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Tipografia: Guia Sobre Tipos – Escolhendo a fonte certa [parte 02]

Tipografia: Guia Sobre Tipos – Escolhendo a fonte certa [parte 02]

Eae. Td Bele?
Hoje continuaremos com a série sobre tipografia.
Na primeira parte da série (se você ainda não leu, clique AQUI para ler) vimos sobre a história e a anatomia das letras.
Nesta segunda parte continuaremos a falar sobre tipografia. Veremos as suas classificações tipográfica, os estilos e entraremos na composição tipográfica.
Estamos evoluindo (não é, Galucho?) e até o final da série iremos saber como escolher nossas fontes da melhor maneira. Portanto, vamos continuar destrinchar a tipografia.
Preparado? Então, vamos lá!
O que você verá nesse artigo?

A classificação Tipográfica 
O estilo dos tipos
O que é Kerning, Tracking e Leading
Alinhamentos

Classificação da Tipografia
Essa parte é um pouco complexa. Existiram várias classificações ao longo do tempo para as famílias. Citarei algumas como exemplo:

O Sistema de Francis Thibaudeau (uma das mais usadas por aí);
A DIN (Deutsches Für Normung);
Classificação Europa;
Maximilian Vox;
Robert Bringhurst;
Maximilian Vox e, derivada dela, a Vox/ATYPI (Association Typographique Internationale);
British Standards;
Linotype ;
Lucy Niemeyer.

(Ufa!)
Não quero julgar nenhuma nem outra, até porque não tenho capacidade para tal, mas todas as classificações, pelo que puder ver, pecam em algum quesito.
Devido a isso vou usar uma classificação, que obtive no espaço acadêmico através do professor Cesar Benatti, e que usa a presença ou não de serifas (senão lembra o que é serifa veja o que é clicando AQUI) como característica determinante para esse processo de classificação.
Com serifa
Humanistas
Simulam a caligrafia clássica feita a mão e fazem parte dos primeiros tipos de metal produzidos na Itália e França entre os séculos XV e XVI.

Transicionais
Possuem serifas mais finas e planas com acabamento agudo.
Seu eixo vertical é levemente inclinado.

Modernas
Esse estilo possuem serifas retas e um alto e contraste na espessuras das hastes.
Eixo na vertical.

Mecânicas
Traço e serifas retangulares. São do século XIX e vieram para uso em propagandas.

Sem Serifa
Grotesco
Uma variação das letras mecânicas sem as serifa.
Oriundas do final do séc XIX.

Gothic
Possuem uma variação espessura dos seus  traços.
É uma variação das grotescas gravadas nos EUA no final do séc XIX .

Humanistas
Possuem leve variação no traço e resquícios de traços caligráficos.
Tem como origem a estrutura das letras serifadas.

Geométrico
Usam formas geométricas básicas para a sua estruturação.

Neo Grotesco
É variação da grotesca que surgiu na década de 1950.

Outros Estilos
Cursiva
São tipos que usam como referência a escrita manual, logo procuram reproduzir as características da escrita manual. Costumeiramente, possuem uma legibilidade complicada e sua utilização deve ser feita com cautela.

Fantasia
São tipos diversos, com diversas inspirações, padrões e características.
O objetivo desses tipos é um passar um forte impacto visual. São bem irregulares e vão de “8 à 80”: algumas possuem boa legibilidade enquanto que outras quase nenhuma legibilidade.
Normalmente funcionam melhor só em tamanhos grandes.

Gótica
É um tipo com características dos manuscritos antigos. Procuram reproduzir a escrita dos monges copistas da idade média (anterior à invenção da tipografia). Normalmente são mais densas e com baixa legibilidade.

Históricos
São tipos inspirados nas escritas greco romanas.
Também possuem muitas irregularidades e pouca legibilidade.

Estilos dos Tipos
Cor (tonalidade)
Diz respeito a espessura (ou o peso) dos tipos: light, thin, medium, roman, bold, black, etc.

Largura
Se refere à relação entre a base e altura da letra. Existem inúmeras famílias que já vem com essas variações. Evite “condensar” ou “expandir” um tipo por conta própria. Isso irá deformá-lo e prejudicará a sua estrutura.

Postura
Trata-se da inclinação do eixo central das letras. A postura básica dos caracteres é regular (como eixo central vertical).
Os caracteres regulares “inclinados” recebem o nome de “oblíquos”. O termo itálico é aplicado erradamente. Itálico diz respeito aos tipos cursivos.

E os caracteres inclinados (cursivos) recebem o nome de “itálico” ou “grifo”, em referência ao tipógrafo italiano do séc. XV, Francesco Griffo, percursor com o trabalho de tipos inclinados.

