Category: Finanças

Pix Automático pode atrasar de novo e chegar só em 2025

Pix Automático pode atrasar de novo e chegar só em 2025

Pix Automático deve atrasar de novo e chegar só em 2025 (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Pix Automático deveria ter sido lançado oficialmente em abril de 2024, mas foi adiado para outubro. Porém, o cronograma do Banco Central do Brasil para implementação da modalidade está atrasado. Isso significa que, provavelmente, só teremos acesso a ela no próximo ano.

O que é Pix Automático?

O Pix Automático é uma modalidade que possibilitará pagamentos recorrentes de modo automático, desde que eles sejam autorizados previamente pelo usuário. Trata-se de uma dinâmica que lembra o atual débito automático, que desconta um valor da conta bancária do cidadão mediante autorização prévia.

A expectativa é a de que o Pix Automático seja usado para pagamentos de contas rotineiras, como água, energia, internet e condomínio. A modalidade também poderá ser usada em mensalidades de escolas, academias ou planos de saúde, por exemplo, bem como para serviços financeiros, como empréstimos e consórcios.

Nesse sentido, o Pix Automático poderá ser uma alternativa mais prática tanto ao débito automático quanto ao cartão de crédito.

Os adiamentos do Pix Automático

Em outubro de 2023, o Fórum Pix anunciou o adiamento da disponibilização do Pix Automático de abril para outubro de 2024. Formada pelo Banco Central e instituições financeiras e de pagamento, o Fórum Pix é uma entidade que discute e define as regras do ecossistema do Pix.

Na ocasião, o Fórum Pix explicou que o adiamento de seis meses foi necessário em razão da complexidade do Pix Automático. O Banco Central também revelou existir “questões organizacionais” dentro do órgão, sem dar detalhes adicionais.

De todo modo, o novo cronograma estabeleceu que o arcabouço principal do Pix Automático, contendo regulamento, manual de penalidades e procedimentos operacionais da modalidade, seria publicado em dezembro de 2023. E foi.

Os passos seguintes seriam a publicação de manuais técnicos, em janeiro de 2024, e o desenvolvimento dos sistemas relacionados ao Pix Automático entre janeiro e agosto deste ano. É aqui que os problemas começam.

Pix em aplicativo de banco (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Cronograma atrasado

O jornal O Globo relata que as etapas de desenvolvimento programadas para o período entre janeiro e abril de 2024 até agora não foram concluídas. Isso inclui a publicação dos manuais técnicos, que deveria ter sido feita no primeiro mês do ano.

As razões para isso seriam a operação-padrão dos servidores do Banco Central (encerrada no final de abril após perdurar por dez meses), equipe técnica pequena e limitações orçamentárias.

A operação-padrão foi finalizada, portanto, o ritmo de implementação do Pix Automático pode ser intensificado a partir deste mês de maio. Mas, nos bastidores, o clima é a de que não haverá tempo suficiente para que todas as etapas sejam executadas até 28 de outubro, a data de lançamento da modalidade.

Tudo indica que, para não haver mais atrasos, a equipe técnica e os limites orçamentos teriam que ser aumentados, mas é pouco provável que o Banco Central anuncie essas medidas.

O órgão informou ao O Globo que dará mais detalhes sobre a situação do Pix Automático na próxima reunião do Fórum Pix, ainda sem data marcada. Aliás, essa reunião deveria ter sido realizada em 14 de março, foi adiada para o dia 20 do mesmo mês, mas novamente deixou de ser realizada.

Diante dessa situação, é mesmo pouco provável que o Pix Automático chegue ainda em 2024.
Pix Automático pode atrasar de novo e chegar só em 2025

Pix Automático pode atrasar de novo e chegar só em 2025
Fonte: Tecnoblog

Falha de segurança no Banpará expõe dados de mais de 3 mil chaves Pix

Falha de segurança no Banpará expõe dados de mais de 3 mil chaves Pix

Pix já teve oito vazamentos desde o lançamento(Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Banco Central do Brasil informou que o Banco do Estado do Pará (Banpará) deixou expostos dados cadastrais vinculados a 3.020 chaves Pix. As informações são de natureza cadastral e incluem nome de usuário, CPF com máscara, instituição de relacionamento, agência e número da conta. Dados sob sigilo bancário não foram comprometidos.

