Category: Winamp

Engenheiro cria versão física do clássico player Winamp

Engenheiro cria versão física do clássico player Winamp

O Linamp (imagem: reprodução/Rodrigo Méndez)

O outrora popular Winamp tem tantos fãs que um deles resolveu criar uma versão física do reprodutor de mídia. Chamado de Linamp, o dispositivo tem um visual que imita a skin (interface) clássica do player. No comando de tudo está um Raspberry Pi 4 rodando o DietPi, distribuição Linux baseada no Debian.

Que fique claro desde já que o Linamp reproduz música, ou seja, não é um “enfeite”. O dispositivo foi montado pelo engenheiro de software Rodrigo Méndez para ser o mais fiel possível ao aplicativo, inclusive nas funcionalidades. MP3, M4A e FLAC estão entre os formatos de áudio compatíveis.

Para a experiência ser completa, Méndez se preocupou inicialmente com a parte estética. Ele se inspirou nos módulos de um antigo aparelho de som Aiwa para construir um gabinete metálico em formato horizontal.

Depois, o desenvolvedor projetou uma moldura frontal em impressora 3D que imita o contorno da interface clássica do Winamp.

Também estava no plano criar botões físicos para o Linamp em impressora 3D, mas Méndez não encontrou telas que deixassem espaço suficiente para eles na parte frontal.

Então, o desenvolvedor decidiu fazer toda a interface do player de modo digital. Para isso, ele recorreu a uma tela IPS LCD larga, com 7,9 polegadas de tamanho, e sensibilidade a toques.

Conexões do Linamp (imagem: reprodução/Rodrigo Méndez)

Por dentro, um Raspberry Pi 4

Faltava cuidar da parte interna do equipamento. Para isso, Rodrigo Méndez ligou um Raspberry Pi 4 complementado com um cartão SD de 32 GB à tela.

Como você já sabe, a placa roda o sistema operacional DietPi, uma distribuição Linux minimalista que, como tal, é ideal para soluções embarcadas ou projetos individuais.

O player que é exibido na tela consiste em um “aplicativo Qt 6 personalizado escrito em C++ com Qt Widgets”. Foi um trabalho complexo, mas, no fim das contas, o engenheiro conseguiu criar um software cuja interface realmente remete ao Winamp.

Além de reproduzir áudio, o software exibe barras de equalização (parte que foi especialmente desafiadora), suporta playlists, executa faixas de modo aleatório ou sequencial, entre outras ações.

Parte interna do Linamp (imagem: reprodução/Rodrigo Méndez)

O Linamp em ação

O Linamp ainda precisa de alguns aprimoramentos, mas já é funcional. O vídeo abaixo mostra o equipamento em ação:

Para completar, a parte traseira do Linamp traz conexões USB, Ethernet e 3,5 mm, o que significa que é possível conectá-lo a caixas de som ou fones de ouvido (até porque o equipamento não tem alto-falantes dedicados).

Nas etapas seguintes, o equipamento vai funcionar com Bluetooth e ser integrado ao Spotify, promete Rodrigo Méndez. Os detalhes estão na página do projeto.

Winamp clássico vai virar software de código aberto

Vale relembrar que o Winamp clássico vai ser transformado em software de código aberto em 24 de setembro de 2024. Quando isso acontecer, o reprodutor terá seu nome alterado para FreeLLama.

A marca Winamp continuará existindo, mas para fazer referência a um agregador online de músicas e podcasts.
Engenheiro cria versão física do clássico player Winamp

Engenheiro cria versão física do clássico player Winamp
Fonte: Tecnoblog

Winamp é relançado, mas não do jeito que você pensa

Winamp é relançado, mas não do jeito que você pensa

Se você viveu a época em que Spotify e Apple Music não existiam, talvez guarde lembranças do Winamp. Lançado em 1997, o software foi o mais popular reprodutor de MP3 para Windows durante anos. Agora, o Winamp está de volta, mas com uma nova proposta: ser um agregador online de músicas e podcasts.

Winamp online (imagem: divulgação/Llama Group)

O player clássico continua existindo. Ele foi relançado em 2018 e, desde então, vem recebendo atualizações. Apesar de estarmos na era do streaming, o Winamp “normal” registra 83 milhões de usuários, 10,3% dos quais são brasileiros — somos a maior parcela. É o que afirma o Llama Group, responsável pelo software.

Mas a meta é alcançar uma base global de 250 milhões de usuários. É aí que a versão online entre em cena.

Um Winamp que não tem cara de Winamp

O novo Winamp não lembra em nada o reprodutor clássico. Não espere encontrar nele as skins personalizáveis ou o equalizador que caracterizam a versão original.

Na verdade, o Winamp online é uma plataforma de streaming, mas com uma dinâmica diferente: o usuário procura artistas ou produtores de conteúdo para se conectar. Para muitos deles, é necessário pagar uma assinatura mensal para usufruir das músicas ou podcasts.

Assinatura no Winamp online (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Alguns artistas e podcasts não cobram nada para dar acesso total ou parcial ao seu conteúdo. Outros cobram valores que começam em 1 dólar ou euro por mês para permitir acesso completo.

Na área Fanzone do serviço, os artistas e produtores podem oferecer recursos adicionais aos apoiadores, como lançamentos antecipados e, bom, NFTs.

Em troca, o Winamp fica com 15% das assinaturas, além de cobrar US$ 55 anuais de cada artista ou produtor após o primeiro ano na plataforma. É bem mais do que a média de 8% cobrada pelo Patreon, como ressalta a Fast Company.

Será que vinga?

O desafio é grande. Para começar, cada artista ou produtor de conteúdo interessado tem que se cadastrar na plataforma. Não espere, portanto, encontrar nomes como Metallica, Lady Gaga ou BTS (pelo menos por enquanto). O Winamp online está mais para um canal de apoio para a cena indie ou independente.

Winamp clássico e suas skins (imagem: reprodução/Winamp Skin Museum)

Além disso, com serviços como Spotify, Apple Music e Deezer cobrando valores relativamente módicos para dar acesso a milhões de músicas e podcasts, é difícil imaginar um número grande de usuários aderindo à ideia.

Talvez a proposta do novo Winamp fique mais interessante nos próximos meses. No terceiro trimestre, o Llama Group pretende lançar aplicativos da plataforma para iOS e Android, além de clientes para Windows e Mac no final de 2023. Também está nos planos uma integração com serviços como o Spotify.
Winamp é relançado, mas não do jeito que você pensa

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Fonte: Tecnoblog