Category: Anthropic

O que a Meta ganha com a Llama livre?

O que a Meta ganha com a Llama livre?

A abordagem da Meta na corrida da inteligência artificial é bem diferente da adotada por outras grandes empresas de tecnologia. Enquanto OpenAI, Google, Anthropic e outras oferecem modelos fechados, a Big Tech de Mark Zuckerberg abraçou o código aberto (pelo menos em parte), oferecendo seu LLM, o Llama, de graça. Com isso, toda uma comunidade de desenvolvedores se beneficia… mas como é que esse investimento volta para a Meta?

O que a Meta ganha com a Llama livre? (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

É sobre isso que conversamos no episódio de hoje, com participação do especialista em finanças Rodrigo Fernandes. Será que existe uma estratégia bem delineada por trás da decisão da Meta? E o que ela significa para o mercado como um todo? Para acompanhar essa discussão, dá o play e vem com a gente!

Participantes

Thiago Mobilon

Josué de Oliveira

Rodrigo Fernandes

Citado no episódio

Comentário do Luiz Eduardo, lido na Caixa Postal

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Créditos

Produção: Josué de Oliveira

Edição e sonorização: Maremoto

Arte da capa: Vitor Pádua

O que a Meta ganha com a Llama livre?

O que a Meta ganha com a Llama livre?
Fonte: Tecnoblog

Claude aprende português e chega ao Brasil para duelar com ChatGPT

Claude aprende português e chega ao Brasil para duelar com ChatGPT

Assistente virtual Claude é produzido pela Anthropic (imagem: divulgação)

A empresa de inteligência artificial Anthropic anuncia hoje a chegada do Claude ao mercado brasileiro. A ideia é “dar mais opção para os consumidores”, segundo me contou Scott White, gerente de produto da ferramenta. O Claude faz as vezes de chatbot e deve duelar com ChatGPT, o mais visado do país, além do Gemini, Copilot e a futura Siri turbinada com IA.

Os usuários terão diversas opções de acesso ao Claude: desde os aplicativos para Android e iPhone (iOS), passando pelo site Claude.ai e pela API da Anthropic, voltada a desenvolvedores. Todas utilizam o modelo mais recente da empresa, batizado de 3.5 Sonnet. Ele foi apresentado em 21 de junho.

Quanto custa o Claude?

O Claude é oferecido de graça para quem quer as funções mais básicas, como as conversas com o chatbot. No entanto, há um limite na quantidade de interações. A Anthropic nos informou que não é possível cravar um número exato de mensagens porque tudo depende da extensão dos tokens usados.

Ainda assim, a companhia explicou que os clientes da versão paga do Claude conseguem fazer cinco vezes mais interações.

Estes são os valores do Claude pago:

Plano Pro: R$ 110 por usuário por mês

Plano Team: R$ 165 por usuário por mês (mínimo de 5 estações)

O que o Claude é capaz de fazer?

Interações com o Claude em português (imagem: reprodução)

O Claude atua como um assistente de IA. Apesar de não termos testado a ferramenta, a empresa promete compreensão de linguagem natural “em português fluente”. A ferramenta responde perguntas, realiza comandos apresentados no prompt, lê imagens e interpreta gráficos. A experiência em outros idiomas tem sido positiva.

Na nossa conversa, o executivo da Anthropic lista casos de uso que devem chamar a atenção dos brasileiros:

Tradução de conteúdo

Marketing de conteúdo no setor de turismo

Redação criativa e empresarial (o famoso copywriting)

Programação e revisão de código

O que tem (e o que não tem) no Claude pago?

Os criadores do Claude destacam as seguintes ferramentas voltadas a uso profissional:

Artifacts: usuários do site Claude.ai podem colaborar com a IA na edição de códigos, documentos e designs

Função Team: chats compartilhados com colegas de equipe e limite de uso maior

Claude 3.5 Sonnet foi apresentado em junho de 2024 (imagem: divulgação)

Por outro lado, o Claude não conta com funções interessantes de rivais (em especial o ChatGPT):

Loja para habilitar GTPs produzidos por terceiros

Armazenamento de memórias a partir das interações com o usuário

Segundo White, algumas destas ferramentas podem ser reproduzidas dentro de outros ambientes do Claude. Ele reconhece, porém, que a empresa pode avaliar a inclusão de áreas específicas no futuro.

