Category: EUA

Dados neurais passam a ser protegidos por lei estadual nos EUA

Dados neurais passam a ser protegidos por lei estadual nos EUA

Dados neurais são equiparados a informações biométricas e de saúde (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O governador da Califórnia (Estados Unidos), Gavin Newson, sancionou um projeto que visa impedir que dados cerebrais de consumidores sejam usados de forma inadequada por empresas de tecnologia. Ele altera a lei de proteção de dados pessoas do estado para incluir “dados neurais” na lista de “informações pessoais sensíveis”.

Como explica o New York Times, isso inclui dados gerados pelo cérebro e também pelos nervos do resto do corpo. A Califórnia já incluía imagens faciais, DNA e impressões digitais na lista de dados sensíveis.

Na prática, consumidores poderão pedir acesso a seus dados, além de solicitar que as empresas excluam ou alterem o que foi coletado. Eles também poderão limitar esta coleta, bem como proibir a venda ou o compartilhamento destes dados.

Tecnologias neurais estão em alta

O Times observa que vários produtos e serviços relacionados ao cérebro e à mente vêm surgindo nos últimos anos. Entre eles, estão aplicativos para meditar, melhorar a concentração e tratar transtornos psicológicos, como depressão. Alguns deles podem monitorar e registrar dados cerebrais.

Colorado já tem regras para este tipo de dados, e outros estados discutem leis semelhantes (Imagem: Robina Weermeijer / Unsplash)

A publicação diz que isso pode incluir pensamentos, sentimentos e intenções. Já existem pesquisas científicas para usar este tipo de dados para reconstituir o que uma pessoa viu em um vídeo ou controlar a fala e as expressões faciais de um avatar.

O jornal também destaca que existe uma lacuna regulatória para este tipo de produto. Nos EUA, dispositivos médicos estão sujeitos a leis de saúde federais, mas aparelhos de neurotecnologia não precisam seguir estas regras.

Além disso, a Califórnia é um hub de tecnologia, com inúmeras startups de neurociência. Estes fatores ajudam a explicar a aprovação da lei.

A associação Neurorights Foundation, que atua pela proteção de dados cerebrais, examinado as políticas de dados de 30 empresas. Segundo a instituição, quase todas tinham acesso a este tipo de informação, sem limitações significativas. Além disso, mais da metade permitia o compartilhamento com terceiros.

“O que costumava ser ficção científica não é mais”, diz Rafael Yuste, neurocientista da Universidade Columbia e presidente da fundação.

Antes da Califórnia, o estado do Colorado aprovou uma legislação semelhante. A Neurorights Foundation estão em discussão com parlamentares de Flórida, Texas e Nova York, entre outros estados.

Texto recebe críticas

Para Marcello Ienca, professor da Universidade Técnica de Munique (Alemanha), a lei limita excessivamente os dados neurais, quando deveria se concentrar em prevenir inferências intrusivas sore pensamentos e emoções, independentemente da fonte usada.

“O que importa é se você está fazendo um tipo de inferência que infrinja meus direitos à privacidade”, argumenta Ienca.

A TechNet, que representa empresas como Meta, Apple e OpenAI, se opôs à lei. A associação argumentou que incluir o sistema nervoso periférico seria muito amplo e atrapalharia qualquer tecnologia que registra comportamento humano.

O texto final manteve a menção ao sistema nervoso periférico, mas definiu que informações inferidas por dados não neurais não estariam cobertas pela lei. Na prática, isso libera monitores cardíacos, medidores de pressão e aparelhos de teste de glicemia, explica Jared Genser, consultor da Neurorights Foundation.

Com informações: The New York Times
Dados neurais passam a ser protegidos por lei estadual nos EUA

Dados neurais passam a ser protegidos por lei estadual nos EUA
Fonte: Tecnoblog

Novo app de relacionamento estreia mecanismo anti-ghosting

Novo app de relacionamento estreia mecanismo anti-ghosting

After foi lançado nos EUA e conta com função de feedback para evitar ghosting (ilustração: Vítor Pádua/Tecnoblog)

Um aplicativo de relacionamentos lançado nessa semana nos Estados Unidos espera resolver os problemas de ghosting — prática de parar de conversar com uma ficante/contatinho sem dar explicações. Para isso, o After exige que o usuário envie um feedback ao desfazer um match. Sem enviar o feedback, a pessoa não pode seguir na busca por novos contatos.