E agora veremos um pouco sobre composição tipográfica, mais especificamente sobre os alinhamentos e espaçamentos. Vamos conferir?
Kerning, Tracking e Leading
Kern
Trata-se do espaçamento entre os caracteres. Existem partes das letras que ultrapassam o bloco para permitir um encaixe com outras letras, para que não fiquem muito afastas e assim prejudicar o visual.

Kerning
É o processo de ajustar os espaços entre pares de caracteres, ou seja, somente em algumas letras.
O Kerning da fonte é definido pelo type designer quando está criando-a. Hoje em dia os softwares de computador também oferecem um opção de Kerning (óptico) definido para amenizar defeitos de fontes mal produzidas. Porém, quando esses kernings não atendem nossas necessidades é necessário ajustá-lo manualmente.

Tracking (espaçamento)
É o espaçamento entre letras e entre as palavras de todo um bloco de texto. Isso significa que alteramos o espaçamento de todo o conjunto de caracteres (palavra, frase, parágrafo) por inteiro.

O espaçamento entre as palavras deve ser consistente, para se evitar grandes espaços em brancos ou encavalamentos no texto, prejudicando o a leitura.
Leading (entrelinhas)
A entrelinha é o espaço entre duas linhas de texto.  A medida é a distância da linha de base de uma linha tipográfica para outra. Normalmente o leading automatizado está cerca de 20% a mais que o tamanho do tipo utilizado. Ex: tamanho 10pt leading 12pt.
Quanto mais aumentamos a entrelinha, mais aberto e leve se torna o bloco de texto e quanto mais diminuímos a entrelinha (entrelinha negativa) mais apertado se torna o texto.

Deve-se usar esse recurso com parcimônia. Devemos tomar cuidado para não aumentar muito, transformando os textos praticamente em “tópicos” ou estreitar demais fazendo com que as linhas das ascendentes e descentes se colidam tornando o texto um emaranhado de letras inelegíveis. Por via de regra, sempre os espaços das entre linhas serão maiores que o espaço entre as letras e o tamanho do tipo.
Alinhamento
Nada mais é que o posicionamento do texto em relação ao espaço e aos elementos contidos nele (no espaço).
Os tipos de alinhamentos básicos você já deve estar cansado de saber… Mas vamos recapitular: à esquerda, à direita, centralizado e justificado.
Cada um deles possui suas peculiaridades e suas vantagens e desvantagens, e para chegarmos ao um bom resultado devemos saber como usá-los.
À esquerda:
Nesse tipo de alinhamento o texto segue o nosso fluxo (no ocidente, da esquerda para a direita). As linhas dos textos tem diferentes tamanhos e são irregulares na sua margem, ou seja, à direita.

À direita:
Nesse tipo de alinhamento os textos são alinhados à direita e suas linhas tem diferentes tamanhos, sendo irregulares nas margens, ou seja, à esquerda. Isso acaba dificultando a legibilidade, pois força o olhar (estou falando no nosso caso ocidental, ok?) a “caçar” uma posição inicial.
Por isso ele é pouco usado em textos longos e é mais usual em trechos, notas, citações, etc.

Esses dois alinhamentos, à esquerda e à direita, normalmente exigem uma atenção maior do designer para conseguir ajustar de forma harmoniosa o desalinhamento das margens.  No caso do alinhamento à esquerda a margem direita e no alinhamento à direita a margem esquerda, sem utilizar muitos hifens e sem deixar aqueles “bicos de papagaios” no bloco de texto.
Centralizado
No centralizado as linhas de textos têm tamanho irregulares em ambos os lados.
É muito usado para se enfatizar uma frase, em títulos, convites de casamento, certificados, epitáfios, etc. Normalmente usa-se esse alinhamento quando se quer transmitir certa formalidade e elegância.
Como todos os alinhamentos, o centralizado tem que ser usado com sabedoria, pois o texto pode ficar tedioso para o leitor.

Justificado
Ele é o mais formal de todos. Suas linhas têm o mesmo comprimento, portanto cria-se margens “duras” ( ou uniformes) em ambos os lados. É muito utilizado em textos longos como jornais e livros. Quando bem aplicado o justificado aproveita o espaço de forma eficiente. Se mal aplicado pode produzir grandes espaços em brancos (“rios”) quando o tamanho do tipo é maior em relação ao tamanho da linha.
Utilizar a hifenização pode ajuda a quebrar palavras muito longas e assim manter o espaçamento harmonioso. Também pode-se fazer o uso do tracking para ajustar as linhas.

