Category: Inteligência Artificial

Google anuncia Gemini 2.0 e agentes de IA para realizar tarefas

Google anuncia Gemini 2.0 e agentes de IA para realizar tarefas

Gemini 2.0 Flash supera 1.5 Flash e equivale ao 1.5 Pro (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Google anunciou nesta quarta-feira (dia 11/12) o Gemini 2.0, nova versão do modelo de inteligência artificial. Ele estará em vários produtos da empresa, como o assistente que leva o mesmo nome e as AI Overviews, resumos que aparecem acima dos resultados de busca.

A nova versão será lançada inicialmente em formato reduzido, mas promete desempenho comparável ao do Gemini 1.5 Pro. Ela é capaz de trabalhar com texto, imagens estáticas, vídeos e fala.

A companhia também apresentou novos modelos e aplicações. São os chamados agentes, como o Project Mariner (uma extensão que navega na internet pelo usuário), o Jules (assistente para corrigir erros de código) e a nova versão do Project Astra (que identifica objetos com imagens de câmeras).

Gemini 2.0 Flash é a primeira versão

O Google vai liberar inicialmente o Gemini 2.0 Flash. Ainda em fase experimental, ele é a versão reduzida do novo modelo de IA. O Gemini 2.0 Flash estará disponível a partir de hoje (dia 11/12) no assistente Gemini na web, tanto para desktop quanto para smartphones. Nos apps para Android e iOS, ele chegará em breve.

Nos testes do Google, o Gemini 2.0 Flash supera o Gemini 1.5 Flash em quesitos como respostas, geração de códigos de programação, capacidade de fornecer fatos corretos, resolução de problemas matemáticos, raciocínio e análise de vídeos. Há uma leve piora em compreensão de contextos complexos.

As avaliações também mostram um desempenho comparável ao do Gemini 1.5 Pro, um dos modelos mais potentes da geração passada do Google.

Desenvolvedores terão acesso ao Gemini 2.0 Flash no Google AI Studio e no Vertex AI, com possibilidade de input multimodal e output em texto. Isso significa que o modelo é capaz de processar imagens, texto e áudio, mas as respostas ainda serão apenas em texto. Para parceiros selecionados, ele terá geração de voz e imagens.

Novo modelo será usado em agentes de IA

O Google também deu destaque ao que chamou de “experiências agênticas”. Já faz algum tempo que ouvimos que a IA poderá não só dar respostas ou gerar imagens, mas também assumir o controle de aplicativos que usamos diariamente. Este seria o tal uso “agêntico” que o Google menciona.

Uma destas experiências é o Project Mariner. Ele é capaz de entender o que está na tela do seu navegador, sejam textos, códigos de programação, imagens ou formulários. Uma extensão do Chrome, então, pode completar tarefas para o usuário.

O Google ressalta que o Mariner ainda está em fase inicial, nem sempre é preciso e pode demorar para completar as tarefas. Porém, a empresa promete que ele vai evoluir rapidamente.

Outra novidade é o Jules. Ele se comporta como um assistente de programação, resolvendo problemas, desenvolvendo planos e os executando, sob supervisão de um desenvolvedor.

Por fim, o Google também aperfeiçoou o Project Astra. Apresentado no Google I/O, o agente é capaz de usar câmeras e entender imagens ao redor, auxiliando o usuário a obter informações, com a ajuda do Lens e do Maps, por exemplo. A companhia também revelou óculos experimentais que usam esta ferramenta.

Com informações: Google, Axios, TechCrunch, The Verge
Google anuncia Gemini 2.0 e agentes de IA para realizar tarefas

Google anuncia Gemini 2.0 e agentes de IA para realizar tarefas
Fonte: Tecnoblog

World ID cresce no Brasil e já atrai mais de 100 mil humanos

World ID cresce no Brasil e já atrai mais de 100 mil humanos

Orbe da World escaneia íris e rosto do ser humano (imagem: divulgação)

Resumo

Cem mil brasileiros cadastraram-se no World ID entre os 13 de novembro e 10 de dezembro, com um total de 106.694 humanos registrados no país.
O cadastro é gratuito e pode ser feito em 80 postos de atendimento na cidade de São Paulo.
O World ID visa distinguir humanos de máquinas, com usos como prevenção de perfis falsos e verificação de conta única.