Polêmica sobre cópia de conteúdo

Como sabemos, todo modelo de linguagem depende de um vasto conhecimento sobre o mundo. Não é diferente com o Claude. Por conta disso, a Anthropic está envolvida em polêmica desde que surgiram relatos sobre obtenção de conteúdo sem autorização.

O responsável pela página do iFixit, que presta serviços de suporte técnico e publica sobre o assunto, reclamou que os robôs da Anthropic realizaram mais de 1 milhão de acessos num intervalo de 24 horas. Os termos de uso do iFixit proíbem que o conteúdo seja usado para treinar IA.

Assistente de IA dá dicas de idiomas (imagem: reprodução/Tecnoblog)

A Anthropic diz que treina o Claude a partir de diversas fontes de dados. “Elas incluem informações publicamente disponíveis na internet, conjuntos de dados não públicos obtidos comercialmente de terceiros, dados fornecidos voluntariamente por usuários ou criados por meio de dados contratados.”

Quando questionada pelo Tecnoblog, a empresa também explica que os modelos não são treinados com os dados de entrada ou prompts de usuários do Brasil ou do restante do planeta.

A empresa não deu detalhes sobre a aderência à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), etapa essencial para operar no mercado doméstico, até a publicação deste texto.
Claude aprende português e chega ao Brasil para duelar com ChatGPT

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Fonte: Tecnoblog

IAs serão capazes de sobreviver e se reproduzir, diz CEO da Anthropic

IAs serão capazes de sobreviver e se reproduzir, diz CEO da Anthropic

CEO da Anthropic acredita em crescimento exponencial da IA (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Dario Amodei, CEO da Anthropic, avalia que inteligências artificiais poderão atingir um nível de autonomia que permitirá a elas a sobrevivência e a replicação — e isso pode acontecer entre 2025 e 2028. Ele também acredita que a tecnologia terá importância militar, dando vantagens no campo geopolítico.

“Eu acredito em crescimento exponencial. Estou falando mesmo de futuro próximo, não daqui a 50 anos”, diz o CEO. As declarações foram dadas ao jornalista Ezra Klein, em um podcast do jornal The New York Times.

IA pode estar perto de representar riscos maiores (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Anthropic define níveis de segurança para a inteligência artificial, identificados pela sigla ASL. Amodei acredita que estamos no nível 2, em que os modelos de linguagem são capazes de dar informações perigosas para, por exemplo, construir armas biológicas. Mesmo assim, essas informações seriam pouco úteis e pouco confiáveis, representando um risco pequeno.

No entanto, o nível 3 pode ser alcançado no ano que vem. Com ele, o risco de uma catástrofe é muito maior, com a possibilidade de uso em armas biológicas e cibernéticas.

Já o nível 4 na escala da Anthropic ainda é especulativo e não tem uma definição. Amodei menciona características como autonomia e capacidade de persuasão. Ele acha que modelos com esta classificação chegarão entre 2025 e 2028.

IA pode ter autonomia e uso militar

E o que isso significa na prática? O fundador da Anthropic diz que o problema é o que alguns estados poderão fazer com tecnologias deste tipo.

“Do lado do uso inadequado, o ASL 4 vai ter mais relação com o crescimento das capacidades de agentes de estado”, explica. “Nós precisaríamos nos preocupar com a Coreia do Norte, a China ou a Rússia podendo aumentar suas capacidades em várias áreas militares com IA, o que daria a estes países uma vantagem geopolítica.”

Não é só isso. Amodei também menciona questões de autonomia. “Várias medidas destes modelos estão muito próximas da capacidade de se reproduzir e sobreviver sem supervisão”.

Amodei trabalhou na OpenAI entre 2016 e 2021, onde chegou ao cargo de vice-presidente de pesquisa e colaborou com o desenvolvimento do GPT-3. Ele deixou a companhia por discordar dos rumos que ela estava tomando.

Com outros seis ex-funcionários da OpenAI, Amodei fundou a Anthropic, que se apresenta como um laboratório de pesquisa em segurança da IA. A empresa já recebeu de investimentos de Amazon e Google. Até agora, ela criou o modelo de linguagem grande Claude, que pretende ser mais ético que os concorrentes.

Com informações: The New York Times, Futurism
IAs serão capazes de sobreviver e se reproduzir, diz CEO da Anthropic

IAs serão capazes de sobreviver e se reproduzir, diz CEO da Anthropic
Fonte: Tecnoblog