Outro ponto relevante que deve ser levado em conta é o tamanho das linhas. Ela serve para guiar o olho a seguir o texto, por isso seu tamanho deve ser harmonioso para que a leitura não se torne cansativa.
Uma boa tática a se usar na estruturação dos textos é usar o mínimo de sete palavras e no máximo dezenove palavras por linha. Claro que isso varia de acordo com as características da tipografia, do suporte e de cada projeto, logo não deve ser encarado como um dogma (que você vai para inferno caso não utilize), mas com certeza uma média entre sete e quatorze palavras por linha é bem útil na hora que você pensar na diagramação dos seus textos.
Assimétrico
Normalmente são usados quando quer transmitir a  mensagem através da forma do texto. É uma composição sem padrão nas linhas.
Capitular
É a ênfase que se dá a letra inicial no começo de um capítulo aumentando o tamanho do corpo dessa letra, a inicial, no parágrafo.

Indentação ou Entrada
Se refere ao espaço em branco, um “avanço do texto”, no início do parágrafo. Normalmente a indentação é à esquerda e na primeira linha do parágrafo.

Recuo
É praticamente o inverso da indentação. A primeira linha fica alinhada à esquerda enquanto que as demais linhas são alinhadas um pouco à direita.

E chegamos ao fim da segunda parte!
No próximo artigo irei concluir essa série de artigos sobre tipografia.
Agora já temos uma boa base sobre tipografia, mas veremos um pouco mais sobre composição tipográfica para saber como usar os tipos da melhor forma nos nosso projetos.
Antes de me despedir, vou deixar para você uma vídeo-aula que gravei para meu curso tempos atrás sobre tipografia. A playlist inteira, com todos os vídeos sobre tipografia, está no canal do Chief no Youtube.

E você gosta de tipografia?  Está gostando da série?  Tem alguma coisa a acrescentar?
Você pode deixar seu comentário abaixo.
Até mais.
Forte Abraço.
Confira a primeira parte aqui  → https://www.chiefofdesign.com.br/tipografia
Confira a terceira parte aqui  →https://www.chiefofdesign.com.br/tipografia-03/

Referências:
Livro Elementos Do Estilo Tipográfico – Robert Bringhurst
Livro Pensar com Tipos – Ellen lupton
http://www.woww.com.br/2008/08/espacejamento-entrelinhamento-e.html
http://tudibao.com.br/2010/07/o-que-e-kerning-e-traking-em-um-texto.html
http://www.academia.edu/557631/Um_panorama_das_classificacoes
_tipograficas_An_overview_of_typeface_classifications
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Tipografia: Guia Sobre Tipos – Escolhendo a fonte certa [parte 02]
Fonte: Chef of Design

Manual de Marca: Guia sobre como criar um manual de identidade visual

Manual de Marca: Guia sobre como criar um manual de identidade visual

Eae! Tudo bele?
Hoje iremos vamos falar sobre um assunto amado pelos designers e criativos: o manual de marca.
Praticamente todo designer adora ver os manuais de marcas das grandes empresas que tem por aí…. Adoram ver como eles explicam o processo criativo, as linhas e malhas de construção do logotipo, o esquema de cores…  E ficam com aquele sentimento de “Ah meu Deus como tudo é lindo! ”, né?
A questão é que ver é uma coisa, fazer é outra. E é nessa hora de fazer que o bicho pega.
Muita gente não sabe nem o que é e/ou a importância de um manual de marca.
Muitos Galuchos ficam simplesmente perdidos quando precisam criar um manual. Não sabem nem por onde começar.  E pior: nem sabem se realmente precisam criar um.
Então este artigo veio para te ajudar nessas questões. Claro que o que você lerá aqui é fruto de estudos e experiências minhas e nenhuma das palavras escritas devem ser levadas como dogmas.
Apenas estou tentando te ajudar aí na sua árdua tarefa de criar um manual de marcas, ok?
Então, vamos nessa!

O que é um Manual de Marca
Por que criar Manual de Marcas?
Quando devo criar um Manual de Marca?
Manual de Marca não é minha apresentação
Como criar um Manual de Marcas