Depois de pouco mais de um mês, 100 mil brasileiros já fizeram cadastro no World ID, serviço que propõe uma espécie de carteira de humanidade que diferencia as pessoas de carne osso dos robôs. A marca foi alcançada nesta terça-feira (10/12), conforme verificado com exclusividade pelo Tecnoblog.

O projeto começou a cadastrar interessados em 13 de novembro. De lá para cá, o total de humanos cadastrados passou de 2.681 para 106.694. Algumas imagens nas redes sociais expuseram as enormes filas em São Paulo de pessoas interessadas no projeto tocado pela startup Tools for Humanity.

Posto de atendimento do World ID em São Paulo registra longas filas (imagem: reprodução/internet)

O processo de inscrição conta com 16 postos de atendimento na cidade de São Paulo, a primeira do país a contar com a iniciativa. Eles ficam em locais como o Shopping Center Lapa, o Shopping Vila Olímpia, o Shopping Metrô Boulevard Tatuapé e o Mais Shopping (Santo Amaro), além de instalações nos bairros do Ipiranga, Penha, Saúde e na rua Teodoro Sampaio.

O cadastro no World ID é pago?

Não, o cadastro na rede da World ID é totalmente gratuito. Basta fazer o agendamento e comparecer no posto de atendimento escolhido pela pessoa. Numa demonstração com a presença do Tecnoblog, todo o procedimento levou menos de 5 minutos.

A Fundação World está por trás dos chamados Orbes, equipamentos com visual futurístico e que realizam a captura da íris e do rosto da pessoa. Eles geram uma chave que é transferida para o aplicativo oficial da World. De acordo com a Tools for Humanity, os dados de biometria são apagados após o procedimento.

Usos da tecnologia da World

Dispositivo da World faz a captura e converte rosto da pessoa num hash único (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O World ID serve para distinguir seres humanos de máquinas por meio da autenticação facial. Num ambiente digital com forte expansão da inteligência artificial, os criadores do projeto acreditam que, no futuro, será necessário demonstrar que você é realmente uma pessoa de carne e osso. A chave salva no app World serviria a este propósito.

Estes são alguns usos do World ID, segundo o gerente da operação no Brasil, Rodrigo Tozzi:

Diferenciar humanos de bots

Verificação de conta única

Recompensas e ações exclusivas em jogos

Em encontros, maximizar conexões de qualidade

Prevenção de perfis falsos

Prevenção de contas falsas e bots

O World ID possui mais de 8,7 milhões de humanos únicos cadastrados no mundo. O serviço está presente em mais de 160 países.

Você pensa em se cadastrar no World ID? Conte pra gente nos comentários abaixo.
World ID cresce no Brasil e já atrai mais de 100 mil humanos

World ID cresce no Brasil e já atrai mais de 100 mil humanos
Fonte: Tecnoblog

OpenAI lança a IA de vídeos Sora; saiba como funciona

OpenAI lança a IA de vídeos Sora; saiba como funciona

Sora gera vídeos e realiza pequenas edições a partir de prompts de texto (Imagem: Divulgação / OpenAI)

A OpenAI liberou a inteligência artificial Sora para usuários assinantes do ChatGPT Plus ou Pro. Ela é capaz de gerar vídeos a partir de pedidos, instruções e descrições em texto, como já acontece com modelos de imagens estáticas, como o Dall-E.

A Sora terá uma interface própria, independente de outros produtos da OpenAI. O início é com um pedido em texto, mas há opções para definir proporções da imagem, resolução, duração e variações geradas. Depois de selecionar uma das criações, é possível usar ferramentas para recortar, remixar ou até mesmo fazer alterações no prompt.

Neste primeiro momento, a Sora poderá criar vídeos de até 20 segundos em resolução 1080p. No entanto, haverá limitações, de acordo com o plano do usuário, por meio de um sistema de créditos.

Assinantes do ChatGPT Plus poderão gerar até 50 vídeos por mês na resolução 480p. Para criar peças em 720p, a duração e a quantidade de vídeos será reduzida. Já o plano Pro dará acesso a um uso dez vezes maior, com vídeos mais longos e resoluções maiores.

Segundo a OpenAI, a Sora estará disponível nos Estados Unidos e na maioria dos países em que o ChatGPT está disponível. Usuários europeus, porém, terão que esperar um pouco mais. Além de liberar o modelo, a OpenAI publicou um site dedicado à ferramenta. Por lá, os usuários poderão mostrar o que criaram e qual foi o prompt usado.

