientes.
Claro: milhões de clientes ficam sem novo sistema contra golpes telefônicos

Claro: milhões de clientes ficam sem novo sistema contra golpes telefônicos
Fonte: Tecnoblog

Anatel processa TIM por má-fé e obtém vitória no DF

Anatel processa TIM por má-fé e obtém vitória no DF

TIM queria cobrar franquia mensal de dispositivos IOT (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A TIM foi condenada por litigância de má-fé ao abrir múltiplos processos sobre a cobrança de franquia mensal para dispositivos IoT.
A operadora pagará uma multa de 10 salários mínimos, equivalente a pouco mais de R$ 14 mil, após decisão judicial favorável à Anatel.
A Anatel, representada pela AGU, bloqueou a tentativa da TIM de impor a cobrança, e a decisão reforça que práticas semelhantes não serão toleradas.

A Agência Nacional de Telecomunicações venceu a TIM num processo judicial que envolve má-fé da operadora. A agência reguladora questionava a conduta da TIM em abrir diversas ações na Justiça para tratar de um mesmo assunto, o que se caracteriza como litigância de má-fé.

A TIM foi condenada a pagar dez salários mínimos para a Anatel, o equivalente a pouco mais de R$ 14 mil. “O simbolismo da decisão indica que esse comportamento não passará despercebido e não será tolerado pelo Judiciário”, declarou a agência em nota à imprensa.

A TIM queria cobrar franquia mensal das MVNOs que oferecessem serviços para dispositivos de M2M e IoT. Após a Anatel barrar este formato de negócio, a operadora começou os variados processos, que se tornaram alvo da recente decisão judicial.

A Anatel foi representada pela Advocacia Geral da União, órgão apropriado para casos assim.

O Tecnoblog tenta contato com a TIM para saber se a empresa pretende recorrer da decisão. O processo número 1100814-17.2023.4.01.3400 está atualmente na 6ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal.

Anatel processa TIM por má-fé e obtém vitória no DF

Anatel processa TIM por má-fé e obtém vitória no DF
Fonte: Tecnoblog

Anatel apreende TV box de consumidor após interferência no 4G da Claro

Anatel apreende TV box de consumidor após interferência no 4G da Claro

Resumo

A Anatel apreendeu uma TV box MXQ Pro 4K não homologada que interferia no 4G da Claro em Poá (SP).
O dispositivo gerava sinais na frequência de 742 MHz, prejudicando a banda de subida do 4G da operadora.
O proprietário recebeu uma advertência, mas não foi multado.
O Tecnoblog obteve acesse à documentação do caso em primeira mão.

TV Box sem homologação da Anatel gerava interferências (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Uma das atribuições da Anatel é fiscalizar o uso indevido do espectro, pois a emissão de radiofrequências de forma indiscriminada pode prejudicar outros serviços sem fio. Uma inspeção trouxe uma situação inusitada: uma TV box não-homologada estava gerando interferências no 4G da Claro. O aparelho foi apreendido pela agência, segundo documentos visualizados pelo Tecnoblog.

O caso aconteceu no município de Poá (SP). Uma fiscalização foi efetuada pela Anatel em maio de 2024, após a Claro relatar interferências prejudiciais em uma estação rádio-base localizada num município vizinho.

Os técnicos da agência constataram o problema utilizando um equipamento que faz a análise do espectro em tempo real. O dispositivo identificou sinais constantes na frequência de 742 MHz, que ficavam ainda mais evidentes quando se aproximavam de um prédio residencial.

O sinal gerou interferências no espectro utilizado pelo 4G da Claro. A operadora detém uma licença que compreende o intervalo de 738 a 742 MHz, e se refere à banda de subida da frequência de 700 MHz.

TV box foi apreendida e usuário recebeu advertência

MXQ Pro 4K foi apreendida pela Anatel por gerar interferências (Imagem: Reprodução/Anatel)

Com autorização do zelador do prédio, os técnicos conseguiram localizar o apartamento que gerava a interferência. O proprietário permitiu o acesso da equipe, e o analisador de espectro identificou sinal ainda mais intenso quando aproximado de uma TV box ligada.

