Category: DuckDuckGo

Falha na Microsoft deixa Copilot fora do ar e afeta Bing, ChatGPT e DuckDuckGo

Falha na Microsoft deixa Copilot fora do ar e afeta Bing, ChatGPT e DuckDuckGo

Serviços que dependem do Bing enfrentam problemas (Imagem: Unsplash / Rubaitul Azad)

Vários serviços que usam o buscador Bing e os serviços de inteligência artificial da Microsoft tiveram problemas na manhã desta quinta-feira (23). O chatbot Copilot ficou fora do ar na web e nos apps para desktop e mobile. Enquanto isso, DuckDuckGo e a busca do ChatGPT (que usam resultados de busca do Bing) deixaram de funcionar por algumas horas.

Nos testes do Tecnoblog, o chatbot Copilot na web não podia ser acessado — ele redirecionava para uma página que mostra apenas o logo do Bing e uma caixa de pesquisa, sem funcionar. Na barra lateral do navegador Edge, o chatbot ficava travado em uma tela de carregamento, sem sair disso.

Copilot fica preso em tela de carregamento na barra lateral do Edge (Imagem: Reprodução / Tecnoblog)

Já o DuckDuckGo não retornava resultados de pesquisa, apenas uma mensagem de erro. O Bing funcionava, mas as respostas geradas por IA demoravam entre 20 e 30 segundos, muito mais que o normal.

Segundo relatos, o Copilot para Windows e para smartphone ficaram indisponíveis, e a busca web do ChatGPT Plus parou de funcionar. As primeiras publicações em redes sociais sobre estes problemas surgiram por volta das 5h (horário de Brasília) da quinta (23), o que indica que foram são cerca de cinco horas com indisponibilidade nos serviços.

Note: Microsoft’s search engine Bing is currently experiencing international outages, particularly impacting CoPilot, ChatGPT and DuckDuckGo; incident not related to country-level internet disruptions or filtering #BingDown pic.twitter.com/JrDuCE60of— NetBlocks (@netblocks) May 23, 2024

It’s not just you: Microsoft’s services are down in some regions.1. #Bing is down2. #Copilot / Copilot in Windows is downDuckDuckGo is not working because it uses Bing. Similarly, ChatGPT’s internet search is also down. pic.twitter.com/PCk3ZaPjIf— Mayank Parmar (@mayank_jee) May 23, 2024

Os gráficos do site DownDetector mostram um grande volume de relatos de problemas no DuckDuckGo e no Bing.

Usuários recorreram ao DownDetector para relatar problemas no DuckDuckGo e no Bing (Imagem: Reprodução / Tecnoblog)

O TechCrunch especula que o problema esteja em alguma API do Bing, já que vários serviços que dependem do buscador estão enfrentando dificuldades.

Microsoft está ciente do problema

Às 5h46, a conta do Microsoft 365 no X (antigo Twitter) informou estar investigando um problema que impede os usuários de acessar o Copilot. “Estamos trabalhando para isolar a causa da falha”, escreveu o perfil. A suíte de aplicativos de escritório Microsoft 365 é um dos muitos lugares onde a empresa colocou seu assistente de IA.

We’re investigating an issue where users may be unable to access the Microsoft Copilot service. We’re working to isolate the cause of the issue. More information can be found in the admin center under CP795190.— Microsoft 365 Status (@MSFT365Status) May 23, 2024

Por outro lado, o painel de integridade dos serviços da Microsoft, que informa instabilidades e quedas, dizia estar tudo normal.

Com informações: Bleeping Computer, TechCrunch

Atualizado às 11h05, após os serviços voltarem a funcionar
Falha na Microsoft deixa Copilot fora do ar e afeta Bing, ChatGPT e DuckDuckGo

Falha na Microsoft deixa Copilot fora do ar e afeta Bing, ChatGPT e DuckDuckGo
Fonte: Tecnoblog

Pequenos navegadores crescem na Europa

Pequenos navegadores crescem na Europa

Vivaldi é um dos navegadores que relata o crescimento de usuários na União Europeia (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Semanas após entrar em vigor, a Lei dos Mercados Digitais (DMA) da União Europeia está mostrando resultado no mercado de navegadores. Browsers menos populares, como o DuckDuckGo, Ecosia, Vivaldi e Aloha relatam que o número de seus usuários está aumentando nos países membros do bloco econômico. E isso aparentar estar ligado com o recurso de escolher o navegador padrão no iPhone e celulares Android.

A DMA institui diretrizes que visam reduzir a força das big techs em forçar seus serviços para os usuários. Uma das soluções apresentadas pela legislação é que as fabricantes de smartphones facilitem a escolha do navegador padrão. No caso do iOS, o usuário recebe uma tela listando, em ordem aleatória, diferentes browsers.

Nova tela do iOS para escolha do navegador padrão. Listagem de browsers é aleatória (Imagem: Reprodução/Brave)

Navegadores poucos conhecidos ganham espaço na UE

Além do Opera e Brave, navegadores que possuem uma certa fama no Brasil, browsers menores, como o DuckDuckGo, Ecosia, Vivaldi e Aloha estão relatando o aumento de instalações em celulares na União Europeia.

Em resposta para a Reuters, o navegador Aloha relatou que o número de usuários cresceu 250% em março. A empresa relata que possui 10 milhões de usuários ativos, mas essa informação não explica se isso era antes ou depois desse salto de crescimento. Assim como o seu rival Vivaldi, o Aloha se vende como um produto focado em privacidade.

