Category: Elon Musk

InternetBras: Governo descarta provedor de internet nos moldes da Starlink

InternetBras: Governo descarta provedor de internet nos moldes da Starlink

Dirigentes da Anatel participaram de evento (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Ministério das Comunicações descartou a criação da “InternetBras”, um suposto projeto para fornecer internet via satélite que foi recentemente discutido na mídia.
“Não sei de onde tiraram isso. Nós não temos planos de construir uma rede de satélites”, declarou Hermano Barros Tercius, secretário de telecomunicações, em entrevista exclusiva ao Tecnoblog.
O governo quer levar conexão de internet a mais de 40 mil escolas em todo o país, priorizando o uso de fibra ótica para áreas acessíveis, mas considerando o uso de satélites em regiões remotas.
Em áreas de difícil acesso, a Telebras pode contratar capacidade satelital de empresas como Starlink, Embratel, Hughesnet e Viasat, com a meta de garantir pelo menos 1 Mb/s por aluno e ao menos 20 Mb/s para escolas em locais mais isolados.

(Direto do Rio de Janeiro) O Ministério das Comunicações descarta a possibilidade de constituir uma empresa para fornecimento de internet via satélite. O projeto apelidado extraoficialmente de “InternetBras” ganhou as manchetes nos últimos dias, mas isso jamais foi cogitado dentro do governo, de acordo com Hermano Barros Tercius, secretário de telecomunicações da pasta.

“Não sei de onde tiraram isso”, declarou o secretário com exclusividade ao Tecnoblog durante um evento setorial promovido pelo jornal Valor Econômico no Rio de Janeiro. “Nós não temos planos de construir uma rede de satélites”.

Hermano Barros Tercius é secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Tercius deu detalhes sobre o projeto para levar conexão à internet para mais de 40 mil escolas. O grupo de trabalho receberá propostas para ligar os colégios à rede por via terrestre – essencialmente fibra ótica.

No entanto, o dirigente do MCom ressaltou que as empresas do setor não costumam se interessar pelo projeto em áreas remotas. Em situações assim, a empresa estatal de telecomunicações Telebras poderia contratar a capacidade satelital no mercado para proporcionar o acesso à internet.

Tercius disse que a Starlink poderia participar do projeto caso apresentasse proposta. Além do provedor de internet de Elon Musk, outras empresas conhecidas deste setor são Embratel, Hughesnet e Viasat.

Antena Starlink de segunda geração (imagem: divulgação/SpaceX)

O grupo de trabalho avaliou que o uso de internet por via terrestre será mais difícil em localidades da região Norte. A ideia do governo é garantir rede com pelo menos 1 Mb/s por aluno nos horários de pico. Há ainda a excepcionalidade de conexão totalizando 20 Mb/s para escolas de difícil acesso.
InternetBras: Governo descarta provedor de internet nos moldes da Starlink

InternetBras: Governo descarta provedor de internet nos moldes da Starlink
Fonte: Tecnoblog

Itaú começou testes de conexão com a rede Starlink

Itaú começou testes de conexão com a rede Starlink

O Itaú Unibanco anunciou que começou a fazer testes de conexão com a rede Starlink em uma agência do Rio de Janeiro. Segundo o banco, a iniciativa visa testar “como a internet via satélites de baixa órbita poderá levar um melhor padrão de conectividade para mais regiões do Brasil”. Locais mais distantes dos grandes centros urbanos são um foco importante para os experimentos.

Antena da Starlink (imagem: divulgação/SpaceX)

O ensaio teve início em março de 2023 e é fruto de uma parceria com a SC Caprock, operação brasileira do grupo Speedcast, provedora com acordo global para venda dos serviços corporativos da empresa de Elon Musk.

Dessa maneira, o Itaú Unibanco acredita que há potencial para garantir uma qualidade de conexão competente em agências de todo o território brasileiro. Independentemente da localização. A intenção é a de oferecer operações mais rápidas para o atendimento dos clientes.

Vale lembrar que uma conexão por satélite como a rede Starlink não depende de infraestrutura de cabeamento. Isso quer dizer que, em teoria, ela pode ser aplicada em qualquer região para levar sinal de internet de boa qualidade. Os testes de março foram realizados em uma agência da Zona Norte do Rio de Janeiro.