A TV vox em questão tinha o modelo MXQ Pro 4K, e o equipamento não era homologado pela Anatel. Ao desligar o produto, a fiscalização identificou que a interferência cessou. Sendo assim, os técnicos fizeram a apreensão cautelar do dispositivo e de sua respectiva fonte de alimentação.

Analisador de espectro localizou interferência emitida por TV Box (Imagem: Reprodução/Anatel)

Os agentes da Anatel autuaram o proprietário, e explicaram sobre os processos administrativos. Em despacho decisório, o gerente regional do estado de São Paulo decidiu aplicar por conceder uma advertência pela infração, sem aplicação de multa.

Essa não é a primeira vez que a agência faz esse tipo de operação: uma clínica veterinária em Lauro de Freitas (BA) foi multada em R$ 440 por uso de uma câmera IP sem homologação que causava interferências no 4G da Vivo. Os equipamentos também foram apreendidos.
Anatel apreende TV box de consumidor após interferência no 4G da Claro

Anatel apreende TV box de consumidor após interferência no 4G da Claro
Fonte: Tecnoblog

Galaxy A16 5G é homologado pela Anatel e já pode ser vendido no Brasil

Galaxy A16 5G é homologado pela Anatel e já pode ser vendido no Brasil

Galaxy A16 5G já foi lançado em alguns países e deve estrear no Brasil em breve (Imagem: Divulgação/Samsung)

O Samsung Galaxy A16 5G foi homologado pela Anatel na segunda-feira (7) e está pronto para ser vendido no Brasil. O celular já foi lançado em alguns países, mas segue sem previsão de lançamento por aqui. A versão 4G do Galaxy A16 já foi certificada pela Anatel.

O Galaxy A16 5G, sem grandes surpresas, terá parte da sua fabricação feita no Brasil. A Samsung produzirá o celular em Manaus e Campinas — onde também será fabricada a versão 4G do smartphone. Outras unidades serão importadas da Coreia do Sul e do Vietnã.

Galaxy A16 5G homologado pela Anatel

Certificação do Galaxy A16 5G na Anatel (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

O documento de conformidade técnica também mostra que o Galaxy A16 5G será vendido com um carregador de 15 W. Esse mesmo equipamento estará na caixa do Galaxy A16 4G.

A Samsung costuma entregar esse carregador por ser o modelo mais barato. Ainda assim, os celulares suportam carregamento de 25 W. A bateria é de 5.000 mAh, confirmada pelo documento de conformidade técnica, mostrando que o smartphone usa a bateria EB-BA166ABY ou EB-BA166ASY.

Galaxy A16 5G tem tela de 6,7 polegadas e resolução Full HD+ (Imagem: Reprodução / Samsung)

Na Europa, o Galaxy A16 5G utiliza o processador Exynos 1330 e tem 4 GB de memória RAM. O armazenamento é de 128 GB, expansível para mais 1,5 TB com um microSD. Existe a possibilidade da Samsung trazer para o Brasil a versão com mais memória RAM e opção de 256 GB armazenamento.

O dispositivo é equipado com tela AMOLED de 6,7 polegadas, taxa de atualização de 90 Hz e resolução Full HD+.

O Galaxy A16 5G foi anunciado com seis anos de atualização de sistema operacional, se transformando no celular de entrada da Samsung com maior tempo de suporte deste tipo. Ele sai de fábrica com a One UI 6 (Android 14).