Se você já se relacionou com alguém por app nos últimos, seja uma ficante ou pessoa que nem mesmo com quem chegou a rolar um encontro, provavelmente já passou por um ghosting. Nessas situações, a “vítima” fica sem entender por que a conversa foi cortada. Com um feedback, o After espera que pelo menos a pessoa descubra o que rolou de errado no contato.

Criadora quer resolver falhas de apps de encontro

O After foi desenvolvido por Katie Dissanayake, que trabalhou no Hud, outro app de relacionamento. Para Dissanayake, uma das falhas dos aplicativos do tipo é o “cansaço”. Além da ferramenta de feedback, o After envia notificações para as pessoas conversarem entre si.

After cria mensagem “carinhosa” após feedback do autor do ghosting para explicar por que não houve continuação no papinho (Imagem: Reprodução/After)

Por exemplo, se um usuário envia uma mensagem e o outro não responde após um tempo, o app envia uma notificação para que a pessoa lembre de responder. Se nenhum dos dois puxa conversa após um match, ambos recebem o aviso.

Caso a pessoas não responda, ou melhor, caso seja deixado o vácuo, o After exclui automaticamente o match — e aí vem o feedback para explicar por que houve o ghosting. Com o feedback em mãos, o próprio app cria uma mensagem “gentil” para quem ficou no vácuo.

Em entrevista para o TechCrunch, a criadora do app destaca também que o After prioriza a comunicação, por isso suas ferramentas anti-ghosting deletam chats. Se você já usou o Tinder, Happn ou qualquer app do tipo, provavelmente já se viu com uma lista de chats — e vários que não rolam mais nada.

De um modo, o After tende a valorizar as conversas que seguem em frente e não o “volume”. Do outro, isso tira qualquer possibilidade de uma conversa inativa voltar com o “Oi sumida/o”.

Com informações: TechCrunch
Novo app de relacionamento estreia mecanismo anti-ghosting

Novo app de relacionamento estreia mecanismo anti-ghosting
Fonte: Tecnoblog

Apple Intelligence vai funcionar em português a partir de 2025

Apple Intelligence vai funcionar em português a partir de 2025

Craig Federighi no anúncio da da Apple Intelligence (imagem: ieprodução/Apple)

Quando a linha iPhone 16 foi anunciada, a Apple Intelligence se tornou oficial. Mas usuários brasileiros e portugueses ficaram com uma dúvida: quando a tecnologia terá suporte ao idioma português? Recentemente, a Apple revelou que essa compatibilidade será oferecida em algum momento de 2025.

A Apple Intelligence está entre os principais recursos do iOS 18. Nos Estados Unidos, considerando o idioma inglês, a Apple programou a liberação da tecnologia para outubro de 2024. O iOS 18.1 será lançado no mesmo mês. A Apple Intelligence fará parte da nova versão do sistema operacional, portanto, mas em fase beta.

Em dezembro, a tecnologia chegará aos seguintes países, também considerando a língua inglesa: Reino Unido, Canadá, Austrália, África do Sul e Nova Zelândia. O suporte aos idiomas japonês, chinês, francês e espanhol foi prometido para 2025.

Língua portuguesa na lista de suporte

Esse plano foi anunciado junto ao lançamento da linha iPhone 16. Mas, nesta quarta-feira (18), as páginas de ajuda da Apple Intelligence foram atualizadas para informar que o suporte ao idioma português também está previsto para 2025 (a Apple não fez distinção entre português do Brasil e português de Portugal).

Além do nosso idioma, a Apple Intelligence suportará as seguintes línguas no próximo ano: inglês de Singapura, alemão, italiano, coreano, vietnamita e “outros”.

Curiosamente, a Apple Intelligence não estará disponível para usuários residentes na União Europeia, mesmo havendo suporte aos seus idiomas. A tecnologia só funcionará para essas pessoas quando elas estiverem viajando para um país que não faz parte do bloco. Para elas, outra opção é configurar a Apple ID para um país fora da União Europeia.

Ao TechCrunch, a Apple revelou que essa restrição foi causada por problemas com a Lei dos Mercados Digitais da União Europeia (ou Digital Markets Act — DMA) e que já conversa com a Comissão Europeia para resolver a questão.

A tecnologia também não será liberada na China para usuários cuja Apple ID está configurada para a região. Neste caso, o motivo é o conflito com questões regulatórias chinesas envolvendo inteligência artificial generativa.