O que é um Manual de Marca?
O manual de marca, ou identidade visual, é um documento técnico desenvolvido pelo designer, ou uma equipe de designers, que criaram o logo a fim de mostrar e determinar sua correta aplicação em diferentes plataformas.
Ele é um guia que contém todas as informações da marca formando especificações, recomendações e normas fundamentais para a correta utilização da marca.
O objetivo do manual de marca é preservar a uniformidade e coerência de comunicação da marca, mantendo suas propriedades visuais, identificação e reconhecimento da marca independentemente da plataforma em que ela for aplicada. A construção de manual de marca faz parte do projeto de identidade visual.
Um Manual de Identidade Visual pode variar de tamanho dependendo do tamanho da empresa, da complexidade da marca e da complexidade das aplicações, ou seja, onde a marca será aplicada e terá que funcionar corretamente.
O documento produzido pode ser tanto digital (normalmente em formato pdf) quanto impresso, ou os dois.
Por que criar manual de marcas?
Toda instituição tem necessidades de comunicação e uma dessas carências é justamente a de identificação visual.
A marca não é somente um “deseinho” com uma fonte legal, é a imagem da empresa. Por isso é preciso zelar por essa imagem. É necessário manter uma homogeneidade na apresentação da marca em todas as suas manifestações.
Um manual de identidade visual garante uma segurança para a marca, para que ela seja aplicada (desde que respeitem o manual) sem que haja distorção.
Além disso um manual de marca pode definir a “personalidade” da marca e demonstrar para quem está lendo qual os objetivos de comunicação e valores daquela marca.
Pense em marcas grandes como Nike, Apple e Ferrari. Imagine o quanto de aplicações que essas marcas são submetidas.
Agora imagine que cada um que “pegar” para aplicar a marca (seja uma gráfica ou uma agência, por exemplo), fazendo do jeito que bem entender, alterando a marca como achar melhor. Percebe o mal que isso faria para marca, Galucho? Imagine o caos que a marca seria submetida.
Para evitar todo esse “caos” que o manual de marca existe.
Eu encontrei um vídeo no youtube que explica de forma resumida e simples um pouco sobre a importância do manual de marca.
Veja a seguir:

Quando devo criar um manual de marca?
Você deve criar um manual de marcar sobe dois motivos:
1. Quando te pagarem!
Criar um manual de marca dá trabalho. Dá muito trabalho.O valor do manual de marca deve ser cobrado assim como o valor de uma possível impressão.
Ás vezes dá mais trabalho criar um manual do que criar uma marca, acredite.
Claro que o valor será menor que o da criação de logo, mas mesmo assim é um valor a mais no projeto.
2. Quando for necessário!
Nem sempre é necessário criar um manual de marca.
“Ah, David como assim? Você está ensinando errado! Todo projeto tem que ter manual de marca!”
Claro que o cenário ideal seria que todos os projetos tivessem manual de marca, mas dependendo da situação, na prática, nem todos os casos compensa criar um manual de marca. Como por exemplo um projeto de logo específico para um evento de dois dias onde você foi contrato com urgência para criar o logo “para ontem”.
Nem sempre o manual de marca que você for criar precisa ser “super mega completão”. Tudo isso vai depender do projeto, do cliente, etc. Por exemplo:
Se você fizer um redesign da marca da Samsung, com certeza terá que criar um manual de marca bem extenso. Agora se você criar a marca do Manuel da Padaria com certeza o seu um manual terá poucas páginas. Sacou?
Manual de marca não é sua apresentação
Manual de uma identidade visual  tem o caráter informativo. Como já vimos, ele é um guia.
Esse guia poderá ser lido tanto por designers quanto pelo pessoal do RH, por exemplo.
Portanto o manual de marca deve ser simples e direto.
Evite usar termos técnicos e jargões desnecessários.
Cuidado ao usar imagens, cores, etc.; procure usar as cores, tipografias, texturas oriundas do próprio projeto visual.
“Todo manual de identidade visual deve seguir um padrão estético adequado à identidade visual que contém.” Daniella M. Munhos.
Lembre-se que em um manual de marca, a marca é a estrela principal!
Como criar um Manual da Marca?
Deve-se confeccionar o manual de preferência sobre fundos neutros (normalmente usa-se o branco) e que não interfiram na marca (seja na legibilidade ou até mesmo nas cores).
O formato da página pode ser tanto na horizontal como na vertical.
Abaixo segue as principais e mais comuns pranchas que temos em um manual de marca.
1 – Capa
A primeira página do manual deve ser a capa. Importante salientar que o conteúdo do manual de marca deve ser coerente ao padrão estético da identidade visual.

2- Sumário
Uma prancha com índice é essencial caso o manual seja extenso, porém pode ser menos importante caso o manual seja de poucas páginas.
O projeto vai determinar se será ou não preciso.

3 – Identificação
Essa página apresenta os dados da empresa como nome do Dono da Empresa, Diretores, telefone, email,  site, contato responsável, etc. Também neste item pode colocar a agência e ou designer responsável pelo projeto.
4 – Introdução/ Objetivo
A introdução pode ser o briefing da empresa, valores e visão estratégica, histórico da empresa, a apresentação do objetivo da marca, etc; ou até mesmo uma mistura desses alguns itens.
Nesse item, cada empresa decide o que lhe é melhor.
Essa introdução também pode ser dividida em páginas como por exemplo, uma para introdução, outra para briefing, outra institucional, etc.

5 – Apresentação da Marca
Aqui você começa a apresentar de fato a marca. Nessa parte se apresenta todos os elementos fundamentais da marca, conceitos e fundamentos que conduziram o processo criativo.
Também apresenta o resultado gráfico, ou seja, a identidade visual.
Nessa parte apresenta-se os conceitos e fundamentos que conduziram o processo criativo e também mostra o resultado gráfico, ou seja, a identidade visual.