O smartphone é equipado com um conjunto triplo de câmeras na traseira: 50 MP (principal), 5 MP (ultrawide) e 2 MP (macro). A câmera para selfie possui 13 MP. O visual do aparelho é idêntico ao seu antecessor, com os botões localizados em um relevo batizado de key island.
Galaxy A16 5G é homologado pela Anatel e já pode ser vendido no Brasil

Galaxy A16 5G é homologado pela Anatel e já pode ser vendido no Brasil
Fonte: Tecnoblog

X/Twitter está de volta ao Brasil, ordena Anatel; procedimento pode levar horas

X/Twitter está de volta ao Brasil, ordena Anatel; procedimento pode levar horas

Anatel notifica provedores de internet sobre a volta do X (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Anatel começou a notificar os provedores de internet sobre o retorno do X/Twitter ao Brasil após 38 dias de bloqueio.
O bloqueio, o mais longo da história da internet brasileira, foi causado por descumprimento de ordens judiciais.
Provedores dependem da notificação oficial da Anatel para liberar o acesso, e o desbloqueio deve ocorrer nas próximas horas.

A Agência Nacional de Telecomunicações confirmou por volta das 10h20 desta quarta-feira (dia 09/10) que iniciou a notificação dos provedores de internet a respeito da volta do X/Twitter ao Brasil. Cada empresa deverá tomar as providências para que os clientes possam acessar a rede social de Elon Musk.

O X/Twitter está fora do ar há 38, quase 39 dias. Já é o mais longo bloqueio por decisão judicial da internet brasileira, segundo fontes com quem eu conversei. A empresa cumpriu uma série de medidas do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Players do mercado online se lembram do banimento sofrido pelo WhatsApp em 2016 por não colaborar com investigações policiais e pela Uber em 2015, na esteira das discussões sobre a legalidade do app. Em ambos os casos, a interrupção durou 72 horas.

Site do X às 10h55: ainda inacessível (imagem: reprodução/Tecnoblog)

Provedores não podem desbloquear por conta própria

A aguardada volta do X/Twitter ao Brasil está levando mais tempo do que o esperado, em especial para os fãs da rede social de Elon Musk. Os provedores de internet, no entanto, não poderiam reativar o acesso sem que fossem notificados pela agência reguladora. Elas dependem da notificação da Anatel, de acordo com a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint).

A entidade, que representa empresas de pequeno e médio porte, estima que o processo de desbloqueio ocorra em questão de horas.
X/Twitter está de volta ao Brasil, ordena Anatel; procedimento pode levar horas

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Fonte: Tecnoblog

Homologar um único celular pode custar R$ 300 mil; entenda essa conta

Homologar um único celular pode custar R$ 300 mil; entenda essa conta

Laboratórios fazem testes rigorosos (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Resumo

A Anatel não arrecada com a homologação de celulares desde 2019, quando o processo se tornou gratuito.
No entanto, os laboratórios credenciados cobram entre R$ 100 mil e R$ 300 mil por modelo para realizar os testes exigidos.
O processo de homologação garante a segurança física, elétrica e cibernética dos aparelhos.
Smartphones ilegais (sem homologação e sem pagar impostos) representam cerca de 25% do mercado. Eles prejudicam a arrecadação do governo e a competitividade da indústria nacional.

O processo de homologação de celulares no Brasil costuma levantar muitas dúvidas de consumidores. Afinal, ele serve para turbinar o caixa da Anatel? A agência reguladora explica que não, conforme relatório obtido por nós. Por outro lado, os testes nos aparelhos podem custar até R$ 300 mil para as fabricantes, segundo fontes do Tecnoblog. Bastante grana.

Nós nos debruçamos sobre o assunto e explicamos os detalhes nas linhas abaixo. Para isso, conversamos tanto com representantes da Anatel quanto com pessoas do mercado.

Como funciona o processo de homologação?

Fachada da sede da Anatel (Imagem: Reprodução/Anatel)

Necessária para obter o tal selo da Anatel, a certificação e homologação de celulares é considerada essencial para a venda dos produtos por aqui. As fabricantes precisam conduzir uma série de testes, em especial para garantir a segurança física, elétrica e cibernética dos aparelhos. Diversas normas da Anatel estabelecem os padrões mínimos.

Normalmente, as indústrias contratam laboratórios acreditados pela agência reguladora. As verificações são feitas em salas que reproduzem diversos cenários distintos.