Apple Intelligence na linha iPhone 16 (imagem: reprodução/Apple)

O que é Apple Intelligence

Apple Intelligence é um pacote de recursos de inteligência artificial. No iOS 18 e superiores, a tecnologia se integrará a aplicativos nativos e de terceiros para criar imagens exclusivas, remover objetos de fotos, escrever mensagens sob medida, fazer a Siri dar respostas mais precisas, entre várias outras funcionalidades.

A tecnologia só estará disponível para as linhas iPhone 16, iPhone 16 Pro e iPhone 15 Pro, porém.

Vale lembrar que o iPhone 16 será lançado no Brasil custando a partir de R$ 7.799. Já o iPhone 16 Pro custará a partir de R$ 10.499.

Apple Intelligence vai funcionar em português a partir de 2025

Apple Intelligence vai funcionar em português a partir de 2025
Fonte: Tecnoblog

Google pode ser obrigado a vender o Android em caso de monopólio

Google pode ser obrigado a vender o Android em caso de monopólio

Após ser condenada por violar leis antitruste, Google pode ser obrigado pela justiça a vender alguns setores (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos pode obrigar o Google a vender algumas de suas divisões. Segundo a Bloomberg, o órgão estuda forçar que a big tech se desfaça do Android, AdWords ou do Chrome. A decisão final deve demorar, visto que o juiz do caso já adiantou que as partes devem se adiantar para a segunda parte do processo.

Nessa segunda parte, o DOJ apresentará a sua proposta para que o Google encerre o seu monopólio no mercado de buscadores. Já a big tech deve contestar qualquer proposta que vise desmantelar sua gigantesca estrutura — provavelmente até o recurso final. O último caso de monopólio a envolver uma empresa tão grande foi em 1984, quando a telefônica AT&T foi culpada e teve que vender algumas subsidiárias.

Android pode ser principal alvo do DOJ

DOJ pode obrigar o Google a se desfazer do Android (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Android, sistema operacional do Google, pode ser o principal alvo do DOJ no desmantelamento da big tech. No julgamento de monopólio no mercado de buscador, a justiça americana apontou que o Google força as fabricantes de celulares a instalarem o Chrome e o aplicativo de buscador por padrão em suas interfaces.

No acordo da big tech com as fabricantes, a remoção do Chrome, app de busca e alguns outros aplicativos do Google é impossível — pelo menos usando os meios tradicionais. O juiz Amit Mehta usou esse caso entre as provas de monopólio da empresa no ramo de buscadores.

Sem a possibilidade de remover os apps, o Google tem vantagem sobre as concorrentes. Afinal, alguns usuários podem não ver a necessidade de dois apps de navegadores e de buscadores no smartphone.

A Bloomberg buscou o contato do DOJ e do Google, que se negaram a comentar sobre o caso.

Medida mais suave seria compartilhar dados

Solução mais “tranquila” para o Google pode envolver licenciar dados de busca para concorrentes (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Outra possibilidade, segundo fontes do jornal, é que o DOJ obrigue o Google a aumentar a transparência dos seus serviços, compartilhando ou licenciando dados adquiridos pelo sistema de busca. Na investigação do caso, foi revelado que a big tech captura 16 vezes mais dados que o seu rival mais próximo com o app de busca.

Nos contratos do Google com empresas, esses dados extras são restritos às concorrentes. Ou seja, o Bing e DuckDuckGo, principais alternativas ao Google, não tem acesso as mesmas ferramentas da rival para fornecer resultados mais precisos (ou adquirir mais informações privadas do usuário, mas isso é outra conversa).

Outra solução que pode entrar no pedido do DOJ, segundo apurou a Bloomberg, é permitir que sites proíbam o Google de usar seus conteúdos para treinar o Gemini sem os remover do resultado da busca. No momento, a big tech também não permite que os sites escolham sair do AI Overview, resultado de busca feito por IA, e continuem listados nas buscas.

Lembrando, essa julgamento não tem relação com a investigação de monopólio no mercado de anúncios — ainda que o domínio do Google nesse mercado tenha uma forte ligação com seu buscador.

