Category: iMessage

Apple finalmente adota RCS no iPhone

Apple finalmente adota RCS no iPhone

Mensagens via RCS chegam ao iPhone no iOS 18 (Imagem: Reprodução/Apple)

Um dos novos recursos do iOS 18 é o suporte ao RCS (Rich Communications Service). Trata-se de um padrão de comunicação que é a evolução do SMS, mas que a Apple nunca havia adicionado no iPhone para dar popularidade ao serviço proprietário iMessage.

Apesar de chegar somente agora ao iPhone, o protocolo RCS não é uma novidade, visto que os primeiros dispositivos compatíveis com a evolução do SMS foram lançados em 2012. A ampla adoção começou a partir de 2019, quando o Google atualizou seu aplicativo de mensagens para dar suporte às mensagens aprimoradas.

Finalmente a Apple se rendeu e adotou o RCS no iPhone. O recurso ficou disponível no beta do iOS 18; a versão para o público final deve ser lançada em setembro, juntamente com o lançamento da próxima geração de smartphones da companhia.

Ainda assim, as operadoras de celular precisam liberar uma atualização nos seus ajustes para habilitar o RCS no iPhone. De acordo com o 9to5Mac, as principais teles americanas já liberaram novos perfis que habilitam as mensagens aprimoradas no beta do iOS 18.

As vantagens do RCS

As mensagens via SMS permitem texto simples com até 160 caracteres, enquanto as mensagens multimídia (MMS) têm limites que variam de acordo com a operadora — mas passam dificilmente de 3 MB, o que dificulta o compartilhamento de fotos em alta resolução e vídeos. Com o RCS, é possível enviar arquivos com até 100 MB cada.

iMessage à esquerda, SMS à direta (imagem: reprodução/Apple)

Enquanto as mensagens por SMS e MMS dependem obrigatoriamente do sinal da operadora móvel, o RCS utiliza a internet para a troca de mensagens. Com isso, é possível continuar a conversa via Wi-Fi, útil para quem está fora da área de cobertura ou em viagens internacionais sem o serviço de roaming disponível.

Por ser baseado em dados, o RCS também tem a vantagem frente ao SMS de não ser cobrado por cada mensagem enviada. Isso permite continuar a comunicação mesmo caso o usuário esteja sem créditos, mas esteja com internet disponível via Wi-Fi. Também melhora a comunicação entre usuários de diferentes países, uma vez que as teles cobram caro por SMSs internacionais.

Além de permitir mensagens maiores, o RCS também tem suporte a recibos de leitura e ver quando a outra pessoa está digitando. Todos esses recursos só funcionam caso ambos os interlocutores tenham a tecnologia ativa; caso contrário, as mensagens são enviadas via SMS ou MMS.

Não vai fazer muita diferença para o Brasil

O RCS é uma evolução muito bem-vinda do SMS, mas, na prática, não deve fazer muita diferença para os brasileiros. Segundo a pesquisa Mensageria no Brasil, feita pelo Mobile Time/Opinion Box em março de 2024, o WhatsApp está instalado em 98% dos celulares brasileiros. 26% dos entrevistados afirmam que nunca enviam SMS, e 40% quase nunca recorrem às mensagens tradicionais.

Ainda assim, o RCS é utilizado no Brasil, especialmente por empresas que enviam publicidade. Até mesmo o Governo Federal utiliza a tecnologia para divulgar informativos.

Mensagem via RCS enviada pelo Governo Federal (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

A chegada do RCS impacta sobretudo os Estados Unidos: por lá, a maioria das pessoas se comunica pelo aplicativo nativo de mensagens do smartphone. Isso acabou criando bolhas de pessoas que usam Android e quem usa iPhone.

Quem usa iPhone e se comunica com quem tem outro iPhone acaba utilizando o iMessage de forma automática. A plataforma de chat proprietária da Apple tem as mesmas vantagens do RCS, como mídias em alta qualidade e recibos de leitura, mas funciona apenas para quem também tem o iMessage ativado.

Se uma pessoa com iPhone se comunica com outra via Android ou vice-versa, toda a conversa recai sobre o tradicional SMS. Com isso, as imagens, vídeos e áudios perdem qualidade e não há recibos de leitura ou indicador de digitando.

Por essa falta de interoperabilidade, empresas como Google e Samsung pressionavam publicamente a adoção do RCS no iPhone. Em 2022, Tim Cook, CEO da Apple, rejeitou o padrão e sugeriu a um jornalista que comprasse um iPhone para se comunicar via iMessage.

Com informações: Gizmodo
Apple finalmente adota RCS no iPhone

Apple finalmente adota RCS no iPhone
Fonte: Tecnoblog

Edge, Bing e iMessage “escapam” de novas leis da União Europeia

Edge, Bing e iMessage “escapam” de novas leis da União Europeia

Bing não estará sujeito às mesmas regras que a busca do Google (Imagem: Divulgação/Microsoft)

A União Europeia decidiu que o Edge e o Bing, ambos da Microsoft, bem como o iMessage, da Apple, não precisam seguir as regras da Lei de Mercados Digitais (DMA, na sigla em inglês). O bloco considerou que estes serviços não se enquadram na classificação de “gatekeepers”.