A entidade diz que senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros não foram expostos. Os dados comprometidos não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas. Até o momento, não se sabe se alguém acessou de maneira indevida os dados expostos.

Banpará tem 195 agências (Imagem: Bruno Cecim/Agência Pará)

Clientes que tiveram suas informações expostas serão notificados pelo aplicativo do banco ou pelo internet banking. O BC alerta que outros meios de comunicação não serão utilizados, como telefone, SMS ou e-mail.

Segundo a autoridade financeira, o incidente começou em 20 de março de 2024 e foi resolvido no dia 13 de abril de 2024. Os dados fazem parte do Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT), base gerida e operada pelo Banco Central. É nele que ficam as chaves Pix. Bancos e instituições financeiras acessam estes dados de forma direta.

O BC vai apurar o caso e aplicar medidas previstas na regulação vigente. Por conta do baixo impacto potencial, nem seria necessário comunicar o evento, mas a entidade diz ter tomado esta decisão por questão de transparência.

Dados do Pix vazam pela oitava vez

Desde que o Pix começou a funcionar, em novembro de 2020, esta é a oitava vez que o Banco Central comunica um incidente de segurança envolvendo dados usados pelo sistema de pagamentos instantâneos.

O maior episódio foi justamente o primeiro a ser revelado, em agosto de 2021: dados cadastrais ligados a 414.526 chaves Pix foram expostos pelo Banco do Estado do Sergipe (Banese).

Além destes, SumUp, Fidúcia, Phi Pagamentos, Acesso Soluções de Pagamento, Logbank e Abastece Aí tiveram problemas de segurança envolvendo o Pix.

Com informações: Banco Central do Brasil
Falha de segurança no Banpará expõe dados de mais de 3 mil chaves Pix

Falha de segurança no Banpará expõe dados de mais de 3 mil chaves Pix
Fonte: Tecnoblog

Nubank lança conta em dólar e euro com eSIM grátis para usar no exterior

Nubank lança conta em dólar e euro com eSIM grátis para usar no exterior

Nubank lança Conta Global com saldo em dólar e euro (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Nubank anunciou sua conta global, uma boa novidade para quem costuma fazer viagens internacionais. Esse tipo de serviço ajuda a economizar no câmbio e IOF, e conta com cartão de débito para saques e compras. Como benefício, os clientes terão eSIM grátis para usar internet móvel no exterior sem depender de tarifas de roaming.

A conta internacional do Nubank estará disponível inicialmente para clientes com o cartão de crédito Ultravioleta. Os usuários poderão garantir acesso antecipado dentro do aplicativo, na área exclusiva para os clientes de alta renda.

Na conta global do Nubank será possível ter saldo em dólar ou euro, embora o cartão de débito permita saques e compras em mais de 200 países. O serviço foi lançado em parceria com a Wise, que possui conta global própria.

De acordo com a instituição financeira, a conta global terá taxa de câmbio de 0,9%. Além disso, o cliente deverá pagar pelo IOF de câmbio com alíquota de 1,1%. Isso pode trazer uma boa economia ao comparar com o spread e impostos de cartão de crédito — o Nubank afirma que a diferença pode chegar a até 9%.

Um dos benefícios interessantes da conta global do Nubank é o eSIM para uso em viagens internacionais. Será possível emitir o chip virtual uma vez por ano, com direito a 10 GB de internet válidos durante 30 dias com cobertura em “mais de 40 países”.

Ao menos para clientes Ultravioleta, o Nubank não cobrará taxa de manutenção, abertura ou emissão do cartão de crédito. A fintech não informou planos e tarifas para clientes que não estão na segmentação. Para ser cliente Ultravioleta é necessário pagar uma mensalidade de R$ 49; é possível zerar a taxa ao atingir R$ 5 mil por mês na fatura do cartão de crédito ou manter pelo menos R$ 50 mil investidos na NuInvest.

Mercado de contas internacionais possui ampla concorrência

Ainda que seja uma boa novidade, a conta global do Nubank não é exatamente inovadora, uma vez que serviços similares são oferecidos por outras fintechs e até mesmo bancos tradicionais.

Mercado de contas globais possui ampla concorrência (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

Uma das contas mais populares é o Wise, que é a parceira do Nubank para o novo produto. O serviço é gratuito, mas exige um depósito de R$ 100 para ter o cartão físico. É possível ter saldo em mais de 40 moedas diferentes, incluindo dólar e euro.

