Category: Computador

Ubuntu, 20 anos: distribuição faz sucesso como Linux flexível e fácil de usar

Ubuntu, 20 anos: distribuição faz sucesso como Linux flexível e fácil de usar

Ubuntu Linux (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

No dia 20 de outubro de 2004, uma nova distribuição de Linux era lançada. Baseado no Debian e contando com o apoio da empresa Canonical e de uma grande comunidade, o Ubuntu se tornaria uma das distribuições mais populares do sistema do pinguim.

Até aqui, foram 20 anos pensados na facilidade de uso e no suporte aos usuários. O sistema operacional se desdobrou e saiu dos desktops para conquistar a nuvem e o mercado, além de ganhar muitas versões feitas pela própria comunidade. Nestas duas décadas, vieram muitos acertos e, inevitavelmente, alguns erros.

ÍndiceO que significa Ubuntu?Do CD para a nuvemAposta em facilidade de usoOs enganos do Unity e da versão para celularQual o futuro do Ubuntu? Nos parece animador

O que significa Ubuntu?

O nome do Ubuntu vem de uma filosofia do povo sul-africano Nguni, que pode ser sintetizada na frase “eu sou porque nós somos”.

O sentido de coletividade e comunidade esteve presente desde o lançamento, e pôde ser visto no programa Ubuntu ShipIt. Iniciado em 2005, ele enviava um CD da distribuição a qualquer pessoa interessada. O programa durou até 2011, quando não era mais necessário, graças à facilidade de download.

Ubuntu 4.10 Warty Warthog, a versão de estreia (Imagem: Altonbr / Wikimedia Commons)

Do CD para a nuvem

Pouco a pouco, o Ubuntu foi ganhando recursos para ir além dos CDs e chegar muito longe.

Em 2008, o Wubi foi lançado, permitindo o dual-boot em máquinas com Windows.

Também naquele ano, as primeiras imagens do Ubuntu Cloud foram lançadas em fase beta.

Em 2011, a distribuição adotou o OpenStack, que, mais tarde, seria essencial para dominar a nuvem.

Em 2017, o Ubuntu chegou onde, anos antes seria inimaginável: no Windows, por meio do Windows Subsystem for Linux.

Atualmente, a distribuição tem presença forte em nuvens públicas, e pode ser contratado em serviços como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud.

Aposta em facilidade de uso

Desde cedo, o Ubuntu priorizou a facilidade de uso para pessoas comuns, incluindo estabilidade e suporte. Isso foi se desenvolvendo ao longo das duas décadas, para além dos já mencionados ShipIt e Wubi.

Em 2006, a Canonical lançou a versão 6.06 Dapper Drake, a primeira a contar com suporte de longo prazo (LTS, em inglês).

Atualmente, uma nova versão LTS é disponibilizada a cada dois anos, contando com cinco anos de suporte padrão. Durante este tempo, são disponibilizadas versões Interim a cada seis meses, com nove meses de atualizações.

Outra mudança importante veio em 2016, com os pacotes Snap, criados pela Canonical. Com eles, os desenvolvedores puderam criar um único pacote para seus aplicativos, que pode funcionar em todas as distribuições Linux, e os usuários passaram a instalar programas com mais facilidade.

A flexibilidade do Ubuntu também apareceu nas diversas versões criadas pela comunidade. Entre elas, estão o Kubuntu (que usa o KDE Plasma), o Lubuntu e o Xubuntu (leves, para PCs com pouco hardware) e o Ubuntu Kylin (para o mercado chinês), entre muitas outras.

CDs do Ubuntu e variantes; o Edubuntu é um sabor descontinuado (imagem: Bartosz Senderek/Wikimedia)

Os enganos do Unity e da versão para celular

É impossível acertar todas em 20 anos, e o Ubuntu não foge à regra. Um desses “vacilos” foi a interface Unity. Apresentada em 2011, ela se tornou padrão a partir do Ubuntu 11.04, como substituto do Gnome.

Não deu certo. Usuários reclamaram de recursos inconsistentes e experiências confusas. Um dos episódios com repercussões negativas foi quando a busca da interface passou a exibir resultados da Amazon.

Dá para imaginar como a comunidade reagiu. Richard Stallman, presidente da Free Software Foundation, não aliviou nas críticas e chamou a versão 12.10 do Ubuntu de “spyware”.