Sora ainda não está pronta e terá restrições

A Sora foi anunciada em fevereiro de 2024, mas só agora o público geral terá acesso ao modelo. Até então, apenas artistas convidados e equipes de testes de segurança puderam usar a ferramenta. Em novembro, alguns destes artistas vazaram um acesso ao gerador, como forma de protesto contra o tratamento recebido da OpenAI.

A companhia impôs algumas limitações para impedir usos nocivos da Sora, como bloqueios a conteúdos envolvendo abuso infantil e deepfakes sexuais. Além disso, os vídeos gerados contarão com uma marca d’água visível e metadados para identificação.

A empresa reconhece que a IA ainda tem limitações. Segundo o texto de lançamento, o modelo “frequentemente gera [situações com] física irrealista e tem dificuldade com ações complexas em longas durações”.

O youtuber Marques Brownlee, por exemplo, testou a Sora e considera que ela é excelente para criar paisagens e conteúdo estilizado, mas falha em pontos básicos de física, como permanência do objeto.

Com informações: OpenAI, Ars Technica, Engadget, Axios
OpenAI lança a IA de vídeos Sora; saiba como funciona

OpenAI lança a IA de vídeos Sora; saiba como funciona
Fonte: Tecnoblog

GenCast: Google apresenta nova IA de previsões meteorológicas

GenCast: Google apresenta nova IA de previsões meteorológicas

IA GenCast foi 99,8% mais precisa que o atual melhor modelo de previsão meteorológica (Imagem: Reprodução/DeepMind)

A DeepMind, divisão de IA do Google, anunciou uma nova IA para previsões meteorológicas: o GenCast. Conforme o post feito no blog Google Keyword, nesta quarta-feira (4), o modelo é considerado o maior avanço da área em quase oito décadas.

A ferramenta visa oferecer previsões meteorológicas diárias e de eventos extremos com maior precisão. Em testes iniciais, ele já superou a IA do programa meteorológico anterior utilizando menor poder de computação.

O GenCast foi treinado com dados meteorológicos de cerca de 40 anos fornecidos pelo Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF). A organização europeia está por trás do melhor modelo de previsão meteorológicas da atualidade, o sistema ENS.

Curiosamente, a IA da DeepMind mostrou ser muito mais preciso que o sistema ENS. Por exemplo, para previsões com 15 dias de antecedência, o GenCast acertou 97,2% mais vezes. E para previsões de até 36 horas, a diferença foi ainda maior, com 99,8% a mais de acertos.

Dessa maneira, o GenCast possibilita a criação de alertas mais precisos e antecipados para eventos climáticos extremos. Algo que irá contribuir para a segurança e o planejamento em diversas áreas, como agricultura, aviação e gestão de desastres.

Comparativo entre as previsões da IA GenCast e o Sistema ENS (Imagem: Reprodução/DeepMind)

O GenCast é um modelo de IA generativa de difusão, usado na geração de imagens, adaptada para entender a geometria esférica da Terra e suas complexidades. Com isso, a ferramenta consegue prever os cenários meteorológicos a partir dos dados atuais ou prévios.

Apesar dos resultados satisfatórios, a equipe da DeepMind afirma que a IA ainda precisa evoluir em relação a previsões de intensidade de furacões. Algo que vem sendo trabalhado intensamente para ser corrigido antes da futura integração com o Google Earth.

Maior precisão usando menos poder de computação

O GenCast é muito mais rápido e econômico para fazer previsões do tempo do que os métodos tradicionais. Um computador potente consegue gerar uma previsão de 15 dias em apenas 8 minutos usando o modelo de IA.

Vale dizer que o Google transformou o GenCast em um modelo de código aberto. Os interessados podem explorar mais detalhes da IA da DeepMind acessando a página no GitHub.

Com informações Google Keyword e Engadget.
GenCast: Google apresenta nova IA de previsões meteorológicas

GenCast: Google apresenta nova IA de previsões meteorológicas
Fonte: Tecnoblog

ChatGPT: OpenAI estuda colocar propagandas no aplicativo

ChatGPT: OpenAI estuda colocar propagandas no aplicativo

OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, está avaliada em US$ 150 bilhões (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O ChatGPT poderá ter anúncios no futuro. A OpenAI discute internamente se deve ou não fazer isso e qual seria a melhor forma. Fundada como uma organização sem fins lucrativos, a companhia de inteligência artificial está em transição para um modelo mais tradicional e busca novas formas de receita para justificar os grandes investimentos recebidos.