A Nomad também é uma referência quando se trata de contas internacionais, e não cobra taxas de abertura ou manutenção. Com saldo apenas em dólar, a fintech inclui cartão de débito para compras e saques em mais de 180 países, e também permite investir em renda fixa, ações e fundos do mercado americano.

Os brasileiros também têm à disposição contas internacionais de outras instituições financeiras, como Avenue (parceira do Itaú), Banco Inter, BB Americas (Banco do Brasil), C6 Bank, Go Multi (antigo Banco BS2), My Account Bradesco, Santander Select Global e Revolut.
Nubank lança conta em dólar e euro com eSIM grátis para usar no exterior

Nubank lança conta em dólar e euro com eSIM grátis para usar no exterior
Fonte: Tecnoblog

Visa lança pagamento por aproximação para compras online

Visa lança pagamento por aproximação para compras online

App da Ingresse para Android terá opção de pagar aproximando cartão (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

A Visa, a Ingresse e a Symbiotic lançaram uma nova forma de pagamento no mercado brasileiro. Com ela, o consumidor pode fazer uma compra online e pagar aproximando seu cartão ao celular, como faria em uma maquininha de cartão. A tecnologia, conhecida como Tap to Own Device, é inédita na América Latina. A plataforma Ingresse Tap, da empresa de ingressos, será a primeira a usar a solução.

Funciona assim: você faz uma compra em um app de uma loja online no celular. Na hora de pagar, existe a opção de aproximação. Então, é só colocar o cartão perto do celular. O método dispensa digitar números e aceita cartões de crédito e também de débito.

Ingresse vai destacar pagamento no débito (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

O Tap to Own Device é um desdobramento das tecnologias de usar celulares como maquininhas para pagamentos por aproximação, como o Tap to Pay da Apple (que tem um sistema mais fechado) e vários apps de Android (que libera o NFC para uso de terceiros). A diferença é que a aproximação não é no celular de um lojista previamente cadastrado, e sim no aparelho do próprio cliente.

Uma das vantagens do novo método é facilitar o pagamento no débito, que nem sempre é aceito pelo tradicional método de digitar o número do cartão. A Visa trata a questão como inclusão digital. “O ambiente de cartão de crédito é muito selecionado”, diz Fernando Pantaleão, vice-presidente de soluções da Visa.

Após escolher opção, basta aproximar para pagar (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Para as empresas, a Visa promete menores custos com estornos e maiores taxas de aprovação. Tecnicamente, a Visa chama esse tipo de transação de “cartão presente”. Pense em uma maquininha: quando a compra não é aprovada, você sabe na hora. Isso representa um custo menor com compras não aprovadas. Além disso, as taxas cobradas em transações de débito são menores.

E o Pix? Pantealeão diz que ele não necessariamente é um concorrente. “O Pix trouxe o consumidor para uma experiência digital, e isso facilita uma solução do tipo [do Tap to Own Device]”, explica.

Aproximação promete melhorar métricas do comércio (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Ingresse vai estrear aproximação no app para Android

A plataforma de ingressos Ingresse é a primeira empresa a adotar o Tap to Own Device. Gabriel Nicola, head de pagamentos, destaca que a empresa já trabalha com várias formas de pagamento. Ele considera que o pagamento por aproximação dá mais confiança para o consumidor, que não precisa digitar os números. A transação pode envolver senhas, inclusive.

O desenvolvimento da parte de software ficou a cargo da empresa costarriquenha Symbiotic. Javier Chacón González, CIO da Symbiotic, destaca que a prevenção de fraudes é um dos principais desafios do formato, já que o celular não é de um lojista previamente cadastrado. A tecnologia vem sendo desenvolvida há um ano e meio.

O Ingresse Tap estará disponível a partir do começo de fevereiro, no app da plataforma para Android, desde que o aparelho tenha NFC. Segundo Pantaleão, da Visa, a solução para iPhone está a caminho, e apesar do ecossistema mais fechado, não há nenhuma limitação imposta pela Apple.
Visa lança pagamento por aproximação para compras online

Visa lança pagamento por aproximação para compras online
Fonte: Tecnoblog

Microsoft se torna segunda empresa a atingir marca dos US$ 3 trilhões

Microsoft se torna segunda empresa a atingir marca dos US$ 3 trilhões

Microsoft chegou a ficar na frente da Apple em valor de mercado (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Microsoft atingiu a marca de US$ 3 trilhões de valor de mercado pela primeira vez. As ações da desenvolvedora de Windows, Office e Bing tiveram forte alta ao longo de 2023, graças às perspectivas positivas em relação à inteligência artificial. Ela é apenas a segunda empresa a chegar nesta cifra na história — a outra é a Apple, em feito alcançado em janeiro de 2022.