Com informações: Bloomberg, The Verge e Android Headlines
Google pode ser obrigado a vender o Android em caso de monopólio

Google pode ser obrigado a vender o Android em caso de monopólio
Fonte: Tecnoblog

Samsung é processada pela Universidade de Harvard por violação de patente

Samsung é processada pela Universidade de Harvard por violação de patente

Samsung é acusada de usar patentes criadas pela universidade na fabricação de seus chips (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Universidade de Harvard está processando a Samsung por violações de suas patentes. Segundo a universidade, a empresa sul-coreana utiliza tecnologias criadas na instituição e protegidas por patentes na fabricação de chips — o que inclui a produção de processadores e de equipamentos de memórias. O processo será julgado na corte federal do Texas.

A ação judicial foi aberta nesta segunda-feira (5). No documento, a Universidade de Harvard afirma que a Samsung utilizou duas invenções criadas por Roy Gordon, professor de química na instituição.

A técnica de fabricação de chips inventada por Gordon envolve a aplicação de uma fina película de metais com combinações de tungstênio e cobalto, elementos essenciais na produção de chips e outros componentes para computadores.

Harvard acusa Samsung de usar tecnologia em SoCs e memórias

Samsung é uma das maiores fabricantes de memória RAM do mundo, mas Harvard aponta violação de patente na produção desses itens (imagem: divulgação/Samsung)

Segundo a universidade, a Samsung viola as suas patentes para fabricar processadores para celulares e chips de memória. Aqui vale destacar que a sul-coreana é uma das maiores empresas no segmento de pentes de memória RAM e armazenamento.

O valor da indenização pedido por Harvard não é revelado na ação judicial. A universidade também pede que a Samsung cesse a violação das patentes.

A agência de notícia Reuters tentou ouvir a Samsung e a Universidade de Harvard sobre o caso. Contudo, nenhuma das duas chegou a se pronunciar.

Samsung é figurinha carimbada nesses casos

No ano passado, a Samsung foi multada em US$ 303 milhões por violar uma patente da Netlist. Neste caso, a sul-coreana usou uma tecnologia que aumentava a eficiência energética dos módulos de memória.

Em 2022, a Comissão Internacional de Comércio dos Estados Unidos também investigou a Samsung por possíveis violações de patentes na fabricação de semicondutores. Já em 2017, a Huawei venceu um processo sobre a sul-coreana — mas dessa vez envolvendo a tecnologia 4G.

Outro caso de patente

Com informações: Reuters e SamMobile
Samsung é processada pela Universidade de Harvard por violação de patente

Samsung é processada pela Universidade de Harvard por violação de patente
Fonte: Tecnoblog

Google tem monopólio no mercado de buscadores, decide Justiça dos EUA

Google tem monopólio no mercado de buscadores, decide Justiça dos EUA

Google bloqueou concorrentes, segundo Justiça americana (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Justiça dos Estados Unidos decidiu que o Google violou a legislação antitruste do país, ao trabalhar para manter um monopólio no mercado de buscas na internet. O veredito foi dado pelo juiz distrital Amit Mehta. Por enquanto, ainda não se sabe quais serão os desdobramentos da sentença.

“Após ter cuidadosamente considerado e pesado os depoimentos das testemunhas e as evidências, a corte chega à seguinte conclusão: o Google é monopolista, e agiu como tal para manter seu monopólio”, diz a decisão. “A empresa violou a Seção 2 do Sherman Act.”

Sundar Pichai, CEO do Google, defendeu que o buscador é benéfico a toda a internet (Imagem: Reprodução / Google)

“Se há competição genuína no mercado de buscas gerais, ela não se manifestou de formas conhecidas, como fatias de mercado fluidas, negócios perdidos ou novos entrantes”, escreveu o juiz Mehta. “A realidade do mercado é que o Google é a única escolha verdadeira como buscador padrão.”

A sentença, no entanto, não define os remédios, como são chamadas as medidas para “desfazer” a concentração de mercado de uma empresa. Isso será decido posteriormente. O Google também deve apresentar recurso.

Como comenta a CNN, caso a decisão se mantenha, ela deve afetar os contratos que o Google tem com fabricantes e operadoras. Estes acordos bilionários estavam no núcleo do processo.

Google paga bilhões para Apple e outras empresas

O Google foi alvo de um processo do Departamento de Justiça dos EUA, iniciado em outubro de 2020. A empresa foi acusada de ferir as leis ao fechar contratos bilionários com a Apple e operadoras de telefonia móvel do país para ser o buscador padrão de diversos produtos. Com isso, ela teria bloqueado o caminho para concorrentes e acumulado 88% do mercado de pesquisas online.