A informação vem de uma entrevista de Sarah Friar, chefe financeira da OpenAI, ao jornal The Financial Times. A executiva diz que a companhia quer ser cuidadosa ao decidir quando e onde implementar os anúncios.

Após a entrevista, Friar enviou uma declaração ao FT dizendo que, embora esteja estudando outras formas de faturamento, a OpenAI não tem planos ativos para buscar o mercado de publicidade.

OpenAI contratou executivos de publicidade

Apesar de dizer que não há planos ativos de publicidade, a OpenAI trouxe nomes com currículos de peso no setor.

Um deles é Kevin Weil, atual chefe de produto, que foi responsável por construir produtos para publicidade no Instagram e no X (antigo Twitter). Em maio, a companhia contratou Shivakumar Venkataraman, ex-vice-presidente da equipe de anúncios da busca do Google.

De acordo com uma fonte próxima a Sam Altman, CEO e cofundador da OpenAI, ele está entusiasmado com a ideia de colocar propaganda no ChatGPT.

Sam Altman está empolgado com publicidade, diz fonte próxima (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

IA precisa de dinheiro

Atualmente, a OpenAI tem receitas que giram em torno de US$ 4 bilhões por ano. Grande parte deste dinheiro vem das APIs: outras empresas pagam para usar em seus produtos os modelos de inteligência artificial criados pela empresa.

No entanto, isso parece não ser suficiente. A mesma fonte próxima a Altman diz que a margem de lucro do negócio de APIs não é tão alta. Por isso, a OpenAI estaria buscando o mercado de buscadores e produtividade para o consumidor final.

Mesmo assim, os anúncios ainda não são unanimidade. Friar diz que a publicidade também tem suas desvantagens, como acompanhar o ciclo econômico, aumentando ou diminuindo gastos de acordo com o cenário geral.

A executiva também teme que a OpenAI deixe de se concentrar nas demandas dos usuários para focar nos anunciantes.

A OpenAI está avaliada em US$ 150 bilhões (cerca de US$ 910 bilhões, na cotação atual). Em outubro, ela conseguiu US$ 6,6 bilhões (R$ 40 bilhões) em investimento, o maior valor de uma rodada de venture capital na história.

Mesmo assim, desenvolver e treinar modelos de inteligência artificial custa caro, já que envolve um gasto enorme de energia e chips de alto valor. A OpenAI calcula que vai queimar mais de US$ 5 bilhões (R$ 30 bilhões) no curto prazo.

Com informações: Financial Times
ChatGPT: OpenAI estuda colocar propagandas no aplicativo

ChatGPT: OpenAI estuda colocar propagandas no aplicativo
Fonte: Tecnoblog

Galaxy Watch 6 recebe One UI Watch 6 no Brasil

Galaxy Watch 6 recebe One UI Watch 6 no Brasil

Samsung Galaxy Watch 6 começa a receber a One UI Watch 6 no Brasil (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A Samsung está liberando a atualização da One UI Watch 6 para o Galaxy Watch 6 no Brasil. O update foi encontrado pelo Tecnoblog no changelog de atualizações do relógio da marca. O destaque da One UI Watch 6 é trazer alguns recursos do Galaxy AI, serviço de IA da Samsung, para o Galaxy Watch 6.

Com a nova interface, os usuários do Galaxy Watch 6 poderão usar o Galaxy AI para novas medições de dados de saúde e atividades físicas. Como explica a Samsung, a IA é usada no app Samsung Health para entregar uma nova pontuação de energia, sistema de análise biométrica da empresa baseada em dados do sono, monitoramento cardíaco e atividades físicas.

Galaxy Watch 6 recebe Galaxy AI com atualização do One UI Watch 6 (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Com o Galaxy AI também é possível usar o relógio para detectar apneia do sono e outros elementos enquanto o usuário dorme. O uso da IA da Samsung também funciona para receber respostas geradas por IA ou criar textos para mensagens de aplicativos de comunicação.

Com a One UI Watch 6, o Galaxy Watch 6 também ganha a função de ser controlado pelo gesto de pinça. Há ainda novas maneiras de navegar nos menus do relógio, facilitando o acesso aos apps e outras ferramentas do dispositivo.

Como atualizar o meu Galaxy Watch 6?