As ações da Microsoft tiveram uma alta de 1,7% nesta quarta-feira (24), chegando a US$ 405,63, seu recorde. Os US$ 3 trilhões de valor de mercado estão logo abaixo da Apple. Com ações negociadas a US$ 194,82, uma queda de 0,35%, a empresa comandada por Tim Cook vale US$ 3,01 trilhões.

O feito da Microsoft vem pouco após a companhia ter ficado à frente da Apple em valor de mercado por um breve período. Em 11 de janeiro, as oscilações dos papéis da bolsa levaram a Microsoft à cifra de US$ 2,888 trilhões, acima da Apple, com US$ 2,887 trilhões.

A Microsoft já estava na história como a terceira empresa a chegar na marca de US$ 2 trilhões (depois de Apple e Saudi Aramco) e quarta a chegar a US$ 1 trilhão (depois de PetroChina, Apple e Amazon).

Investimentos em IA impulsionaram Microsoft

A Microsoft está “alcançando” a Apple graças a uma alta expressiva de suas ações ao longo de 2023. No ano passado, os papéis acumularam valorização de 50%.

Os investidores estão empolgados com a inteligência artificial generativa, que se tornou o grande assunto do mercado de tecnologia desde o lançamento do ChatGPT para o grande público. A Microsoft é dona de 49% da OpenAI, que desenvolve o ChatGPT.

Tecla Copilot em PCs é um marco da aposta da Microsoft na IA (Imagem: Reprodução/Microsoft)

Além disso, a gigante de Redmond incluiu IA em quase todos os seus produtos. Um movimento marcante foi incluir, nos teclados, o um botão dedicado ao Copilot, assistente com IA embarcada no Windows 11.

A animação dos investidores não é mero encanto com as possibilidades da tecnologia. Eles esperam que os recursos sejam um diferencial da Microsoft e ajudem a empresa a lucrar mais. Prova disso é que as ações da companhia tiveram um salto quando ela anunciou que o Copilot para Microsoft 365 custaria US$ 30 mensais.

Com informações: The Verge, Reuters
Microsoft se torna segunda empresa a atingir marca dos US$ 3 trilhões

Microsoft se torna segunda empresa a atingir marca dos US$ 3 trilhões
Fonte: Tecnoblog

Com Pix, uso de cheque cai 95% no Brasil, mas modalidade resiste

Com Pix, uso de cheque cai 95% no Brasil, mas modalidade resiste

Talão de cheques (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) mostram que o uso de cheque caiu 95% desde 1995, quando a série histórica teve início. O Pix é um dos maiores responsáveis por essa queda. Apesar disso, a quantidade de cheques emitidos continua expressiva. Foram 168,7 milhões de folhas compensadas só em 2023.

Embora o número de cheques compensados em 2023 seja elevado, essa é a menor quantidade já registrada em um ano. Em 2022 foram 203 milhões de cheques. Em 2021, cerca de 220 milhões. A verdade é que esse número diminui ano a ano.

A queda na emissão de cheques se acentuou nos últimos anos em razão do crescimento do uso de meios eletrônicos para transações financeiras, especialmente o Pix, modalidade lançada em 2020. A própria Febraban reconhece esse cenário:

A pandemia estimulou o uso dos canais digitais dos bancos e, hoje, quase oito em cada dez transações bancárias realizadas no Brasil são feitas em canais digitais, como o mobile banking e internet banking (77%). Soma-se a isso a preferência dos brasileiros pelo Pix, que vem se consolidando como o principal meio de pagamento utilizado no país.

Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban

As razões para a preferência pelo Pix são um tanto óbvias. Entre elas estão a ausência de custos para transações realizadas por pessoas físicas, a efetivação quase imediata de cada operação, a possibilidade de realizar transferências 24 horas por dia e aos finais de semana (ainda que existam restrições de segurança) e o acesso a partir do celular.