Unity ainda sobrevive em uma versão própria da distribuição (Imagem: Reprodução / Ubuntu Unity)

Em 2017, a Canonical jogou a toalha e voltou ao Gnome como ambiente de desktop padrão. Mesmo assim, quem gostava da Unity ainda pode contar com o “sabor” Ubuntu Unity, que foi, inclusive, oficializado pela empresa.

A Unity, porém, não foi criada por acaso. Ela era parte de um plano para colocar o Ubuntu em outros aparelhos, como tablets e smartphones. Nos dispositivos móveis, a interface teria navegação por gestos.

A ideia mais ambiciosa era que houvesse uma convergência entre smartphones e desktops. Bastaria plugar um teclado e um monitor para que o celular se tornasse um computador, como o Samsung DeX ou o Motorola Ready For. O projeto, porém, não decolou, sendo encerrado pela Canonical também em 2017.

Qual o futuro do Ubuntu? Nos parece animador

Lançado no início de outubro, o Ubuntu 24.10 Oracular Oriole traz uma série de easter eggs que fazem alusão ao Ubuntu 4.10 Warty Warthog, a primeira versão do sistema operacional, como papéis de parede e sons. Mas, deixando de lado a nostalgia, o futuro do Ubuntu parece continuar sua trajetória de sucesso até aqui.

A distribuição vem marcando presença em computadores pessoais, servidores, sistemas corporativos e aparelhos da internet das coisas, o que mostra sua capacidade de se adaptar aos mais diferentes usos.

O Ubuntu também tem as vantagens de ser um software livre e gratuito. Com isso, ele é interessante para instituições educacionais e governamentais, principalmente nos países emergentes, que têm menos recursos financeiros para gastar com licenças.

Aliado a isso, a comunidade fortalece quem quer migrar. O Ask Ubuntu (de propriedade da Stack Exchange), por exemplo, já conta com mais de 1,6 milhão de usuários e 420 mil questões respondidas, o que o torna um bom repositório para solucionar problemas comuns.

“Uma coisa que permaneceu igual é o coração do Ubuntu: vocês, uma comunidade de usuários, entusiastas e colaboradores, todos ajudando a disseminar a mensagem de mudar o mundo por meio do software de código aberto”, diz a Canonical em seu vídeo comemorativo. “Nós não teríamos conquistado tudo isso sem vocês”, conclui a empresa.
Ubuntu, 20 anos: distribuição faz sucesso como Linux flexível e fácil de usar

Ubuntu, 20 anos: distribuição faz sucesso como Linux flexível e fácil de usar
Fonte: Tecnoblog

Qualcomm comunica cancelamento de mini PC Windows

Qualcomm comunica cancelamento de mini PC Windows

Snapdragon Dev Kit seria um mini PC com processador Arm e Windows, mas Qualcomm cancelou projeto (Imagem: Divulgação/Qualcomm)

A Qualcomm comunicou na noite de quinta-feira (17) o fim do Snapdragon Dev Kit, um mini PC com processador Arm e Windows. No email enviado aos clientes que já haviam pago pelo produto, cujo lançamento era previsto para junho, a empresa explica que o mini PC não atendeu os requisitos de excelência esperados. A Qualcomm também iniciou o reembolso das compras.

A empresa, obviamente, não explicou o motivo do cancelamento — pelo menos não até a publicação dessa notícia. Revelar a causa pode impactar as ações e a percepção do público com a marca. Contudo, o problema parece ser a entrada HDMI do Snapdragon Dev Kit.

O que causou o cancelamento do Snapdragon Dev Kit?

A provável causa do cancelamento do mini PC Snapdragon Dev Kit é a entrada HDMI. Mesmo com atraso no lançamento, alguns usuários receberam o produto — e com a porta HDMI desativada, como foi o caso com Richard Campbell. Os Snapdragon Dev Kit enviados contam com um adaptador USB-C para HDMI.