A atualização da interface do Samsung Galaxy Watch 6 é feita através do aplicativo Samsung Wearable. Após abrir o app, siga as seguintes etapas:

Clique no botão em forma de círculo localizado no centro inferior da tela — ele possui quadrados e bolas no seu interior

Botão para selecionar dispositivo da Samsung fica na parte inferior da tela (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Selecione o Galaxy Watch 6 da lista de dispositivos conectados — caso o Watch 6 seja o seu único acessório da Samsung, o app já abrirá na tela do relógio

Clique em “Configurações do relógio”

Na tela que abrir, arraste até o fim da página e clique no botão “Atualiz. de software do relógio”

Na nova tela, clique em “Baixar e instalar” para que o aplicativo verifique se há atualizações para a interface

Caso o update já esteja liberado para você, basta seguir as instruções que serão exibidas na tela

Galaxy Watch 6 recebe One UI Watch 6 no Brasil

Galaxy Watch 6 recebe One UI Watch 6 no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Estudo mostra que maioria dos textões do LinkedIn foi escrita por IA

Estudo mostra que maioria dos textões do LinkedIn foi escrita por IA

Talvez o autor daquele post de “o que aprendi com tal coisa” no LinkedIn não aprendeu nada (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Uma pesquisa realizada com milhares de textos em inglês no LinkedIn mostra que a maioria foi escrita por inteligência artificial. O estudo avaliou 8.795 postagens com mais de 100 palavras publicadas entre janeiro de 2018 e outubro de 2024. 54% deles são provavelmente gerados por IA, a tecnologia do momento.

A pesquisa foi realizada pela startup Originality AI, que desenvolve ferramentas de detecção de conteúdo criado por IAs, e divulgada pela revista Wired. O próprio LinkedIn, que é de propriedade da Microsoft, fornece no seu plano Premium uma ferramenta de inteligência artificial para aprimorar publicações, perfil e mensagens diretas.

O que levou ao aumento de textos de IA no LinkedIn?

Popularização do ChatGPT coincide com crescimento de textos gerados por IA (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Segundo John Gillham, CEO da Orginality AI, o salto de publicações de textos gerados por IA ocorreu no início de 2023, quando o ChatGPT começou a se popularizar. A IA generativa da OpenAI foi lançada no fim de 2022. O crescimento de textos supostamente gerados por IA foi de 189%.

No momento, a tecnologia não é capaz de garantir com precisão se um texto é ou não criado por inteligência artificial (e é provável que essa tecnologia nunca surja). Por isso os textos são apontados como “provavelmente gerados por IA”.

Em resposta ao caso, o LinkedIn disse que não analisa se os textos foram escritos ou editados por IA. Porém, a plataforma afirma que tem ferramentas para detectar textos de baixa qualidade e duplicados, que podem indicar que foram feitos por inteligência artificiais. Nesses casos, a rede social corta o alcance da publicação.

Usuários do LinkedIn que usam IA nos textos (seja para a criação ou edição) foram ouvidos pelo Wired. Em resposta ao veículo, os usuários dizem preferir as IAs generalistas (como o ChatGPT e Claude) às ferramentas dedicadas para textos e conteúdo profissional.

“O que aprendi com jornalismo de tecnologia”

Contas de memes no Instagram usam textos de IA para enganar algoritmo e ter mais alcance (Imagem: Reprodução/Instagram)

Trabalhando com jornalismo de tecnologia desde 2021, pude acompanhar o crescimento das IAs generativas. E, não querendo ser engenheiro de obra-pronta, o resultado do estudo não me surpreende. IAs generativas são ótimas para gerar lero-lero e viralizar no LinkedIn — no Instagram e no Google também.

O ChatGPT, Copilot, Gemini e até o Galaxy AI permitem que os usuários gerem textos do zero ou peçam melhorias no que foi produzido. Com a popularização dessas ferramentas começaram a surgir sites criados para gerar receita com o Google Ads. Os criadores usam as IAs para produzirem textos com SEO otimizado e ficar entre os primeiros resultados do Google.

No Instagram, você provavelmente já viu alguma página de meme com uma legenda sobre algum carro ou explicando alguma coisa. Essa é a estratégia usada pelas páginas para que o algoritmo entenda que o conteúdo é educativo e amplie o alcance do post.