O Pix é um dos responsáveis pelo declínio do cheque (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Cheque não tem previsão para ser descontinuado

Walter Faria explica que a tendência é a de que o uso de cheques continue caindo ano após ano. Apesar disso, os bancos não têm uma previsão sobre quando a modalidade será descontinuada.

Em entrevista ao Tecnoblog em 2022, o próprio Faria relatou alguns fatores que explicam a “sobrevivência” do cheque, como o costume de pessoas com mais idade a essa modalidade e a cultura de uso de cheques em transações de alto valor, para aquisição de carros ou imóveis, por exemplo.

De 3,3 bilhões para 168,7 milhões de cheques

A tabela mais abaixo, baseada em dados do Serviço de Compensação de Cheques (Compe), revela que 3,3 bilhões de cheques foram compensados em 1995, quando a modalidade passou a ser acompanhada de perto pelos bancos brasileiros. As 168,7 milhões de unidades compensadas em 2023 representam uma queda de 95% em relação ao ano de estreia da série histórica.

Obviamente, essa diferença é refletida no volume de dinheiro movimentado com cheques nesses dois anos. Foram R$ 2 trilhões em 1995 contra R$ 610,2 bilhões em 2023.

O ticket médio, por outro lado, tem aumentado, evidenciando o uso de cheques para transações de alto valor. Esse parâmetro ficou em R$ 613,70 em 1995, R$ 3.257,88 em 2022 e R$ 3.617,60 em 2023.

Ainda de acordo com a Febraban, 13,6 milhões de cheques sem fundos foram devolvidos em 2023.

AnoCheques compensadosVariação desde 199519953.334.224.724–19963.158.118.845-5,28%19972.943.837.133-11,71%19982.748.906.075-17,55%19992.602.863.723-21,93%20002.637.492.836-20,90%20012.600.298.561-22,01%20022.397.295.279-28,10%20032.246.428.302-32,63%20042.106.501.724-36,82%20051.940.344.627-41,81%20061.709.352.834-48,73%20071.533.452.222-54,01%20081.396.544.544-58,11%20091.234.971.610-62,96%20101.120.364.198-66,40%20111.012.774.771-69,62%2012914.214.328-72,58%2013838.178.679-74,86%2014755.816.648-77,33%2015672.014.638-79,84%2016576.404.408-82,71%2017494.055.868-85,18%2018436.204.425-86,92%2019384.278.195-88,47%2020287.196.448-91,39%2021218.944.650-93,43%2022202.848.320-93,91%2023168.693.980-94,99%
Com Pix, uso de cheque cai 95% no Brasil, mas modalidade resiste

Com Pix, uso de cheque cai 95% no Brasil, mas modalidade resiste
Fonte: Tecnoblog

Bancos aposentam o DOC, mas o TED continua (por enquanto)

Bancos aposentam o DOC, mas o TED continua (por enquanto)

DOC será encerrado às 22h desta segunda-feira (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Esta segunda-feira (15) marca o fim oficial do DOC, que será aposentado depois das 22h. Depois que o relógio marcar 10 das noites, os bancos não fornecerão mais o meio de transferência lançado em 1985. O TED, mais rápido que o DOC, seguirá existindo — mas talvez não por muito tempo.

Além do DOC, o TEC, sigla para Transferência Eletrônica de Créditos, também será extinto. Esse tipo de transferência era usado para que empresas pagassem benefícios aos seus funcionários — algo que, nos dias de hoje, pode ser feito de modo mais rápido com o Pix. Por falar nele, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), quando comunicou o fim do DOC e TEC, explicou que a popularidade do Pix derrubou essas operações — que são lentas e têm limite de de R$ 4.999,99 por transação.

Pix matou o DOC e, mais rápido que o Flash, já tem um novo alvo (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

TED deve ser a próxima vítima

No comunicado em que relembra a “aposentadoria” do DOC e TEC, a Febraban divulga os números de transferências realizadas por diferentes meios no primeiro semestre de 2023. No período, 448 milhões de TEDs foram feitos. A Transferência Eletrônica Disponível (nome completo do TED) só ficou na frente do cheque (125 milhões de transferências) e do futuro aposentado DOC (18,3 milhões) — a quantidade de TECs nem é citada.