Snapdragon Dev Kit foi anunciado com entrada HDMI, mas modelos vendidos chegaram com porta desativada ou com chassi tampando o espaço (Imagem: Divulgação/Qualcomm)

Campbell, engenheiro de computação, diretor da Microsoft e comentarista tech, supõe que a Qualcomm teve problemas na certificação da entrada HDMI com a FCC (órgão americano equivalente à Anatel). Campbell explicou em um podcast que já trabalhou no desenvolvimento de produtos com essa porta. O engenheiro comentou que um problema de radiação de sinal ou eletricidade numa etapa avançada da fabricação compromete os prazos de entrega.

Para piorar, explica Campbell, uma reprovação na certificação de um produto te leva para o fim da fila de homologação. Ou seja, se você passou por todas as etapas e precisa corrigir um único item, não terá prioridade.

Placa HDMI do Snapdragon Dev Kit tem espaço para porta HDMI — só faltou a porta (Imagem: Reprodução/Jeff Geerling)

O influencer tech Jeff Geerling também recebeu um Snapdragon Dev Kit. Geerling abriu o mini PC e notou que a placa para o HDMI tem um espaço vazio (foto acima). A placa possui um cabo para a conversão HDMI para DisplayPort. Isso poderia ser a causa do problema no Snapdragon Dev Kit.

Com informações: The Verge
Qualcomm comunica cancelamento de mini PC Windows

Qualcomm comunica cancelamento de mini PC Windows
Fonte: Tecnoblog

Asus Zenbook S 14 estreia Intel Core Ultra de 2ª geração no Brasil

Asus Zenbook S 14 estreia Intel Core Ultra de 2ª geração no Brasil

Asus Zenbook S 14 é um AI PC equipado com processador Intel Core Ultra 7 (Imagem: Divulgação/Asus)

Resumo

O novo notebook Asus Zenbook S 14 é equipado com o Intel Core Ultra 7 e custa R$ 12.999.
Ele possui tecla dedicada para ao Microsoft Copilot e tampa feita de Ceraluminium.
O modelo conta com 32 GB de RAM, 1 TB de armazenamento, tela OLED de 14 polegadas com resolução 2,8K e sistema de áudio Harman Kardon com Dolby Atmos.

A Asus anunciou nesta quinta-feira (17) o lançamento do Zenbook S 14 para o mercado brasileiro, com preço sugerido de R$ 12.999. O laptop é equipado com o Intel Core Ultra 7, processador Intel para AI PCs, dispositivos que atendem as especificações da Microsoft para executar nativamente tarefas de IA. Por conta disso, o Zenbook S 14 também possui uma tecla dedicada para o Copilot, a IA generativa da Microsoft.

O novo notebook da Asus é mais um modelo da marca a usar o material Ceraluminium, desenvolvido pela própria empresa. O Ceraluminium é um material que mistura cerâmica e alumínio (o nome é a mistura desses dois componentes), prometendo mais resistência ao laptop — principalmente contra arranhões. Além deste modelo, o Zenbook S 16 também adota o material na sua tampa

Zenbook S 14 tem potência para tarefas de IA?

Tampa do Asus Zenbook S 16 é fabricada com material Ceraluminium (Imagem: Divulgação/Asus)

O Intel Core Ultra 7 que equipa o Zenbook S 14 possui uma NPU de 47 trilhões de operações por segundo — ou 47 TOPS. Para ser considerado um AI PC e compatível com a plataforma Copilot+, a NPU precisa fornecer pelo menos 40 TOPS.

O Zenbook S 14 tem ainda 32 GB de memória RAM e 1 TB de armazenamento (bem acima dos valores mínimos de 16 GB de RAM e 256 GB de armazenamento exigidos pela Microsoft). Ele não conta com GPU dedicada.

A tela do Zenbook S 14 mede 14 polegadas e tem painel OLED. O display suporta resolução 2,8K, tem taxa de atualização variável de 120 Hz e HDR. O sistema de áudio utiliza quatro alto-falantes da Harman Kardon, além de ter suporte para Dolby Atmos.

Zenbook S 14 possui tela OLED de 14 polegadas (Imagem: Divulgação/Asus)

Outro elemento que o Zenbook S 14 adota do Zenbook S 16 é o amplo touchpad. Ele mede 16 cm de largura, que é praticamente metade da parte inferior do laptop. O touchpad também suporta os atalhos nas laterais, que permite controlar o volume e brilho da tela.

O Zenbook S 14 possui entrada HDMI 2.1, duas portas Thunderbolt 4, USB 3.2 Gen 2 Tipo A e entrada para fone e microfone. Na parte de conexão, há Bluetooth e Wi-Fi 6E.