O CEO do navegador Aloha, Andrew Frost Moroz, explica que a Europa saltou de quarto para segundo maior mercado da empresa. Bélgica e França lideram o ranking de países com mais novos usuários.

Talvez desconhecido para muitos, o Ecosia, criado na Alemanha, é também um buscador. Sua proposta é usar parte do dinheiro da publicidade para plantar árvores. O navegador alemão, assim como o Vivaldi, DuckDuckGo e Brave, relatam que as instalações estão subindo nas últimas semanas — e talvez isso seja só o começo.

Brave e Opera apresentaram crescimento nas últimas semanas, mas instalações podem seguir crescendo (Imagem: Denny Müller/Unsplash)

Apple e Google segurando atualização?

Segundo a Mozilla, dona do navegador Firefox, apenas 19% dos usuários de iPhone na UE receberam o update que mostra a tela para escolher o navegador padrão. Além disso, a tela só aparece quando se clica no navegador Safari, de propriedade da Apple. O DuckDuckGo também destaca que a aceleração do update pode ampliar o número de instalações.

O Google, assim como a Apple, é acusado pelos navegadores de atrasar o envio da atualização com a função de escolher o navegador padrão. A big tech do buscador mostra essa tela apenas nos Pixels, que têm uma fatia de mercado muito inferior ao iPhone.

Por isso, o crescimento desses navegadores no Android pode ser maior quando as fabricantes que utilizam o sistema operacional do Google, como Samsung e Xiaomi, liberarem a tela de escolha de browser padrão em suas interfaces.

E sim, essas reclamações não passaram batidas pela União Europeia. O bloco já anunciou que está investigando se as big techs estão cumprindo a legislação.  

Com informações: ReadWrite e Reuters
Pequenos navegadores crescem na Europa

Pequenos navegadores crescem na Europa
Fonte: Tecnoblog

Estudo comprova: Google e outros buscadores estão piores

Estudo comprova: Google e outros buscadores estão piores

Pesquisadores realizaram estudo ao longo de um ano (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Estudo europeu analisou 7,4 mil buscas por avaliações de produtos no Google, Bing e DuckDuckGo.
As páginas de avaliação com mais links de afiliados apresentam menor qualidade textual e são mais otimizadas para SEO, afetando negativamente a experiência do usuário.
Uma inspeção manual mostrou que essas páginas de avaliação tendem a ser superficiais, com conteúdo pobre e excesso de links de afiliados.
Embora o Google realize atualizações periódicas no algoritmo para melhorar a qualidade dos resultados, os efeitos são limitados e temporários, indicando que ainda há espaço para melhorias significativas.

Um recente estudo conduzido por pesquisadores europeus mostrou que o Google, o Bing e o DuckDuckGo estão entregando resultados de busca piores aos seus consumidores – ao menos quando os usuários estão pesquisando por avaliações de produtos. É o que nos revela um trabalho científico que se estendeu por um ano e analisou quase 7,4 mil buscas na internet.

Os cientistas focaram especificamente em pesquisas por avaliações de produtos (os famosos reviews) porque é o tipo de conteúdo potencialmente impregnado com programas de afiliados. Ou seja, os donos dos sites incluem links diretos para compras daqueles mesmos produtos em lojas online.

O estudo conclui que as páginas que aparecem mais em cima nos resultados de busca “apresentam sinais de menor qualidade textual”. Normalmente elas são mais otimizadas para pesquisas na rede (o famoso SEO) e mais monetizadas com programas de vendas.

Spam de SEO

A inspeção manual mostrou que as páginas de review ficam mais fracas conforme ganham mais links de afiliados. Elas se parecem com listagens de tópicos e contam com um pouco de textos para preencher espaço. Em outras palavras, enchem linguiça. Essa combinação entrega pouco valor para o usuário, na visão dos pesquisadores.

Os chamados domínios de spam aparecem com frequência nas posições mais altas dos mecanismos de busca. O Bing e o DuckDuckGo parecem ser particularmente afetados por este problema, em que sites criados apenas para capturar termos de pesquisa (as keywords) surgem em primeiro lugar.

Os pesquisadores concluem que os reviews com mais links de afiliados normalmente possuem mais otimizações visando o SEO. “Isso conflita com as necessidades do usuário de informação correta e sem viés”, dizem eles.

Atualizações de algoritmo

Os buscadores estão se mexendo para tentar coibir este problema. O Google mesmo lança, de tempos em tempos, atualizações de algoritmo com o objetivo de melhorar os resultados de busca. A mais recente começou em novembro de 2023 e ainda está em andamento.

Os efeitos são “notáveis”, de acordo com a pesquisa, mas também duram pouquíssimo tempo. E mesmo assim, ainda é possível encontrar domínios com spam e textos com qualidade inferior nos três principais mecanismos de pesquisa. “Ainda há muito espaço para melhorias”, afirmam os cientistas.

Não custa lembrar que fizemos um Tecnocast inteirinho sobre este assunto. Vale escutar!

Com informações: Webis, The Register, Business Insider e Search Engine Journal
Estudo comprova: Google e outros buscadores estão piores

Estudo comprova: Google e outros buscadores estão piores
Fonte: Tecnoblog