Quando o TED foi lançado, há quase 22 anos, seu grande diferencial era permitir a transferência de valor no mesmo dia, desde que a operação fosse realizada em dia útil antes das 17h. O ponto negativo no início era que o TED só permitia transferências acima de R$ 5.000. Quando essa exigência foi extinta, ele se tornou uma melhor opção que o DOC.

18 anos depois da criação do TED, chegou o Pix e todos nós sabemos como ele funciona: é instantâneo. Em 2002, transferir um valor ainda no mesmo dia era um baita avanço — hoje, é um atraso. E se você precisa realizar uma operação para cair no fim do dia ou dia seguinte, basta fazer um Pix Agendado.

Com a praticidade trazida pelo Pix e os novos recursos que ele ganha, o fim do TED também é inevitável.  
Bancos aposentam o DOC, mas o TED continua (por enquanto)

Bancos aposentam o DOC, mas o TED continua (por enquanto)
Fonte: Tecnoblog

Banco Central divulga data de lançamento do Pix automático

Banco Central divulga data de lançamento do Pix automático

Pix terá funcionalidade idêntica ao débito automático a partir de outubro de 2024 (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Banco Central divulgou na quinta-feira (7) que o Pix automático será liberado em 28 outubro de 2024. A funcionalidade, como indicada no nome, permitirá que os usuários automatizem pagamentos de contas recorrentes. Se você está pensando “ué, mas isso o débito automático já faz”, você está certo, mas tem o pulo do gato.

O Banco Central espera que o Pix automático seja mais acessível aos usuários do que o seu concorrente. Como explicou Ângelo Duarte, chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do órgão, para fornecer o débito automático, uma empresa precisa ter convênio com cada uma das instituições financeiras.

Como isso demanda tempo e esforço — e existem 155 instituições financeiras em operação no Brasil —, as empresas acabam deixando os bancos menores de lado e focando nos maiores. Assim, restringindo uma parte da população ao recurso de débito automático. Com o Pix automático, basta a empresa ter um Pix em algum banco.

Pix automático será mais acessível para os usuários, já que diminui a burocracia entre empresas e instituições financeiras (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Pix automático será obrigatória nas instituições

No comunicado em seu site oficial, o Banco Central informou que as instituições financeiras participantes do Pix são obrigadas a ofertar o recurso para os seus clientes. Os bancos que não contarem com o Pix automático a partir da data de lançamento (28 de outubro) serão multados diariamente — limite de 60 dias.

O Pix automático não terá custo nenhum para pessoas físicas, assim como acontece nas transferências simples. Apenas as pessoas jurídicas pagaram para as instituições financeiras o uso da funcionalidade — nada diferente do que já acontece desde o lançamento do Pix.

Durante o anúncio da data de lançamento do Pix automático, o Banco Central também informou que o fornecimento da função de Pix agendamento recorrente será obrigatório. Essa modalidade de pagamento permite que pessoas físicas transfiram dinheiro entre si, por exemplo, uma mesada de um pai para um filho.

Com informações: Banco Central e G1
Banco Central divulga data de lançamento do Pix automático

Banco Central divulga data de lançamento do Pix automático
Fonte: Tecnoblog

C6 aumenta taxa de manutenção de conta de pagamento

C6 aumenta taxa de manutenção de conta de pagamento

Tarifa para conta de pagamento no C6 sobe para R$ 8 em janeiro de 2024 (Imagem: Divulgação/C6 Bank)

O C6 Bank vai dobrar a taxa cobrada de clientes com “pouquíssimo relacionamento” com o banco a partir de janeiro de 2024. O valor passará de R$ 4 para R$ 8/mês, conforme apurado pelo Tecnoblog junto à instituição. Alguns clientes já receberam o comunicado sobre o aumento.

A cobrança da tarifa de manutenção existe desde março de 2023 para as chamadas contas de pagamento. Ela foca nos consumidores que utilizam pouco os serviços bancários do C6.

O C6 Bank manteve a isenção da tarifa para correntistas que se enquadram em pelo menos um dos critérios abaixo:

Gastos mensais de R$ 500 no cartão de crédito

Investimento de R$ 1.000

Plano acelerador

Seguro C6 Bank

Portabilidade de salário

Em resposta ao Tecnoblog, o C6 explicou que a mudança impacta apenas uma parte dos titulares de conta de pagamento.