No vídeo: conheça o Zenbook S 16, lançado há duas semanas

Asus Zenbook S 14 estreia Intel Core Ultra de 2ª geração no Brasil

Asus Zenbook S 14 estreia Intel Core Ultra de 2ª geração no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Com Windows 10 perto do fim, Microsoft recomenda compra de PC novo

Com Windows 10 perto do fim, Microsoft recomenda compra de PC novo

Surface Laptop de 13,8 polegadas com Windows 11 (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O Windows 10 deixará de ser suportado pela Microsoft daqui a um ano. Com isso, muita gente que tem um PC com esse sistema operacional está se perguntando sobre o que fazer. A própria Microsoft tem uma recomendação, mas ela pode não ser agradável: compre um computador que rode o Windows 11.

Essa orientação apareceu recentemente nesta página de ajuda da Microsoft. Na pergunta “quais opções eu tenho para continuar tendo suporte para o Windows?” (em tradução livre), a Microsoft recomenda a compra de um PC novo com Windows 11:

O Windows 11 é a versão mais atual do Windows. Se você tem um PC antigo, nós recomendamos que você mude para o Windows 11 comprando um novo computador. O hardware e o software melhoraram muito, e os computadores de hoje são mais rápidos, poderosos e seguros.

Na mesma resposta, a Microsoft sugere, como alternativa, que o usuário instale o Windows 11 em seu computador atual. No entanto, isso só é possível se a máquina atender aos requisitos de hardware do Windows 11. Se você tem um computador fabricado antes de 2017, é pouco provável que ele seja compatível.

Na última parte da resposta, a Microsoft recomenda o uso do Windows 10 como uma terceira alternativa, mas lembra que o sistema operacional deixará de ser suportado em 14 de outubro de 2025.

Depois disso, você ainda poderá continuar utilizando o Windows 10, mas o sistema operacional não receberá mais atualizações funcionais e de segurança.

Para completar, não há nenhum sinal de que a Microsoft irá ampliar o prazo de suporte ao Windows 10, até porque esse sistema operacional está há dez anos no mercado.

Notebook Positivo com Windows 11 (imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Alternativas que a Microsoft não menciona

Uma opção que a Microsoft não mencionou, por motivos óbvios, é a instalação de uma distribuição Linux. Distribuições como os vários “sabores” do Ubuntu e o Linux Mint são bastante amigáveis, inclusive para usuários pouco familiarizados com a tecnologia.

Mas há quem não se adapte a essa mudança, principalmente quando a pessoa usa softwares no Windows 10 que não estão disponíveis para Linux.

Outra opção, então, consiste em “forçar” a instalação do Windows 11 em um PC sem TPM 2.0 ou que não atenda a outros requisitos do sistema operacional.

Mas não há garantias de que essa alternativa funcione. Além disso, a própria Microsoft vem agindo para dificultar a instalação do Windows 11 em máquinas não compatíveis.

Com Windows 10 perto do fim, Microsoft recomenda compra de PC novo

Com Windows 10 perto do fim, Microsoft recomenda compra de PC novo
Fonte: Tecnoblog

Consumidores estão comprando novos PCs, mas não por causa da IA

Consumidores estão comprando novos PCs, mas não por causa da IA

Surface Pro no campus da Microsoft em Redmond, EUA (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

PCs equipados com chips que trazem NPU para tarefas de inteligência artificial (IA), a exemplo dos SoCs Qualcomm Snapdragon X, têm aparecido aos montes. Eles estão sendo adquiridos por consumidores finais, mas o que pesa para a decisão de compra de qualquer PC novo não é a IA. É o que aponta o IDC Research.

No cenário atual, notebooks preparados para IA, principalmente dentro da categoria Copilot+, são equipados com processadores que pertencem a uma das seguintes famílias de chips:

Qualcomm Snapdragon X Plus e Snapdragon X Elite

AMD Ryzen AI 300

Intel Core Ultra 200V (Lunar Lake)

Todos os processadores dessas linhas contam com uma NPU (Unidade de Processamento Neural) de 40 TOPS ou mais (1 TOPS corresponde a 1 trilhão de operações por segundo) e, portanto, estão aptos a executar determinadas tarefas de IA de modo nativo, dependendo pouco ou nada de serviços nas nuvens.