Fábio Napoli, diretor de Tecnologia do Itaú Unibanco, comentou sobre a tecnologia:

Essa evolução acelera nosso foco em unir a agilidade do ambiente digital com a conveniência do atendimento físico para oferecer a melhor experiência para nossos clientes de todo o Brasil. Em termos de conectividade, o satélite de baixa órbita se comporta de forma semelhante à fibra ótica, mas com o diferencial de ser mais maleável e de fácil implantação, o que significa que há um grande potencial para sua utilização em um país com uma dimensão territorial como o Brasil.

Agência do Itaú (Imagem: Junios/Wikimedia Commons)

Starlink ficou mais cara e mais barata nos EUA

Enquanto o Brasil ainda está engatinhando com o uso da rede da empresa de Elon Musk, os estadunidenses se depararam com um aumento de preço no serviço.

No fim de fevereiro de 2023, a companhia anunciou que os assinantes que vivem em áreas com capacidade limitada precisariam pagar US$ 10 a mais por mês para manter a internet via satélite. Por outro lado, para os residentes de locais com capacidade excessiva, o custo reduziu em US$ 20, já que há uma concorrência maior.

Já no Brasil, ocorreu uma redução na mensalidade da Starlink em 2022. O corte chegou a ser maior do que 50% do valor pago pelos usuários. Por exemplo: houve casos de pessoas que desembolsavam R$ 500, mas que passaram a pagar R$ 230 a cada 30 dias.

Além disso, a velocidade da internet não foi reduzida para se adequar aos novos preços.
Itaú começou testes de conexão com a rede Starlink

Itaú começou testes de conexão com a rede Starlink
Fonte: Tecnoblog

Elon Musk anuncia TruthGPT, IA que vai tentar entender a “natureza do universo”

Elon Musk anuncia TruthGPT, IA que vai tentar entender a “natureza do universo”

Após alguns dias de informações de bastidores e especulações, o próprio Elon Musk confirmou que vai desenvolver uma inteligência artificial para concorrer com o ChatGPT. O nome do projeto é TruthGPT e, segundo o bilionário, o objetivo é uma IA que busque ao máximo a verdade e entenda a natureza do universo.

Elon Musk no Kennedy Space Center da NASA em 2020 (Imagem: Joel Kowsky / NASA)

O empreendedor considera que entender o universo é o melhor caminho para construir uma IA segura.

A ideia é que, se ela se preocupa com o universo, deverá considerar os humanos uma parte interessante disso e não vai querer aniquilá-los. Ufa, que bom ouvir isso!

Musk compara a como os seres humanos protegem os chimpanzés. “A humanidade poderia decidir caçar e matar todos os chimpanzés, mas, na verdade, estamos felizes que eles existem e queremos proteger seus habitats”, avaliou.

Ironicamente, a Neuralink — startup de Elon Musk que desenvolve implantes cerebrais — foi alvo de uma denúncia de maus tratos a macacos.

“Inteligência artificial é um negócio mais perigoso do que, digamos, uma administração mal-feita de projetos ou manutenção de aeronaves, ou do que carros mal-construídos”, ponderou o executivo de Twitter, Tesla e SpaceX.

Entre os riscos, Musk aponta que uma IA superinteligente poderia escrever incrivelmente bem e manipular a opinião pública.

Rumores começaram na semana passada

Pela primeira vez, Musk deu detalhes sobre sua investida no campo da inteligência artificial. Isso confirma notícias que surgiram nas últimas semanas.

As especulações começaram na quarta-feira (12), quando uma reportagem apontou que Musk havia comprado 10 mil GPUs da Nvidia. Inicialmente, foi especulado que isso seria para desenvolver uma IA para o Twitter.

No dia seguinte, apareceram informações de que o bilionário estaria contratando pesquisadores e engenheiros. Além disso, ele abriu uma empresa chamada X.AI Corp.

Musk repete críticas ao ChatGPT e à OpenAI

O executivo considera que o TruthGPT pode corrigir o caminho que a OpenAI tomou.

Musk foi um dos fundadores da OpenAI, que nasceu em 2015 como uma organização sem fins lucrativos. Ele tentou assumir o comando da empresa em 2018, mas foi impedido pelo atual CEO, Sam Altman.

Desde então, ele se afastou da entidade. Ela, por sua vez, criou uma subsidiária com fins lucrativos e recebeu investimentos bilionários da Microsoft, que incorporou modelos de linguagem a seus produtos, como Bing, Edge, Microsoft 365 e Azure.