Laboratórios cobram até R$ 300 mil

Este teste não é gratuito. Muito pelo contrário: custa a partir de R$ 100 mil por modelo de telefone, de acordo com uma fonte do setor. A conta pode chegar a R$ 300 mil quando falamos de aparelhos premium, que estão repletos de recursos adicionais.

O gerente de produto Henrique Costa, da Asus no Brasil, nos revela que a homologação dos Zenfones sai por por volta de R$ 150 mil por modelo. “ Nós enviamos pelo menos seis amostras dos aparelhos e ao menos 25 baterias. A partir daí, o laboratório escolhido por nós faz a sequência de testes.”

Este processo costuma levar de 45 a 60 dias. “Por isso os modelos vendidos no Brasil são seguros. O consumidor pode dormir em paz.”

Costa comenta conosco que há um custo altíssimo para a implementação dos laboratórios de certificação e homologação, o que reflete no valor cobrado das fabricantes. É por isso que, de acordo com ele, só faz sentido produzir aparelhos em larga escala, a fim de diluir o gasto com as testagens.

Os carregadores, por exemplo, passam por uma averiguação mais rigorosa do que em outros países.

Quanto a Anatel fatura com isso?

Resolução nº 715 da Anatel (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

A Agência Nacional de Telecomunicações já ganhou muito dinheiro com o serviço de homologação no passado. Desde 2004, foram arrecadados R$ 25,9 milhões de reais com os trâmites obrigatórios.

Tudo mudou em 2019: a resolução número 715, que estabeleceu a homologação gratuita, foi aprovada no dia 23 de outubro. Seu artigo 58 diz o seguinte: “O certificado de homologação será expedido de forma gratuita, após o cumprimento pelo interessado de todas as ações necessárias à sua obtenção.”

A pedido do Tecnoblog, a Anatel enviou a relação de valores arrecadados ao longo dos anos. Confira abaixo.

AnoValor Arrecadado2004R$ 420 mil2005R$ 730 mil2006R$ 810 mil2007R$ 910 mil2008R$ 1,11 milhão2009R$ 1,33 milhão2010R$ 1,39 milhão2011R$ 1,64 milhão2012R$ 1,64 milhão2013R$ 1,96 milhão2014R$ 1,90 milhão2015R$ 2,00 milhões2016R$ 2,31 milhões2017R$ 2,51 milhões2018R$ 2,83 milhões2019R$ 2,37 milhões2020R$ 0,002021R$ 0,002022R$ 0,002023R$ 0,00Compilação feita pelo Tecnoblog com base em dados oficiais da Anatel

A agência nos declarou que não arrecada de nenhuma outra forma com a homologação dos aparelhos. Também explicou que não existe nenhum repasse dos laboratórios nem dos Organismos de Certificação Designados (OCDs).”

O superintendente de Outorga e Recursos à Prestação, Vinicius Caram, conta ao Tecnoblog que não há planos de voltar com a cobrança.

Por que órgãos governamentais combatem os celulares irregulares?

Primeiro é preciso dar um passo atrás e compreender o que são celulares irregulares. De forma resumida, são aparelhos fabricados fora do país, que entram no território nacional por vias obscuras (por exemplo, escondidos na lataria de ônibus ou em baús de motos que cruzam a Ponte da Amizade, no Paraná).

Eles chegam a lojistas que participam de marketplaces e que escoam os produtos para os compradores finais sem a devida documentação.

Se não tem nota fiscal, significa que não recolheu os impostos. O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação estima que o governo – nas suas variadas esferas – abocanha cerca de 37,5% do preço final de um telefone. É dinheiro que deixa de entrar nos cofres públicos.

Além disso, os aproximadamente 25% de smartphones ilegais custam menos e competem de forma predatória com os aparelhos produzidos no país, segundo reclamam as empresas do setor. Elas têm feito pressão para uma atuação mais efetiva das autoridades competentes – o que nos leva, de novo, à exigência de certificação da Anatel.

Homologar um único celular pode custar R$ 300 mil; entenda essa conta

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Fonte: Tecnoblog