Mas Jitesh Ubrani, gerente de pesquisa da divisão Worldwide Mobile Device Trackers do IDC, aponta que os consumidores ainda não entenderam totalmente a importância de uma NPU.

Há aqueles que sabem que esse tipo de componente é importante em aplicações de inteligência artificial. O problema é que, pelo menos no PC, a IA ainda não provou a que veio. “Embora a IA venha sendo uma palavra da moda, ela ainda não é um fator de decisão entre os compradores de PCs”, afirma Ubrani.

Nem precisamos fingir surpresa. Na atualização 24H2 do Windows 11, a ser liberada nas próximas semanas, a Microsoft incluirá um conjunto de recursos de IA no sistema operacional, especialmente no âmbito do Copilot. Mas nenhum parece ser algo que fará a diferença no dia a dia do usuário.

Entre esses recursos poderão estar um criador de imagens para o Paint e o polêmico Recall, que faz capturas de tela de ações no Windows 11, criando um histórico organizado em uma linha do tempo para permitir que o usuário recupere informações consultadas ou criadas anteriormente.

São recursos interessantes, mas nenhum deles parece ser indispensável, pelo menos até o momento.

Snapdragon X Plus é direcionado a notebooks e tem NPU para IA (imagem: divulgação/Qualcomm)

Venda de PCs está estável

O IDC prevê que 2024 terminará com 261 milhões de PCs comercializados no mundo todo. Essa número representa um aumento de apenas 0,3% nas vendas em relação a 2023, portanto, indica que o mercado está estável. Esse não é um cenário excelente, mas também não é algo que represente uma crise.

Não há informação sobre qual parte desse volume consiste em PCs com IA, mas sabe-se que essa proporção é bem modesta. A categoria deve apresentar crescimento em vendas, mas no médio ou longo prazo.

No entendimento do IDC, a América do Norte, países da Europa Ocidental e mercados asiáticos, como o Japão, devem liderar a adoção de PCs com IA nos próximos meses. Mas isso porque os consumidores precisam de novos computadores, não necessariamente porque eles fazem questão de máquinas com NPU.

Um fator que deve contribuir para isso é o fim do suporte ao Windows 10 pela Microsoft, marcado para outubro de 2025. Essa situação pode servir de incentivo para a compra de computadores novos, visto que máquinas antigas com o Windows 10 não são compatíveis com o Windows 11.
Consumidores estão comprando novos PCs, mas não por causa da IA

Consumidores estão comprando novos PCs, mas não por causa da IA
Fonte: Tecnoblog

Novo SSD da Samsung chega a 4 TB e transfere dados a 14,5 GB/s

Novo SSD da Samsung chega a 4 TB e transfere dados a 14,5 GB/s

Novo SSD da Samsung chega a 4 TB e transfere dados a 14,5 GB por segundo (imagem: divulgação/Samsung)

O PM9E1 é um SSD da Samsung que leva o aspecto do desempenho bastante a sério. O novo modelo tem capacidade de até 4 TB. Mas o seu principal atrativo é a taxa de leitura sequencial de dados: 14,5 GB/s (gigabytes por segundo), com a taxa de gravação de dados chegando a 13 GB/s.

Para você ter noção do que esses números representam, o SSD antecessor, chamado de Samsung PM9A1, alcança 7 GB/s e 5,2 GBs de taxas de leitura e gravação sequencial de dados, respectivamente.

Um dos fatores que explicam o ganho de desempenho do Samsung PM9E1 é a implementação de uma interface PCIe 5.0 de oito canais. Já as capacidades de armazenamento, de 512 GB, 1 TB, 2 TB e 4 TB, são resultado da oitava geração da tecnologia V-NAND da Samsung (apesar de a nona geração já estar pronta).

Em tempo, V-NAND (Vertical NAND) é o nome de uma técnica que aumenta a capacidade de armazenamento de cada chip de armazenamento “empilhando” células. A oitava geração da tecnologia trabalha com 236 camadas de células.

Ainda de acordo com a Samsung, o novo SSD conta com um controlador de 5 nm que aprimora a eficiência energética da unidade. Na prática, isso significa que o PM9E1 favorecerá a autonomia de bateria do notebook que o contiver, por exemplo.