Versões da marca
É dever do designer prever o comportamento da marca em diferentes espaços. Por isso, normalmente (não é regra absoluta), a marca possui no mínimo dois formatos:
Vertical (quadrada)

Normalmente se refere a versão onde o símbolo fica sobre o logotipo. Será utilizada essa aplicação quando o espaço a ser usado tiver proporções próximas a de um quadrado (1:1, 2:1).

Horizontal (retangular)
Normalmente se refere a versão onde o símbolo fica ao lado do logotipo.
Essa versão serve para aplicação da marca em espaços que tiverem proporções próximas a de um retângulo (3:1, 4:1, etc.).

Grade de Construção
Nessa prancha coloca-se o grid de construção da marca.
E é nessa hora que o designer pensa “agora eu me consagro”, pois, é nessa parte que se coloca o desenho técnico da marca.
O grid é baseado em unidades modulares (clique aqui para saber mais sobre grids)  e tem a função de nortear a construção da marca, organizando e mantendo proporções dos elementos da marca (símbolo e logotipo).

Tipografia Institucional
Em tipografia normalmente temos a fonte principal da marca que sob hipótese nenhuma deve ser alterada e também as fontes auxiliares, ou tipografia institucional, que serão usados em impresso, papelaria e até em sites.
Definir uma tipografia institucional é muito importante, pois garante uma coerência visual nos textos usados em seus materiais.

Cores Institucionais
Neste tópico apresentam-se as cores institucionais da marca e também não devem ser alteradas.
Toda marca deve possuir uma paleta de cores institucionais. A definição das cores também é muito importante, pois permite manter coerência e uniformidade visual em diferentes aplicações.

Elementos Adicionais
Aqui apresenta-se, caso existam, outros componentes adicionais como texturas, padrões e outros elementos visuais e sensoriais que auxiliam a identificação da marca.

Limitações da Marca
O manual deve estabelecer limites para a marca.
Nessa prancha coloca-se as limitações como:

Área livre

Prevê um espaço em branco mínimo ao redor a ser respeitado, para que não haja interferências na identificação e leitura da marca.

Dimensões mínimas da marca.

Determina o tamanho mínimo aceitável para marca sem que aja distorções visuais e sem prejudica a identificação e leitura.

Versões monocromática, em negativo e PB
Prevê a aplicação da marca em versões monocromáticas, em negativo e também em preto e branco, para que se evite problemas de descaracterização da marca.

Aplicações em fundos variados
Prevê a aplicação da marca em fundos coloridos, escuros, sobre imagens, para que não se tenha problemas com contraste e nem ocorra perca a identidade da marca.

Outras Assinaturas
Quando se faz necessário a aplicação da marca junto com outro elemento como um slogan, marca, símbolos de registro (R) e  (TM), entre outros.

Proibições
Este item reforça que a marca deve ser apresentada exatamente da forma prevista no manual e que deve vedar aplicações impróprias que deterioram a identidade visual.

6 – Aplicações da Marca
Existem uma infinidade de aplicações para marcas e cada empresa tem sua necessidade de aplicação.
Essas aplicações variam desde a parte de papelaria (cartões de visitas, papel timbrado, envelope) até aplicações em uniformes, brindes diversos, carros, sacolas, entre outros.
Neste item inserimos as aplicações da identidade visual com todas as informações necessárias para facilitar e agilizar o processo de produção, além de visar a garantia da uniformidade visual da marca.
Nessa parte é importante especificar tudo o que for essencial para a produção das peças:

 fontes;
 margens,
 formatos;
dimensões;
alinhamentos;
 tipo de material.