Ao longo dos últimos meses, um julgamento revelou várias informações sobre estes contratos. O relacionamento com a Apple foi especialmente importante. O Google pagou US$ 20 bilhões para ser o buscador padrão dos dispositivos da marca da maçã em 2022. Além disso, a gigante das buscas deixava 36% do faturamento de anúncios no Safari para a criadora do iPhone.

Para o juiz Mehta, este dinheiro vem a um custo muito baixo para a Apple, incentivando a empresa a não desenvolver um buscador próprio. Para o magistrado, em diversas vezes parceiros do Google concluíram que é financeiramente inviável recusar os contratos com a empresa para buscar soluções mais flexíveis, já que isso significaria perder centenas de milhões de dólares, ou até mesmo bilhões, em alguns casos.

Em sua defesa, o Google argumentou que o domínio do mercado veio de forma natural, pelo fato de o buscador da empresa ser o melhor e, portanto, o escolhido pelos consumidores. Além disso, a empresa defendia que seus concorrentes não eram apenas os buscadores que indexam páginas da web, mas qualquer plataforma com um motor de buscas (como a pesquisa da Amazon, por exemplo).

Satya Nadella, CEO da Microsoft (que tem o Bing) e uma das testemunhas ouvidas no processo, disse que é impossível competir com o “ciclo virtuoso” do Google: com mais buscas, a empresa pode usar os dados para aperfeiçoar o motor de pesquisa; com um motor de pesquisa melhor, ela consegue mais buscas; e assim sucessivamente.

Além deste processo, o Google vai enfrentar outra ação movida pelo Departamento de Justiça, desta vez envolvendo o mercado de anúncios na internet.

Com informações: The Verge, CNN
Google tem monopólio no mercado de buscadores, decide Justiça dos EUA

Google tem monopólio no mercado de buscadores, decide Justiça dos EUA
Fonte: Tecnoblog

CEO da CrowdStrike terá que depor em comissão do Senado americano

CEO da CrowdStrike terá que depor em comissão do Senado americano

CEO da CrowdStrike será convocado para depor sobre “apagão cibernético” que deixou milhares de sistemas fora do ar na sexta-feira (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Comissão de Segurança Nacional do Congresso dos Estados Unidos convocou George Kurtz, CEO da CrowdStrike, para depor sobre a falha que causou o apagão cibernético em milhares de PCs Windows pelo mundo. A Comissão também é responsável pelos assuntos de cibersegurança e proteção de infraestrutura dos EUA. Kurtz também pode ser convocado por outros órgãos do congresso americano.

Na carta de convocação, assinado por Mark Green, líder da Comissão de Segurança Nacional, e Andrew Garbino, chefe da Subcomissão de Cibersegurança, o órgão cita que o apagão de sexta-feira serve como um anúncio sobre os riscos de segurança associados à dependência de fornecedores únicos.

O texto também destaca que o incidente servirá para melhorar a infraestrutura crítica e garantir que algo do tipo não ocorra novamente. Apesar da CrowdStrike ter publicado uma correção do erro ainda na sexta-feira — e a Microsoft liberado uma ferramenta para resolver a tela azul no Windows —, algumas empresas seguem com problemas para utilizar seus serviços dependentes do Windows. A Delta Airlines, companhia americana de aviação, seguia com telas azuis e voos cancelados na segunda-feira (22).

Microsoft publicou correção para as telas azuis em PCs afetados pelo bug da CrowdStrike, mas problema persistia em PCs na segunda-feira (Imagem: Guilherme Reis/Tecnoblog)

Políticos citam “oligopólio” e Microsoft aponta para CrowdStrike

Entre memes e reclamações sobre o Windows, congressistas americanos dos dois partidos criticaram que há poucas empresas atuando em setores críticos da infraestrutura cibernética. Em sua defesa, a Microsoft jogou a culpa na CrowdStrike, já que o bug afetou apenas a versão do Falcon para Windows.

Contudo, esse apontar de dedo da Microsoft não deve mudar o debate sobre a dependência de serviços em poucas empresas. De fato, a combinação entre o domínio do Windows nas companhias e da CrowdStrike no setor de cibersegurança para plataformas em nuvem foi o que levou o bug a ser tão prejudicial para vários serviços no mundo.