A Samsung dá a entender ainda que todos esses atributos tornam o SSD adequado a computadores capazes de executar tarefas de inteligência artificial de modo local. Não vai ser estranho se ele aparecer em um Copilot+ PC a ser lançado nos próximos meses, portanto.

Chip V-NAND de oitava geração (imagem: divulgação/Samsung)

Disponibilidade e preços do Samsung PM9E1

Por alguma razão, a Samsung publicou uma nota sobre o PM9E1, mas apagou a publicação posteriormente. O modelo só ficou conhecido porque sites como o TechPowerUp divulgaram a nota na íntegra.

De todo modo, a Samsung não divulgou os preços da linha PM9E1, tampouco deu informações sobre data de lançamento. Isso porque, provavelmente, os novos SSDs só serão fornecidos a fabricantes de PCs e a aplicações corporativas. É pouco provável que encontremos a novidade no varejo, consequentemente.

Na nota, a Samsung só informou já ter iniciado a produção em massa das novas unidades.
Novo SSD da Samsung chega a 4 TB e transfere dados a 14,5 GB/s

Novo SSD da Samsung chega a 4 TB e transfere dados a 14,5 GB/s
Fonte: Tecnoblog

AMD vai focar em GPUs intermediárias para enfrentar Nvidia

AMD vai focar em GPUs intermediárias para enfrentar Nvidia

AMD vai focar em GPUs intermediárias para enfrentar Nvidia (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Há burburinhos de que a AMD vai dar mais atenção a GPUs intermediárias, deixando os modelos mais avançados em segundo plano. Na feira IFA 2024, que aconteceu na semana passada, a companhia confirmou essa nova estratégia. O objetivo é priorizar os segmentos com mais potencial de vendas.

A confirmação foi dada por Jack Huynh, vice-presidente sênior de computação e gráficos da AMD, em entrevista ao Tom’s Hardware. A conversa foi guiada com base nos rumores de que a futura série de chips gráficos Radeon RX 8000 (arquitetura RDNA 4) não terá modelos high-end.

O executivo não comentou sobre a séria Radeon RX 8000 em si, mas deu a entender que há um fundo de verdade em toda essa especulação. Ele contou que, na atual fase, a AMD está preocupada em fazer escala, isto é, em aumentar a sua participação no mercado de chips gráficos.

A intenção é alcançar pelo menos 40% de presença nesse setor. Considerando apenas o segmento de GPUs dedicadas (aquelas que compõem placas de vídeo para desktops ou que adicionam capacidade gráfica a notebooks), a Nvidia deteve 88% de participação no primeiro trimestre de 2024, contra 12% da AMD (a Intel teve presença inexpressiva).

Aumentar a sua fatia de mercado requer um grande esforço da AMD, portanto. Jack Huynh explicou que um dos caminhos para isso está em focar em chips gráficos mais acessíveis e que, portanto, favorecem o volume de vendas.

(…) Não quero que a AMD seja a empresa que [cujos produtos] apenas pessoas que podem pagar por Porsches e Ferraris consigam comprar. Queremos construir sistemas de jogos para milhões de usuários.

Jack Huynh, vice-presidente sênior de computação e gráficos da AMD

Ainda segundo o executivo, esse aumento de participação ajudaria a atrair desenvolvedores. Isso é mais importante do que parece. Atrair desenvolvedores significa ter jogos e outros softwares mais bem otimizados para trabalhar com GPUs da AMD.

Tudo isso deixa claro que a companhia priorizará chips gráficos que oferecem boa experiência em jogos, mas que não são tão avançados no aspecto do desempenho geral.

GPU AMD Radeon (imagem: divulgação/AMD)

AMD não deve abandonar segmento de GPUs high-end

Priorizar um segmento não significa abandonar outro. Em nenhum momento Huynh disse que a AMD deixará de desenvolver GPUs avançadas. É possível que a companhia ainda dedique algum esforço a elas, mas sem expectativas de vencer os modelos mais sofisticados da Nvidia.

Essa abordagem faria sentido. Se a AMD deixa de desenvolver GPUs avançadas, os consumidores podem interpretar esse movimento como uma incapacidade da companhia de rivalizar com a Nvidia, logo, passariam a desconfiar até dos chips gráficos mais acessíveis. Uma placa de vídeo topo de linha serviria de chamariz para modelos menos potentes, portanto.