Dentre as aplicações mais comuns temos:
Cartões de visitas

Envelope

Papel timbrado

Impressos diversos

Uniformes

Frota de carros

Brindes
7 – Finalizando o Manual
Após concluir o manual de marca organize todo os arquivos, exporte uma versão em pdf e caso haja necessidade providencie uma cópia impressa. Você também pode criar uma manual de marca interativo como fez o DropBox, por exemplo.
Dificilmente a entrega do manual significa a conclusão total do projeto e um acompanhamento e/ou continuidade dos serviços pode se fazer necessário.
Considerações Finais
Criar um manual de marca pode dar trabalho, mas é essencial dentro de um projeto sério de Design, pois ajuda não somente a garantir a integridade da marca como também mostra para clientes, fornecedores e pessoas envolvidas que o um projeto de design é algo sério, trabalhoso e que deve ser respeitado.
Este artigo é somente um guia composto por minha experiência, estudos e referências que tive. Procurei reunir aqui os tópicos e informações mais aplicados nos manuais de marcas. De forma alguma deve ser levado como regra absoluta! Cabe a você Galucho decidir, baseando-se no projeto e nas necessidades do cliente, quais itens entraram ou não no manual de marca.
E você já criou um manual de marca?  Você pode deixar seu comentário abaixo e compartilhar com a gente a sua experiência.
Gostou do artigo? Então deixe seu comentário!
Até Mais.
Forte abraço
Referências
Livro: Manual de Identidade Visual – Guia Para Construção  de  Daniella Michelena Munhoz
Manuais usados nos exemplos:
SENAC – http://www.senac.br/media/3203/manual_final_simplificado_site.pdf
Instituto Votorantim – http://www.institutovotorantim.org.br/shared/marcas/manual-de-aplicacao-da-logomarca-instituto-votorantim.pdf
CONAB – http://www.conab.gov.br/downloads/publicidade/miv.pdf
Dropbox – https://www.dropbox.com/branding#spacing
UNB – http://www.marca.unb.br/manual1.php
SAMU – http://sna.saude.gov.br/download/Manual%20de%20Implantacao%20do%20SAMU.pdf
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Manual de Marca: Guia sobre como criar um manual de identidade visual
Fonte: Chef of Design

Tipografia: Guia Sobre Tipos – Escolhendo a fonte certa [parte 01]

Tipografia: Guia Sobre Tipos – Escolhendo a fonte certa [parte 01]

Eae. Td Bele?
Um projeto de design, como você já deve saber, engloba várias coisas, e uma das mais importantes é a escolha tipográfica. Independente se o seu projeto é digital ou impresso a tipografia será a “voz” dele. Por isso ela deve ser coerente com o objetivo de comunicação do mesmo.
A escolha certa da tipografia em um trabalho pode fazer toda a diferença.
Mas antes de escolher aquela “fonte” legal, cheia de curvas e linhas, você precisa saber o que é tipografia. Precisa saber como ela funciona, quais são os tipos, quais elementos compõem esses tipos, como usá-la da melhor maneira, etc.
Então, Galucho, para resolver isso, e para você parar de escolher “tal fonte” só porque é bonitinha, o Chief traz para você esse Guia sobre Tipografia.
Esse assunto é pouco extenso e por vezes um pouquinho complexo, por isso eu decidi criar uma série de artigos sobre ele. Pretendo passar por praticamente todos os tópicos que envolvem a tipografia.
Bele? Preparado?
Então, vamos começar a desvendar esse mundo da tipografia!
O que você verá nesse artigo?

O que é tipografia 
A história da tipografia
O que é fonte, glifo e família tipográfica
A anatomia dos tipos
A caixa de tipos
As unidades de medidas

O que é Tipografia
Tipografia: Do grego typos = forma  e graphein = escrita.
É a mecanização da escrita feita através da tecnologia para a reprodução de textos em série.
Tipografia também é o termo usado para definir o estudo dos tipos (apesar de algumas pessoas usarem bastante também o termo tipologia).
Mas antes de tudo … Vamos voltar um pouco na história…
Começo da escrita
O Homem desde os primórdios sempre buscou meios de se comunicar e se expressar em relação ao mundo e aos seus pares. Portanto, bem antes do início da escrita o Homem já se comunicava através de sons, cantos, gestos, desenhos, pinturas, danças, esculturas…
Após o desenvolvimento da fala, e obviamente da comunicação oral, surgiu a necessidade de criar registros, de preservar e repassar a memória, etc.
E a consequência dessa necessidade foi a invenção da escrita.
“O surgimento da escrita é um marco importante na história do mundo por demarcar a separação entre a história e a pré-história iniciando o registro dos acontecimentos.”
A escrita é o sistema que utiliza signos para expressar graficamente em um suporte o pensamento humano.
“A assimilação e interiorização da tecnologia do alfabeto fonético translada o homem do mundo mágico da audição para o mundo neutro da visão.” Marshall McLuhan, A galáxia de Gutenberg, 1972”
A escrita, esse sistema de registro através desses signos, existe a cerca de 3.000 ac e passou por várias fases e evoluções. Não vou adentrar na história, até porque ficaria muito extenso este artigo, mas é muito válido que você pesquise sobre a história da escrita.
O surgimento da tipografia
Os chineses (tinha que ser os asiáticos hehe) foram os primeiros a criar um sistema de tipografia, muito antes do Gutemberg (veremos mais adiante). O inventor foi Pi Shêng por volta do ano 1040 dc. Os tipos eram feitos em argila cozida, madeira e até bronze, e eram dispostos numa tábua, a huóban (tábua viva).
“Shên Kua, contemporâneo do inventor, relatou a produção de milhares de cópias, mas não é específico se foram em forma de rolos ou livros. Essas obras impressas eram o que ele chamava de Os cinco Clássicos.”
Mas o grande inventor da tipografia, feita através da prensa com tipos em metal, foi Johann Gutemberg no ano de 1450.
“Nascido na Mangucia, atual Mainz, Alemanha, ele Trabalhou na Casa da Moeda com a técnica de fundir metais e cunhar moedas, o que favoreceu a criação da liga de chumbo com a qual ele passou a preparar as letras para montar os tipos móveis em metal. Gutemberg e a Imprensa A Imprensa A História do Livro e da Editoração”
A invenção de Gutemberg possibilitou a reprodução em série dos textos. No século XV, em 1456, ele imprimiu a “Bíblia de 42 linhas”, o primeiro livro impresso e a primeira comprovação da eficiência da tipografia. Composto por 642 páginas ela teve uma tiragem que de aproximadamente 200 exemplares. Com isso Gutemberg também tornou mais acessível os livros e a cultura, tirando o monopólio dos mosteiros e abadias responsáveis pelos manuscritos (livros escritos à mão).
Então, agora que já sabemos as origens vamos entender como funcionam as coisas… Vem comigo!
O que é fonte, letra e família tipográfica
Glifos (letras, caracteres):
São signos alfabéticos projetados para reprodução mecânica.

