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Amazon promete investigar se Perplexity AI está burlando bloqueio de sites

Amazon promete investigar se Perplexity AI está burlando bloqueio de sites

Chatbot da Perplexity estaria lendo matérias mesmo sem autorização das editoras (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Amazon iniciou uma investigação para saber se a Perplexity AI está usando seus servidores para coletar conteúdo da web sem autorização. Há algumas semanas, Wired e Forbes acusaram a empresa de inteligência artificial de violar direitos autorais e plagiar matérias.

Segundo a Wired, um programa hospedado em um servidor da Amazon Web Services ignorou as instruções do Robots Exclusion Protocol e acessou textos publicados pela editora Condé Nast, da qual faz parte. A reportagem ainda afirma que The Guardian, Forbes e The New York Times detectaram atividades parecidas.

O Robots Exclusion Protocol é um padrão que contém uma série de instruções para permitir ou proibir o acesso automatizado às páginas. Elas devem ser armazenadas em um arquivo robots.txt no domínio do site. A própria Perplexity AI traz, em sua documentação, instruções de como usar este protocolo para rejeitar o robô da startup.

Apesar de usado desde os anos 1990 e respeitado por grandes empresas, o protocolo não bloqueia os robôs, apenas acrescenta uma sinalização para que eles leiam ou ignorem o conteúdo. Mesmo assim, a Amazon declarou à Wired que usuários de seus servidores são obrigados a seguir o que manda o arquivo robots.txt — a regra faz parte dos termos de serviço da empresa.

Atividade foi detectada em robô armazenado na Amazon Web Services (Imagem: Tony Webster / Flickr)

Sara Platnick, porta-voz da Perplexity, disse à Wired que a startup já respondeu às questões da AWS e negou que os robôs estejam desrespeitando os protocolos. Mesmo assim, ela afirma que, se o usuário especificar um endereço da web ao chatbot, o robô não levará em conta as instruções do arquivo robots.txt.

Aravind Srinivas, CEO da Perplexity, negou que a empresa ignore o protocolo de exclusão de robôs. O executivo alega que a empresa usa crawlers de terceiros além de seu próprio, e que o bot identificado pela Wired era um deles.

Perplexity AI vem sendo acusada de plágio

Nas últimas semanas, Wired e Forbes declararam que a Perplexity AI vem desrespeitando direitos autorais e deixando de dar créditos às publicações. Além do acesso indevido que a Wired identificou, a revista diz que o chatbot da startup praticamente copia suas reportagens e ainda gera resumos imprecisos do conteúdo.

A Forbes também trouxe reclamações similares. Uma matéria exclusiva foi praticamente replicada, com “frases estranhamente similares” e “trechos inteiramente roubados”, sem resumir o conteúdo. Para piorar, a Perplexity listou como fontes apenas sites que repercutiram a reportagem, sem colocar um link diretamente para a Forbes.

Com informações: Engadget, Wired
Amazon promete investigar se Perplexity AI está burlando bloqueio de sites

Amazon promete investigar se Perplexity AI está burlando bloqueio de sites
Fonte: Tecnoblog

Perplexity é acusada de usar conteúdos de sites sem autorização

Perplexity é acusada de usar conteúdos de sites sem autorização

Chatbot da Perplexity estaria plagiando reportagens (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Forbes e Condé Nast (dona de Wired, Ars Technica e outras publicações) acusam a empresa de inteligência artificial Perplexity AI de violar direitos autorais. Segundo as empresas, o robô ignora configurações que deveriam impedir que seus conteúdos fossem usados. O serviço também não teria dado crédito aos sites, mesmo após usar reportagens exclusivas.

A questão entre IA e copyright vem se arrastando nos últimos meses, com diferentes desdobramentos. O jornal The New York Times, por exemplo, processou a OpenAI. Já outras companhias de mídia — como Financial Times e Associated Press — fecharam acordos de licenciamento com a desenvolvedora do ChatGPT.

Forbes não recebeu créditos por matéria exclusiva

Randall Lane, chefe de conteúdo da Forbes, acusou a Perplexity AI de plagiar uma reportagem exclusiva do site sobre um projeto secreto de drones do ex-CEO do Google Eric Schmidt. A ferramenta chegou a usar ilustrações publicadas anteriormente pela revista.

Antigo escritório da Forbes em Nova York (Imagem: Wally Gobetz / Flickr)

Randall diz que a Perplexity AI não resumiu a notícia, como muitos sites fazem. Ela teria usado “frases estranhamente similares” e “trechos inteiramente roubados”. Para piorar a situação, o chatbot não mencionava a Forbes como fonte, exibindo apenas links para outros sites que repercutiram a matéria.

A inteligência artificial foi além: ela transformou o conteúdo em podcast e o publicou no YouTube. Eles aparecem antes da Forbes nos resultados de busca do Google.

Segundo o site Axios, MariaRosa Cartolano, conselheira geral da Forbes, enviou uma carta à Perplexity AI acusando a empresa de roubar textos e imagens, o que seria uma violação dos direitos autorais da publicação.

A revista quer receber os créditos das informações, a remoção dos links secundários e o reembolso dos valores que deixou de receber, bem como garantias de que isso não vai se repetir. Caso contrário, a Forbes vai processar a Perplexity AI.

Condé Nast diz que bloqueio não funciona

Outra acusação contra a Perplexity surgiu nesta quarta-feira (19). A Wired publicou uma reportagem dizendo que a empresa de IA ignora os protocolos de exclusão de robôs.

Esses protocolos são uma configuração do site para sinalizar que certas páginas não devem ser indexadas por buscadores ou lidas por ferramentas de inteligência artificial. As instruções ficam em um arquivo chamado robots.txt. A própria Perplexity AI ensina, em sua documentação, o que o dono do site deve fazer para “avisar” o robô e impedir que ele leia a página.

Wired é uma das revistas mais importantes sobre tecnologia desde os anos 90 (Imagem: triotex / Flickr)

O problema, segundo a Wired, é que isso não está funcionando. A reportagem identificou uma máquina ligada à empresa de IA coletando conteúdos de publicações da Condé Nast, como Wired, Ars Technica, GQ, Vogue e muitas outras.

A revista também diz que o chatbot da Perplexity praticamente copia suas reportagens, parafraseando o material completo, sem dar créditos. Em outros casos, ele cria resumos imprecisos e gera afirmações falsas.

O que diz a Perplexity

Aravind Srivinas, CEO da Perplexity AI, publicou uma nota em resposta à Wired. Ele diz que as perguntas feitas pela revista refletem “uma profunda e fundamental incompreensão” de como o chatbot e a internet funcionam. Ele não negou as acusações de que o chatbot da empresa acessa páginas que não deveria.

No X (antigo Twitter), Srivinas respondeu às acusações de plágio da matéria da Forbes. Ele afirma que esta é uma nova “funcionalidade do produto”, que ainda tem algumas “arestas”. O CEO também disse que a Perplexity ajuda a aumentar a audiência dos sites. A Forbes discorda: segundo a publicação, os leitores vindos do chatbot representam apenas 0,014% do seu público.

Com informações: Axios, Forbes, Wired
Perplexity é acusada de usar conteúdos de sites sem autorização

Perplexity é acusada de usar conteúdos de sites sem autorização
Fonte: Tecnoblog