Tela azul aparece em monitor do aeroporto de Heathrow, o segundo mais movimentado do mundo em 2023 (Imagem: Reddit/AeitZean)

No Brasil, bancos ficaram fora do ar. Em vários países (incluindo aqui), aeroportos e companhias aéreas sofreram com atrasos e cancelamentos de voos. Ferramentas de trabalho usadas na nuvem também ficaram inacessíveis.

Lina Khan, diretora da Comissão Federal de Comércio (FTC, órgão americano similar ao nosso CADE), disse na sexta que o incidente mostra como a concentração de empresas podem criar sistemas frágeis. Khan é especialista em antitruste e deve ampliar o trabalho da FTC contra as big techs.

Com informações: The Washington Post e The Verge
CEO da CrowdStrike terá que depor em comissão do Senado americano

CEO da CrowdStrike terá que depor em comissão do Senado americano
Fonte: Tecnoblog

FBI levou 40 minutos para desbloquear celular de atirador de Trump

FBI levou 40 minutos para desbloquear celular de atirador de Trump

FBI precisou de ajuda de empresa de perícia para desbloquear celular (Imagem: Edwin Chow / Flickr)

O FBI conseguiu desbloquear em 40 minutos o smartphone Samsung de Thomas Matthew Crooks, homem que foi morto após atirar em Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato. Para isso, os investigadores usaram uma ferramenta ainda em desenvolvimento da empresa israelense de perícia Cellebrite.

As informações sobre o desbloqueio foram obtidas pelo site da Bloomberg e pelo jornal The Washington Post. Segundo as publicações, oficiais do FBI de Pittsburgh, cidade próxima ao local da tentativa de assassinato, tentaram desbloquear o celular de Crooks usando uma ferramenta da Cellebrite atualmente disponível, mas não obtiveram sucesso.

Ferramentas atuais da Cellebrite não foram capazes de destravar aparelho (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O aparelho, então, foi enviado para o laboratório do FBI em Quantico, no estado da Virgínia. Agentes ligaram para o time federal da Cellebrite, que enviou um novo utilitário, ainda em desenvolvimento, e forneceu suporte técnico para ajudar na operação. Com isso, os oficiais conseguiram desbloquear o aparelho em 40 minutos.

Cellebrite não conseguia destravar smartphones recentes

A Cellebrite ganhou notoriedade em 2016, quando ajudou o FBI a desbloquear um iPhone 5c sem ajuda da Apple, após a empresa se recursar a criar um backdoor para os aparelhos. O celular pertencia ao autor de um atentado terrorista em San Bernardino, no estado da Califórnia.

Documentos internos da Cellebrite obtidos pelo site 404 Media indicam que as ferramentas da empresa têm limitações. Elas não foram capazes de desbloquear iPhones com iOS 17.4 ou versões mais recentes do sistema operacional, nem celulares Android como os Pixel 6, 7 e 8, desde que eles estivessem desligados. Estas informações vieram a público na quinta-feira (18).

Segundo a Bloomberg, o telefone de Crooks é um Samsung recente. A publicação não especificou qual seria o modelo em questão.

Com informações: 9to5Mac, The Verge
FBI levou 40 minutos para desbloquear celular de atirador de Trump

FBI levou 40 minutos para desbloquear celular de atirador de Trump
Fonte: Tecnoblog

Microsoft e Apple se afastam de conselho da OpenAI para evitar problemas

Microsoft e Apple se afastam de conselho da OpenAI para evitar problemas

OpenAI recebeu investimentos da Microsoft e fechou parceria com a Apple (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Microsoft deixou seu assento de observadora no conselho da OpenAI, posto que obteve em novembro de 2023, e a Apple recusou posição semelhante, que faria parte do acordo para colocar o ChatGPT nos iPhones. Segundo o Financial Times, o motivo do movimento é o crescente escrutínio de governos em todo o mundo sobre os investimentos de gigantes da tecnologia em startups de inteligência artificial.

A União Europeia e o Reino Unido, por exemplo, investigam a relação entre a Microsoft e a OpenAI: elas querem saber se a gigante de Redmond é dona ou exerce controle da desenvolvedora do ChatGPT. A Microsoft investiu mais de US$ 13 bilhões e tem direito a parte dos lucros da OpenAI, até um certo limite. Em seu site, a startup de IA diz ser totalmente independente e comandada pela OpenAI Nonprofit, organização sem fins lucrativos.