Para Musk, os incentivos de ser uma empresa com fins lucrativos podem interferir nas questões éticas que a IA cria. O TruthGPT seria, nesse sentido, uma alternativa mais transparente.

O anúncio foi feito pelo próprio Musk no programa de entrevistas de Tucker Carlson, na Fox News americana, na segunda-feira (17). Uma segunda parte do programa deve ir ao ar nesta terça (18).

Com informações: Reuters, Wall Street Journal, The Verge
Elon Musk anuncia TruthGPT, IA que vai tentar entender a “natureza do universo”

Elon Musk anuncia TruthGPT, IA que vai tentar entender a “natureza do universo”
Fonte: Tecnoblog

Elon Musk tentou assumir o controle da OpenAI, mas foi rejeitado

Elon Musk tentou assumir o controle da OpenAI, mas foi rejeitado

O noticiário de tecnologia teve dois assuntos em alta nos últimos meses: ChatGPT e Elon Musk. E eles poderiam estar interligados nas manchetes. O bilionário, um dos fundadores da OpenAI, responsável pelo chatbot, tentou assumir o controle da associação. Os outros fundadores, porém, recusaram a ideia.

Elon Musk (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

As informações são de uma reportagem do site Semafor. Segundo a publicação, Musk ficou preocupado com o andamento dos projetos da OpenAI — para ele, o laboratório estava ficando para trás na disputa com o Google.

O bilionário, então, fez a proposta de assumir o controle da organização e comandá-la. Sam Altman e Greg Brockman, dois outros fundadores, recusaram a proposta. Hoje, eles são o CEO e o presidente da OpenAI, respectivamente.

Musk deixou conselho e investiu menos

Também em 2018, Musk se afastou da associação. Ele deixou seu cargo no conselho de diretores, citando conflitos de interesse por seu trabalho na Tesla.

O bilionário também teria quebrado uma promessa de investir US$ 1 bilhão na empresa, e colocou US$ 100 milhões. Pode ser apenas coincidência? Pode, mas não parece.

Esta promessa quebrada, aliás, pode ter mudado a história da OpenAI. Ela havia sido fundada em 2015 como uma organização sem fins lucrativos, com foco em contribuições para a sociedade.

Sem o dinheiro e com problemas para pagar as contas do desenvolvimento do Dall-E e do GPT, ela criou uma nova entidade em 2019 — desta vez, com fins lucrativos.

OpenAI criou empresa e recebeu investimento da Microsoft

A Microsoft, então, colocou bilhões de dólares na empresa e garantiu licenças para usar as tecnologias de inteligência artificial em seus produtos.

Somente nos primeiros meses de 2023, a companhia anunciou a integração de tecnologias de inteligência artificial ao Bing e ao Microsoft 365, além de ferramentas corporativas.

PowerPoint com Copilot gera apresentações a partir de pedidos do usuário ou documentos (Imagem: Divulgação/Microsoft)

Elas interpretam comandos em linguagem natural e executam tarefas de certa complexidade, como escrever textos e criar apresentações.

Como observa o Verge, em sua matéria repercutindo a reportagem, o Semafor não diz que uma coisa foi consequência da outra, mas é uma interpretação plausível.

Lançamentos preocupam especialistas e o próprio Musk

A transformação da OpenAI em uma corporação com fins lucrativos acelerou o desenvolvimento de tais tecnologias.

Por outro lado, especialistas já expressaram preocupação com o lançamento apressado de ferramentas do tipo, sem considerar os riscos que elas representam.

Nos primeiros meses de ChatGPT, já vimos que as limitações de segurança da ferramenta podem ser facilmente contornadas, dando a possibilidade de escrever códigos de malware e e-mails de phishing.

Entre os críticos, está o próprio Elon Musk. Como fundador, ele já expressava preocupação com os rumos da tecnologia lá em 2017.

Agora, em fevereiro de 2023, ele escreveu em seu Twitter que a OpenAI se tornou uma companhia de código fechado, voltada para o lucro máximo e, na prática, controlada pela Microsoft. O bilionário diz que essa não era sua intenção ao fundar a organização sem fins lucrativos.

Com informações: The Verge
Elon Musk tentou assumir o controle da OpenAI, mas foi rejeitado

Elon Musk tentou assumir o controle da OpenAI, mas foi rejeitado
Fonte: Tecnoblog