De todo modo, não vai demorar para conhecermos a real estratégia da AMD. A previsão é a de que a série Radeon RX 8000 seja anunciada oficialmente até o final de 2024 ou, no mais tardar, no começo do próximo ano.
AMD vai focar em GPUs intermediárias para enfrentar Nvidia

AMD vai focar em GPUs intermediárias para enfrentar Nvidia
Fonte: Tecnoblog

Lenovo revela notebook com estranha tela que abre sozinha

Lenovo revela notebook com estranha tela que abre sozinha

Auto Twist PC da Lenovo pesa 1,3 kg (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

(Direto de Berlim, na Alemanha) A Lenovo surpreendeu os visitantes da feira de eletrônicos da Alemanha com um notebook com tela motorizada e giratória. Basta dar um comando de voz para que a tampa se abra, em questão de segundos. O aparelho também se movimenta para os lados. De acordo com a empresa, o protótipo do Auto Twist AI PC dá pistas de como pode ser o futuro dos produtos de informática.

À primeira vista, o Auto Twist se passa por um computador acima de qualquer suspeita: tela de 13,3 polegadas, corpo de alumínio com acabamento escuro, 1,3 kg, Windows 11 Pro. O show dele começa ao abrir o display OLED.

De acordo com a Lenovo, o sistema motorizado inclina a até 180º (na horizontal) e gira até 270º (na vertical). A demonstração da qual participei deixou claro que ainda há pontos de melhoria, como a velocidade de abertura – são bons segundos para que a movimentação aconteça.

A própria gigante chinesa – maior e mais rentável empresa de PCs do planeta – estima que o ciclo de vida seja de 20 mil usos. Não se sabe o que acontece depois disso. Vale lembrar: trata-se de uma prova de conceito, e não um dispositivo finalizado. O preço dele nem sequer foi anunciado.

Protótipo do Auto Twist PC foi apresentado pela Lenovo na IFA 2024 (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Estão previstos alguns extras de software para tirar proveito da nova tecnologia:

Comando de voz para abrir e fechar a tampa, conforme mencionei acima

Foto panorâmica automática: basta que todos no ambiente fiquem paradinhos enquanto o laptop gira

Enquadramento automático em chamadas de vídeo: a webcam (de parcos 5 megapixels) te acompanha conforme você anda

O Lenovo Auto Twist AI PC não tem previsão de lançamento. A ficha técnica do protótipo ainda inclui memória RAM de 32 GB, armazenamento de 512 GB e processador Intel Core Ultra 7. Não há nenhum vestígio de quanto ele poderia custar. Qual a sua aposta?

Thássius Veloso viajou para a Alemanha a convite da Lenovo
Lenovo revela notebook com estranha tela que abre sozinha

Lenovo revela notebook com estranha tela que abre sozinha
Fonte: Tecnoblog

Asus revela miniPC que traz botão Copilot no próprio gabinete

Asus revela miniPC que traz botão Copilot no próprio gabinete

NUC 14 Pro AI com botão Copilot no gabinete (imagem: divulgação/Asus)

NUC 14 Pro AI é o nome do miniPC que a Asus anunciou na esteira da IFA 2024, evento de tecnologia que acontece na Alemanha. Como o nome sugere, a novidade traz recursos de inteligência artificial (IA) e leva o conceito tão a sério que incorpora até um botão Copilot na parte frontal.

A ideia é questionável, afinal, o Copilot do Windows 11 pode ser acionado pelo próprio teclado. É de se presumir que o usuário que quiser fazer uso regular da tecnologia comprará um teclado que já tenha uma tecla dedicada, a exemplo do que já ocorre em alguns notebooks atuais.

Além disso, me pergunto se não existe o risco de o usuário confundir o botão com a tecla de liga/desliga que também foi posicionada na parte frontal do NUC 14 Pro AI.

MiniPC Asus NUC 14 Pro AI (imagem: divulgação/Asus)

Com processador Intel para notebook

O que faz o NUC 14 Pro AI realmente interessante é o seu hardware. Para começar, ele pode ser equipado com um chip da recém-anunciada linha Intel Core Ultra 200V, cujos modelos contam com NPU em capacidade entre 40 e 48 TOPS, o que os torna aptos a equipar PCs de categoria Copilot+.