Tecnologias da OpenAI ajudaram a impulsionar ferramentas de IA da Microsoft (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Já a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) está examinado os investimentos feitos por Microsoft, Amazon e Google. Uma fonte ligada ao FTC disse ao Financial Times que a saída do conselho não deve resolver as preocupações da agência.

OpenAI fará reuniões com quem não está no conselho

Em uma carta escrita pelo conselheiro Keith Dolliver, a Microsoft diz que o assento de observadora no conselho da OpenAI não é mais necessário, já que a empresa viu “progresso significativo do novo conselho e está confiante nos rumos da companhia”.

A empresa comandada por Satya Nadella tinha esta posição desde novembro de 2023, quando Sam Altman, CEO e cofundador da OpenAI, foi demitido abruptamente e readmitido em um intervalo de menos de duas semanas.

Já o posto de observadora da Apple seria ocupado por Phil Schiller, líder da App Store e dos eventos, de acordo com informações publicadas pela Bloomberg na semana passada. Agora, de acordo com o Financial Times, isso não vai mais acontecer.

Segundo o jornal, apesar deste afastamento, o contato permanecerá: a OpenAI fará reuniões regulares com Microsoft e Apple, além de investidores como Thrive Capital e Khosla Ventures.

Com informações: Financial Times
Microsoft e Apple se afastam de conselho da OpenAI para evitar problemas

Microsoft e Apple se afastam de conselho da OpenAI para evitar problemas
Fonte: Tecnoblog

Apple vai encerrar Pay Later, seu serviço de parcelamento de compras

Apple vai encerrar Pay Later, seu serviço de parcelamento de compras

Pay Later chega ao fim, mas Apple Card e conta Savings continuam (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Apple anunciou o fim do Apple Pay Later, seu serviço de “buy now, pay later” (BNPL) disponível nos Estados Unidos. Com ele, donos de iPhone podiam fazer compras de até US$ 1 mil e pagá-las em quatro vezes sem juros. O serviço durou menos de um ano no mercado. No lugar dele, a empresa vai oferecer parcerias com bancos para financiar pequenos valores.

Parcelar compras é algo a que nós, brasileiros, já estamos acostumados há muito tempo, desde a época dos cheques pré-datados e carnês. Em outros países, isso é uma novidade, que ficou conhecida pela sigla BNPL (“compre agora, pague depois”) e ganhou popularidade na pandemia de COVID-19, quando as compras online ganharam muitos adeptos.

Apple Pay Later oferecia parcelamento em quatro vezes (Imagem: Reprodução / Apple)

Enquanto aqui os parcelamentos são feitos diretamente na loja ou na administradora do cartão, nos EUA, eles geralmente envolvem uma terceira empresa, como Affirm, Klarna e Afterpay, por exemplo.

Foi neste mercado que a Apple decidiu entrar. O Pay Later oferecia parcelamento em até quatro vezes sem juros, com pagamentos a cada duas semanas. Cada compra era avaliada de forma separada, com limite de US$ 1 mil.

Apple Pay Later durou menos de um ano

A Apple anunciou o Pay Later em junho de 2022, durante a apresentação do iOS 16, na WWDC. Os testes, porém, só começaram em março de 2023, com o lançamento geral nos EUA em outubro de 2023. Portanto, foram menos de dez meses de operação.

O fim do Apple Pay Later não será o fim do parcelamento na carteira digital da maçã. Em comunicado divulgado na semana passada, a empresa diz que bancos e instituições financeiras vão oferecer o serviço no Apple Pay, com pagamento diretamente em cartões de crédito ou débito.

Enquanto o Pay Later era exclusivo do mercado americano, o novo sistema de parceria chegará a mais países. A Apple menciona Austrália, Espanha e Reino Unido.

Apple tem até sua própria poupança (Imagem: Divulgação / Apple)

O parcelamento foi uma das cartadas da fabricante do iPhone para tentar pegar uma fatia do mercado de serviços bancários. Nos EUA, a empresa também oferece o Apple Card, cartão de crédito com cashback e integração ao iOS, e o Savings, uma espécie de conta poupança com rendimento de 4,15% ao ano, considerado alto para os padrões americanos.

Com informações: 9to5Mac, MacRumors
Apple vai encerrar Pay Later, seu serviço de parcelamento de compras

Apple vai encerrar Pay Later, seu serviço de parcelamento de compras
Fonte: Tecnoblog