Família tipográfica:
É o conjunto de caracteres que possuem as mesmas características de desenho independentemente das suas variações (peso, inclinação, corpo).

Fonte:
É conjunto de glifos que compõem uma família tipográfica. O termo também é utilizado para designar os arquivos de fonte digitais, ou seja, uma coleção de glifos digitais em forma de arquivos para serem utilizados em computadores.

Anatomia dos tipos:
Os tipos são compostos por um conjunto de elementos:bojo, haste, barra, perna, serifa, oco, cauda, terminal, ombro, vértice, ligação, orelha, gancho, junção, espora, incisão, abertura, espinha e braço. Confira a imagem a seguir para ver cada parte da anatomia.

Ao menos que você seja um tipógrafo, você não precisa decorar cada parte que compõe a lera, mas é interessante você saber principalmente se for lidar com alguma ilustração do tipo lettering.
Ligaduras:
São as conexões de dois ou mais caracteres. Em português, a mais funcional é a FI, mas existem várias ligaduras (st, ae, oe, ff, ij, etc). Ela pode ajudar na legibilidade e estética da palavra.

Como ou sem serifa:
A Serifa  é o elemento, da anatomia dos tipos, que você vai mais ouvir falar. É o mais importante e o que você DEVE conhecer obrigatoriamente.
Existem tipos com e sem serifa (ou sans-serif, do francês) e a classificação dos tipos, em serifados e sem serifa, é a principal forma de diferenciação das letras.
Serifas são os pequenos traços, ou prolongamentos, que existem no final das hastes dos glifos.

Nos próximos artigos falaremos bem mais sobre essa diferenciação.
Mas de antemão saiba que os tipos serifados são os mais adequados para  as caixas de textos “corrido” em trabalhos gráficos (em livros, por exemplo), pois a serifa tem a função de auxiliar a leitura, proporcionando continuidade para o texto e tornando-o menos cansativo para os olhos.
Enquanto que os tipos sem serifa são mais indicados para títulos, chamadas e também para textos em geral  nas aplicações digitais (em websites, por exemplo), pois as serifas acabam se tornando “borrões” no digital, prejudicando, assim, a leitura e o entendimento. Mas isso não é uma regra, ainda mais em tempos de telas de retinas, por isso o bom senso deve sempre prevalecer.
Corpo:
O corpo é o tamanho do tipo que começa do ponto mais alto (versal ou ascendente) até o ponto mais baixo (descendente).

Ascendentes:
É a parte das letras b, d, f, k, h, l e t que se estendem acima da altura de x.
Descendentes:
É a parte das letras g, j, p, q, y e por vezes a letra J (caixa alta), que se estendem abaixo da altura de x.

EIXOS:
É a angulação do traço. Diz respeito ao eixo de inclinação principalmente das letras b, c, e, g, o, p e q.
Eixo humanista: é o eixo oblíquo e que condiz com a inclinação da escrita manual.
Eixo racionalista: é o eixo vertical. Condiz com as formas neoclássicas e românticas ↓.

Caixa de tipos:
As letras possuem três tipos de tamanhos: caixa baixa, caixa alta e versalete.
Caixa baixa:
É o conjunto de caracteres em letras minúsculas.

Caixa Alta (capitais ou versais):
É o conjunto de caracteres em letras maiúsculas.

Caixa alta e baixa derivam da organização dos tipos em caixas de madeira sobre um cavalete, nas oficinas tipográficas, onde as letras maiúsculas ficavam na parte superior (caixa alta) e as as minúsculas na inferior (caixa baixa), já que eram mais utilizadas e assim era mais fácil de pegá-las.
Versalete (small caps):
É o conjunto de caracteres em letras maiúsculas com a altura de minúsculas (altura de x).