Críticas na web ao banco da Eras Tour

Por óbvio, algumas pessoas criticaram a decisão da empresa nas redes sociais. “Sem vergonhice”, escreveu um usuário da plataforma conhecida antigamente como Twitter. “Já uso o cartão há mais de dois anos e nunca aumentaram meu limite”, disse outra consumidora.

Taylor Swift se apresenta no Engenhão (Thássius Veloso/Tecnoblog)

Os fãs da Taylor Swift precisam ter atenção redobrada em relação a este assunto, já que o C6 Bank foi patrocinador da perna brasileira da The Eras Tour. Muitos swifties – como são chamados os fãs da loirinha – abriram conta no banco para tentar comprar ingressos para apresentações.

Como encerrar a conta do C6 Bank

Abaixo estão as instruções oficiais para encerrar a conta no C6 Bank, de acordo com o site oficial:

Acesse o app do C6 Bank no celular​

Toque no ícone de perfil (no canto superior direito da tela)

Selecione o menu “Configurações”, posicionado ao lado da palavra “Perfil”​

Toque em “Gerenciar Contas”

Selecione “Encerrar conta C6” e siga os passos informados

C6 aumenta taxa de manutenção de conta de pagamento

C6 aumenta taxa de manutenção de conta de pagamento
Fonte: Tecnoblog

App do Nubank vai bloquear ligações de golpe do falso call center

App do Nubank vai bloquear ligações de golpe do falso call center

Nubank no celular (Imagem: Divulgação/Nubank)

Se você acompanha as notícias, deve saber que toda hora surge um golpe novo. O Nubank vai ajudar seus clientes a não cair em uma dessas ciladas. O aplicativo do banco vai contar com o Alô Protegido, ferramenta para bloquear ligações de criminosos se passando pela central de atendimento da empresa. O anúncio ocorreu hoje.

A ferramenta está disponível no app do Nubank para Android — nada de iOS por enquanto. Quando ela é ativada, o aparelho passa a bloquear chamadas de linhas “camufladas” com o número da central da empresa.

Nos últimos anos, um golpe relativamente que se tornou relativamente comum é o do falso call center. Os criminosos usam spoofing para esconder seu número real atrás de um número legítimo, como o de um serviço de atendimento ao cliente (SAC). Assim, conquistam a confiança da vítima, levando-a a compartilhar senhas ou fazer movimentações financeiras.

Para ativar o Alô Protegido, é só seguir estes passos:

Abra o app do Nubank.

Vá até o menu “Segurança”.

Toque em “Alô Protegido” e, em seguida, no botão para ativar.

Aperte “Permitir” para autorizar o app do Nubank a gerenciar suas chamadas.

O Nubank diz ser a primeira empresa financeira do mundo a oferecer um recurso deste tipo. “Queremos ir além das campanhas educacionais e trazer uma solução eficaz para combater chamadas fraudulentas e proteger ainda mais nossos clientes”, diz Fabiola Marchiori, vice-presidente de engenharia da empresa.

Como ativar o Alô Protegido (Imagem: Divulgação/Nubank)

Nubank tem outras ferramentas contra golpes

A proteção foi anunciada nesta segunda-feira (13), como parte de uma campanha chamada “#PareceMasNãoÉoNubank”. A iniciativa visa alertar para tentativas de golpes em que os criminosos fingem ser do banco.

Além disso, o Nubank alerta que não pede para seus clientes baixarem aplicativos, realizarem transferências ou trocarem senhas. A empresa recomenda que, em caso de uma ligação recebida dizendo ser do banco, o usuário desligue a chamada e entre em contato pelos canais oficiais de atendimento.

Nos últimos anos, clientes do Nubank usaram as redes sociais para relatar diferentes tipos de golpes e fraudes. Os casos eram dos mais variados, incluindo movimentações indevidas na conta depois do roubo do celular, sites falsos que pediam selfies e criminosos se passando por funcionários.

A empresa tomou algumas medidas para tentar proteger os clientes. Uma delas é o SOS Nu, área do aplicativo com instruções sobre o que fazer em casos de fraudes. Outra ferramenta é o Modo Rua, que ativa proteções extras quando o aparelho está fora de um endereço cadastrado.
App do Nubank vai bloquear ligações de golpe do falso call center

App do Nubank vai bloquear ligações de golpe do falso call center
Fonte: Tecnoblog