Com informações: Wired
Estudo mostra que maioria dos textões do LinkedIn foi escrita por IA

Estudo mostra que maioria dos textões do LinkedIn foi escrita por IA
Fonte: Tecnoblog

Itaú adota inteligência artificial capaz de fazer Pix via WhatsApp

Itaú adota inteligência artificial capaz de fazer Pix via WhatsApp

IA do Itaú compreende mensagem encaminhada e sugere operação (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

O banco Itaú lançou a tecnologia Inteligência Itaú, que usa inteligência artificial generativa em transações e interações com os clientes.
A plataforma será testada a partir de novembro com 5 mil consumidores.
Clientes poderão fazer operações a partir de mensagens de texto ou áudio no WhatsApp; cada operação deve receber uma autorização final.
A Inteligência Itaú tem limite de R$ 200 por dia.

O banco Itaú anunciou o lançamento da tecnologia Inteligência Itaú, que prevê o uso de inteligência artificial generativa nas transações e interações com os clientes. Ela começa a ser testada em novembro, inicialmente com 5 mil consumidores. “Evoluímos e chegamos num ponto em que consideramos seguro”, diz o CIO Ricardo Guerra numa entrevista coletiva com a presença do Tecnoblog.

A Inteligência Itaú funciona com texto e áudio. Os clientes podem escrever/encaminhar mensagens ou gravar mensagens de voz com instruções e contas matemáticas.

O que a Inteligência Itaú é capaz de fazer?

Confira dois exemplos fornecidos pela empresa:

O usuário recebe uma mensagem de um amigo com o resumo de um gasto no fim de semana. Ele encaminha para o WhatsApp no Itaú, que faz a conta e sugere uma transação.

A consumidora manda um áudio com instruções para o WhatsApp do Itaú e pede que o Pix seja feito para um determinado contato. Em resposta, a IA do banco sufere uma operação.

Itaú está entre os maiores bancos do Brasil (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Pix com inteligência artificial lembra modelo adotado pelo PicPay e pela Magie, com uso de LLM para compreender a linguagem natural utilizada pelas pessoas. O Banco do Brasil também realiza operações a partir do mensageiro, mas sem o emprego de IA.

Adesão e segurança

Os usuários vão precisar autorizar o Pix via WhatsApp a partir do super app do Itaú. Feito isto, não será necessário realizar biometria nem outras comprovações de identidade ao fazer transações.

A Inteligência Itaú inicialmente trabalha com limite de R$ 200 por dia. O banco ressalta que o consumidor deverá dar a autorização final para cada transação.

O jornalista Thássius Veloso viajou para São Paulo a convite do Itaú
Itaú adota inteligência artificial capaz de fazer Pix via WhatsApp

Itaú adota inteligência artificial capaz de fazer Pix via WhatsApp
Fonte: Tecnoblog

OpenAI estaria atrás da Samsung para levar ChatGPT ao Galaxy AI

OpenAI estaria atrás da Samsung para levar ChatGPT ao Galaxy AI

OpenAI quer aproveitar grande fatia de mercado da Samsung para levar o ChatGPT para milhões de usuários (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A OpenAI quer ser a nova fornecedora de ferramentas de inteligência artificial da Samsung, afirma o jornal sul-coreano The Korea Herald. Segundo o veículo, a empresa de IA está em conversas com a fabricante para que seu LLM GPT seja usado no Galaxy AI. Atualmente, o Galaxy AI utiliza a tecnologia do Gemini, IA generativa do Google, parceira de anos da Samsung.

A informação revelada pelo jornal é reforçada por outra negociação entre as duas empresas. No início deste ano, Sam Altman, CEO da OpenAI, visitou uma fábrica de semicondutores da Samsung na Coreia do Sul. Na época, a conversa entre as companhias envolvia o desenvolvimento de um chip da OpenAI focado em IA.

Por que a OpenAI quer ser a fornecedora do Galaxy AI?

O motivo para a empresa de IA buscar a Samsung é o gigantesco mercado de smartphones da sul-coreana. Segundo a própria Samsung, 200 milhões de aparelhos com o Galaxy AI serão vendidos até o fim do ano. Isso inclui não só os smartphones, mas também os fones de ouvido Galaxy Buds e os Galaxy Watches.

No lançamento do Galaxy AI, apenas os celulares topo de linha (Galaxy S e Galaxy Z) eram compatíveis com a ferramenta. Porém, a Samsung quer incluir o serviço de inteligência artificial nos aparelhos da linha Galaxy A. Essa linha conta com os modelos mais baratos e mais vendidos da marca.