Os chips Core Ultra 200V foram desenvolvidos para notebooks, mas, como vemos aqui, nada impede o seu uso em outras plataformas. Uma das vantagens de sua adoção no NUC 14 Pro AI é que, além de recursos para IA, o miniPC provavelmente será mais econômico no consumo de energia.

Por outro lado, o chip deverá vir soldado à placa-mãe do equipamento, o que dificultará ou impedirá a sua substituição.

A Asus ainda não divulgou todas as especificações do NUC 14 Pro AI, mas indicou que ele suporta memórias LPDDR5X. A memória RAM deve ter, no máximo, 32 GB de tamanho, pois essa é a capacidade suportada pelos chips Core Ultra 200V.

O material de divulgação também revela que o Asus NUC 14 Pro AI suporta SSD M.2 2280, Bluetooth 5.4 e Wi-Fi 7. O equipamento traz ainda portas USB-C com Thunderbolt 4, HDMI, Ethernet, USB 3.2 Gen 1 e USB 3.2 Gen 2. Tudo isso em um equipamento que mede 130 x 130 x 34 mm.

MiniPC Asus NUC 14 Pro AI (imagem: divulgação/Asus)

Disponibilidade e preço

Ainda não há informações sobre preços e data de lançamento, mas o Verge aponta que o miniPC deve ser lançado até o fim do ano. Uma coisa é certa: ele será mais barato que os notebooks Copilot+ que tem preço inicial na cada dos US$ 1.000 nos Estados Unidos.

Falando nisso, vale destacar que os recursos do Copilot+ serão liberados para PCs com chip Intel ou AMD compatível a partir de novembro.
Asus revela miniPC que traz botão Copilot no próprio gabinete

Asus revela miniPC que traz botão Copilot no próprio gabinete
Fonte: Tecnoblog

Mac Mini com M4 pode vir sem portas USB-A

Mac Mini com M4 pode vir sem portas USB-A

Mac Mini 2024 pode ter tamanho de Apple TV e cinco entradas USB-C (Imagem: Divulgação / Apple)

O próximo Mac Mini da Apple pode deixar de lado as tradicionais portas USB-A — aquelas de tamanho maior, mais antigas. Segundo o jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, o aparelho virá com cinco entradas USB-C, além de Ethernet, HDMI e plug para fone de ouvido.

A expectativa é que a nova geração do Mac Mini chegue ainda em 2024. Ele deve ser um dos primeiros computadores da Apple a receber o chip M4, que fez sua estreia no iPad Pro, lançado em maio. Uma versão com M4 Pro, mais potente, também estaria sendo preparada.

iPad Pro de 2024 foi o primeiro a receber chip M4 (Imagem: Reprodução/Apple)

Outra novidade do Mac Mini é que ele deve ser ainda mais mini: anteriormente, Gurman afirmou que o computador terá um tamanho próximo ao do set-top box Apple TV, sendo menor no comprimento e na largura, mas um pouco mais alto. O design do produto praticamente não passa por grandes alterações desde 2010.

O Mac Mini atual conta com duas portas USB-A. A versão com chip M2 tem duas portas USB-C, enquanto o modelo com M2 Pro tem quatro entradas. Todas seguem o padrão é o Thunderbolt 4.

USB-A é raridade na linha Mac

A remoção das portas USB-A não é uma novidade para a linha Mac. Entre os computadores de mesa atualmente vendidos, o iMac já não conta com a antiga entrada USB, apenas USB-C. Apenas Mac Studio e Mac Pro (via placa de expansão) oferecem suporte a este conector.

Traseira do Mac Studio, com duas USB-A (Imagem: Divulgação / Apple)

Já entre os laptops, a porta USB-A foi erradicada há alguns anos. O MacBook Pro tem entrada para cartão de memória, HDMI, duas USB-C, saída para fones e MagSafe. Já o MacBook Air é ainda mais básico: apenas MagSafe, saída para fones e duas USB-C.

Com informações: TechCrunch
Mac Mini com M4 pode vir sem portas USB-A

Mac Mini com M4 pode vir sem portas USB-A
Fonte: Tecnoblog