Algarismos:
Os algarismos (ou numerais) também são classificados em 3 grupos: old style, lining e small caps.
Old style:
São os numerais alinhados pelo texto. Por isso eles ultrapassam a linha de x  e, consequentemente, possuem ascendentes e descendentes.

Lining:
São os numerais com o mesmo tamanho de uma versal (caixa alta) e não possuem ascendentes e descendentes.

Small Caps:
São os numerais com o mesmo tamanho de uma versalete e não possuem ascendentes e descendentes.

Unidades de medidas
As unidades de medidas servem para determinar desde o tamanho do corpo, o tamanho dos caracteres até o tamanho das entrelinhas.
Basicamente as medidas “primárias” (irei chamá-las assim) são: o ponto, o cícero e a paica. Hoje em dia, graças ao digital, temos outras como:  milímetros (mm),  pixel (px), etc.
Por ora, e por questão mais de conhecimento, falaremos das primeiras: o Ponto, a Paica (em inglês pica) usado na Inglaterra e nos países de língua inglesa, e o Cícero empregado na Europa continental.
Ponto: é a medida tipográfica estabelecida pelo francês Francisco Ambrósio Didot. Um ponto equivale aproximadamente de 0,376mm. (ou 2,6 pontos = 1 mm).
Cícero: também é uma medida do sistema Didot e que corresponde a 12 pontos.
Paica (pica): é uma unidade de medida anglo-saxão usada na Inglaterra e nos países de língua inglesa. Corresponde 1/6 polegada.
Divide-se ambas medidas (Cícero e Paica) em 12 partes. E existe uma diferença pequena entre os tamanhos, sendo a paica um pouco menor que o cícero. Veja a seguir:
1 paica (4,22 mm) = 12 pontos (Inglaterra).
1 cícero (4,52 mm) = 12 pontos (Europa Continental).
Abaixo mais alguns números:

Antes da era digital era preciso conhecer bem sobre essas medidas porquê tudo se fazia com a régua, na mão, com cálculos… Hoje em dia não existe mais tal preocupação, porque o próprio software se encarrega de fazer isso.
E como a maioria dos softwares são oriundos dos USA, logo o sistema por padrão é o Paica, usando a polegada como referência, ou seja, 1/6 de polegada (4,23 mm).
Quadratim (ou eme):
Outro tipo de medida é o espaço tipográfico derivado da letra M em caixa alta. Dividindo a largura da letra “M” em 18 unidades, essa unidade de medida é usada, principalmente, para determinar os espaços horizontais e endentações.

E isso só foi o começo…
Para não ficar muito extenso e cansativo vou parar por aqui essa primeira parte da série de artigos sobre tipografia.
Nos próximos artigos continuaremos a destrinchar esse mundo da tipografia para realmente termos uma boa base para escolhermos a fonte certa para os nossos projetos, bele?
E você gosta de tipografia? Trabalha com tipografia? Sabe como usá-la corretamente?
Quem sabe você gostaria de compartilhar conosco a sua experiência com os “tipos”.
Até mais.
Forte Abraço.
Confira a segunda parte aqui  → http://www.chiefofdesign.com.br/guia-tipografia-parte-02/
Confira a terceira parte aqui  →http://www.chiefofdesign.com.br/guia-tipografia-parte-03/
Referências:
Livro Elementos Do Estilo Tipográfico – Robert Bringhurst
Livro Pensar com Tipos – Ellen lupton
Anatomia do tipo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_escrita
http://www.museutec.org.br/linhadotempo/inventores/johann_gutemberg.htm
http://tipografos.net/glossario/anatomia.html
http://www.artigonal.com/ciencia-artigos/a-origem-do-livro-1542468.html

Glossário – Para ajudar os aprendizes de Chief

Neoclassicismo e Romantismo ↑
São movimentos artísticos.
O Neoclassicismo corresponde às últimas décadas do século XVIII e início do século XIX.  E chama-se assim, porque os artistas retomaram os princípios e valores da arte da Antiguidade grego-romana. Teve nomes como  os arquitetos
Jacques Germain Souflot, Karl Gotthard Langhans e o pintor Jacques-Louis David.

O Romantismo contempla as últimas décadas do século XVIII e grande parte do século XIX. O Romantismo foi uma reação ao movimento anterior (Neoclassicismo) buscando se libertar das convenções acadêmicas do neoclassicismo valorizando principalmente os sentimentos, o nacionalismo, a natureza e  a imaginação .
Teve nomes como os pintores Goya, Delacroix e Tuner.

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Tipografia: Guia Sobre Tipos – Escolhendo a fonte certa [parte 01]
Fonte: Chef of Design