A DMA da União Europeia é uma legislação que visa impedir que as gigantes da tecnologia favoreçam seus próprios serviços e sufoquem a concorrência. Para isso, ela tem critérios para considerar aplicativos, lojas e plataformas como “gatekeepers” (ou “controladores de acesso”), isto é, serviços essenciais para acessar mercados digitais. Se uma plataforma não é relevante o suficiente, ela fica isenta das regras.

iMessage não vai precisar “conversar” com outros apps (imagem: Rodnae Productions / Pexels)

A melhor forma de entender a importância dessa decisão para Apple e Microsoft é entender o que os concorrentes terão que fazer para cumprir o que manda a União Europeia. Com a decisão de hoje, o iMessage não será obrigado a seguir a interoperabilidade entre aplicativos de mensagem. O WhatsApp e o Messenger, ambos da Meta, vão precisar adotar este recurso, por exemplo.

Outro caso é a busca do Google. Em certas pesquisas, como produtos e hotéis, a empresa vai colocar áreas dedicadas a sites de comparação desses setores, como forma de não favorecer seus próprios serviços do tipo. Já o Chrome precisará perguntar para o usuário qual o buscador padrão desejado. Bing e Edge não vão precisar fazer nada disso.

Google não vai poder destacar seus serviços de hotéis e passagens aéreas (Imagem: Nathana Rebouças / Unsplash)

Além de iMessage, Bing e Edge, o serviço de venda e exibição de anúncios da Microsoft também não foi classificado como “controlador de acesso” e poderá continuar operando normalmente.

DMA vale para iOS e Windows

Como a União Europeia analisou cada produto e serviço individualmente, Apple e Microsoft precisarão fazer mudanças em outras partes de seus negócios.

iPhone finalmente poderá receber apps por fora da App Store (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O caso da Apple foi bem marcante, já que ela foi obrigada a fazer grandes mudanças no iOS, como liberar a instalação direta de apps (conhecida como sideloading). Isso só vai valer para usuários da União Europeia.

Já a Microsoft vai liberar que alguns aplicativos que vêm com o Windows sejam desinstalados e permitir que desenvolvedores alterem o mecanismo de pesquisa usado pela busca do sistema.

Apple e Microsoft comemoram

Apple e Microsoft reagiram bem à decisão. “Hoje, os consumidores têm acesso a uma grande variedade de aplicativos de mensagem, e frequentemente usam vários ao mesmo tempo, o que mostra como é fácil alternar entre eles”, disse um representante da Apple.

Já a Microsoft declarou que Bing, Edge e sua plataforma de anúncios são “desafiantes” no mercado. Isso significa que a própria empresa admite que eles não têm lugar de destaque, já que o Google domina estes três setores.

Com informações: Reuters, The Verge, União Europeia
Edge, Bing e iMessage “escapam” de novas leis da União Europeia

Edge, Bing e iMessage “escapam” de novas leis da União Europeia
Fonte: Tecnoblog

Bancos nos EUA levam multa milionária por funcionários usarem WhatsApp e Signal

Bancos nos EUA levam multa milionária por funcionários usarem WhatsApp e Signal

Aplicativos de mensagem como WhatsApp e Signal sempre enfatizam segurança e privacidade como qualidades. Mas, em alguns casos, isso pode ser um problema. Bancos americanos receberam multas que, somadas, chegam a US$ 549 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões, em conversão direta) porque seus funcionários se comunicavam por apps desse tipo.

WhatsApp (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Leis americanas exigem que comunicações sobre negócios entre executivos e funcionários de instituições financeiras sejam registradas.

No caso dos bancos punidos, seus empregados estavam usando WhatsApp, Signal e iMessage em seus dispositivos pessoais para tratar de assuntos profissionais.

Segundo a SEC, órgão dos EUA responsável por finalizar o setor financeiro, ao permitir comunicações por canais não-oficiais, os bancos multados deixaram de manter e preservar registros exigidos, o que vem impedindo investigações desde 2019.

A entidade afirma que tais regras existem para proteger investidores e garantir o bom funcionamento dos mercados. Gurbir S. Grewal, chefe da divisão de fiscalização da SEC, avalia que as empresas escolheram esconder estas mensagens para tentar evitar multas.

Mensagens de WhatsApp foram criptografadas ou apagadas

WhatsApp, Signal e iMessage usam criptografia de ponta a ponta. Isso significa que apenas os participantes da conversa são capazes tecnicamente de ler as mensagens trocadas. Ao mesmo tempo em que isso protege de espionagem e ações de hackers, a proteção inviabiliza investigações das mais variadas.

Além disso, a SEC acusa os funcionários dos bancos de não manter as mensagens. O WhatsApp sofre com esse tipo de problema de modo mais sério que os outros dois — como você deve saber, não é difícil perder todo o histórico de conversas ao trocar de celular.

Além da SEC, a Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês) também aplicou penalidades às empresas financeiras.

Entre os bancos multados, estão:

Wells Fargo e subsidiárias (US$ 200 milhões)

BNP Paribas (US$ 110 milhões)

Bank of Montreal (US$ 60 milhões)

Ao Ars Technica, o Wells Fargo diz que está satisfeito em resolver esta questão. Já o Bank of Montreal afirma que segue os mais altos padrões de conduta, fez melhorias relevantes em procedimentos de compliance nos últimos anos e está satisfeito por superar esta questão.

Com informações: Ars Technica, 9to5Mac, The Verge
Bancos nos EUA levam multa milionária por funcionários usarem WhatsApp e Signal

Bancos nos EUA levam multa milionária por funcionários usarem WhatsApp e Signal
Fonte: Tecnoblog