Como aponta o site SamMobile, em alguns anos a Samsung pode atingir a marca de um bilhão de dispositivos compatíveis com o Galaxy AI — esse número inclui todo o portfólio da marca, desde produtos mobiles até notebooks. Para rivalizar com o Google, não basta para a OpenAI ter apenas suas ferramentas no Apple Intelligence.

Parceria Samsung e Google pesa na negociação

A Samsung utiliza o LLM Gemini do Google, sua parceira de anos, no Galaxy AI. A sul-coreana também é a maior fabricante de celulares e tablets Android do mundo. Essa parceria deve ser levada em conta na hora de decidir mudar ou não o LLM por trás do Galaxy AI.

É esperado que a Samsung lance um óculos de realidade aumentada em 2025. O desenvolvimento desse produto conta com apoio do Google e usará o Gemini nas ferramentas de IA do óculos. Mudar a tecnologia do Galaxy AI antes do lançamento desse produto e da nova linha Galaxy S (prevista para janeiro de 2025) pode prejudicar a estratégia da Samsung.

Com informações: SamMobile e The Korea Herald
OpenAI estaria atrás da Samsung para levar ChatGPT ao Galaxy AI

OpenAI estaria atrás da Samsung para levar ChatGPT ao Galaxy AI
Fonte: Tecnoblog

Microsoft teria acordo com editora para usar livros em treinamento de IA

Microsoft teria acordo com editora para usar livros em treinamento de IA

Microsoft seria empresa sigilosa que firmou acordo com HarperCollins (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Microsoft teria firmado um acordo com a editora HarperCollins para usar livros do seu catálogo no treinamento de IA. O acordo envolve alguns títulos de não-ficção (o Copilot não lerá Senhor dos Anéis) e os autores terão a escolha de entrar ou não no contrato. Assim, caso algum autor seja contrário à proposta, ele pode negar o uso de sua obra para o treinamento de IA.

A confirmação do acordo veio da própria HarperCollins, que apenas cita ter assinado uma parceria com uma empresa de inteligência artificial. Fontes da Bloomberg afirmam que a empresa é a Microsoft — e o histórico dela reforça isso.

A big tech vem firmando parceria com veículos de notícias para treinamento de LLM e investindo em ferramentas de IA para esse mercado. O valor negociado entre a HarperCollins e Microsoft segue um segredo. Contudo, o autor Daniel Kibblesmith (responsável por levar o caso ao público) mostrou que ele receberia o pagamento único de US$ 2.500 (R$ 14.518) por título licenciado — com validade de três anos.

Copilot será treinado com alguns títulos publicados pela HarperCollins, confirma a empresa (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Como o acordo da HarperCollins e Microsoft foi revelado?

Kibblesmith revelou o caso ao publicar o email recebido do agenciador do seu livro informando sobre o acordo da HarperCollins e “uma grande empresa de IA”. A agência explica que a parceria entre as duas companhias envolve termos gerais e já estava fechado, impedindo que autores negociassem suas condições individualmente.

A agência também explica que centenas de autores aceitaram a proposta. O email ainda repete o que foi confirmado pela HarperCollins nesta semana, dizendo que a resposta para o acordo é apenas “sim ou não”.

O email revelado por Kibblesmith ainda mostra uma contradição na história. Em nota enviada ao The Guardian, a HarperCollins explica que apenas livros de não-ficção serão usados no treinamento. Porém, a editora pede o licenciamento do livro Santa’s Husband, um livro infantil.

Email recebido por Kibblesmith diz que livro infantil será usado no treinamento de IA (Imagem: Reprodução/Bluesky)

HarperCollins em nova controvérsia com IA

Essa não é a primeira “treta” da HarperCollins com IA. Em abril, a editora firmou um acordo com a ElevenLabs, empresa de áudio gerado por IA. A parceria permitirá que livros sejam transformados em audiobooks de outros idiomas mais rapidamente, além de gerar versões em línguas que não seriam contempladas pela HarperCollins por pouca demanda.

Por outro lado, o acordo levanta o tema de que isso prejudica dubladores. O uso desse serviço pode indicar que a editora, dona do direito de obras de grandes autores, como J.R.R. Tolkien e Agatha Christie, pare de investir em audiobooks com atores renomados.

Com informações: The Guardian e Bloomberg
Microsoft teria acordo com editora para usar livros em treinamento de IA

Microsoft teria acordo com editora para usar livros em treinamento de IA
Fonte: Tecnoblog