Category: Meta

Meta pede ao Cade o fim da investigação contra a Meta AI

Meta pede ao Cade o fim da investigação contra a Meta AI

Meta também é investigada por ANPD e Senacon (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Meta enviou uma resposta ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pedindo o fim do procedimento preparatório contra ela. A investigação foi aberta após pedido do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), devido ao uso de dados pessoais para treinamento de inteligência artificial. As advogadas que representam a empresa dizem que as alegações são infundadas.

O Idec apresentou pedidos à ANPD, ao Cade e à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). Vale lembrar que o Cade é o órgão que cuida das questões de concorrência no Brasil. As questões de privacidade são tratadas majoritariamente pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Ela proibiu o uso dos dados de brasileiros para treinamento da IA.

Mark Zuckberg apresenta Meta AI, em evento realizado em setembro de 2023 (Imagem: Reprodução/Meta)

Na quarta-feira da semana passada (17), a própria Meta suspendeu todas as suas ferramentas de IA generativa. Com isso, a Meta AI não chegou ao Brasil na última terça (23), quando foi lançada em mais 22 países.

Meta aponta “contexto dinâmico” na IA

Na notificação enviada ao Cade, os argumentos do Instituto vão na linha de que o treinamento da IA com dados de usuários criaria um problema de concorrência. A Meta discorda e considera que o Idec não definiu adequadamente qual seria este mercado em que ela teria domínio.

“É importante notar que as alegações do Idec fornecem tão poucas informações que qualquer tentativa de contestar os argumentos é limitada pelo simples fato de que eles praticamente inexistem”, escrevem as advogadas.

No documento apresentado ao Cade, a Meta argumenta que o contexto de desenvolvimento da IA é “extremamente dinâmico”, devido a “entradas frequentes de vários players com diferentes portes, incluindo big techs e startups”. A companhia defende que sua IA tem código aberto, o que pode incentivar outras empresas a desenvolverem produtos deste tipo. Por isso, a Meta nega que sua posição seja dominante no mercado.

O documento também busca refutar a tese de que nenhuma empresa conseguiria competir com a Meta, pelo simples fato de ela ter acesso a mais dados pessoais do que suas concorrentes.

A gigante das redes sociais aponta o ChatGPT como “mais notório large language model (LLM) do mundo” e sua desenvolvedora, a OpenAI, como prova de que é possível competir sem ter os dados dos usuários de Facebook e Instagram. A Meta também indica a startup francesa Mistral e a empresa sul-coreana Naver como exemplos de que não há domínio de mercado.
Meta pede ao Cade o fim da investigação contra a Meta AI

Meta pede ao Cade o fim da investigação contra a Meta AI
Fonte: Tecnoblog

Novo Meta Verified pode custar mais de R$ 10 mil por ano no Brasil

Novo Meta Verified pode custar mais de R$ 10 mil por ano no Brasil

Assinatura do Meta Verified dá ao usuário o selo de verificado (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Meta ampliou os serviços de Meta Verified para empresas no Brasil com quatro planos de assinatura.
Os planos incluem selo de verificado, suporte técnico por chamada, links nos reels e proteção contra falsificação de funcionários.
Preços dos planos: Standard (R$ 53,90/mês ou R$ 519/ano), Plus (R$ 109/mês ou R$ 1.159,90/ano), Premium (R$ 289,90/mês ou R$ 3.499,90/ano) e Max (R$ 849,90/mês ou R$ 10.000/ano).
A assinatura só pode ser feita via celular (Android ou iPhone/iOS) e será disponibilizada de forma faseada.

A Meta ampliou os serviços para empresas no Brasil, que agora passam a contar com quatro planos de Meta Verified. A assinatura pode ultrapassar os R$ 10 mil por ano. Numa nota à imprensa, a empresa disse que os novos planos ajudam as empresas “a alcançar novas maneiras de construir credibilidade nos aplicativos da Meta e expandir sua marca”.

Talvez o benefício mais visado do Meta Verified seja o disputado selo de verificado, que só é concedido depois que o dono da conta comprova a identidade. A chegada desta oferta ao Brasil ocorreu em junho de 2023, inicialmente com Instagram e Facebook. Já no evento Meta Conversations deste ano, realizado em junho, o conglomerado de Mark Zuckerberg também liberou o serviço pago para WhatsApp.

Quanto custa o Meta Verified?

A assinatura do Meta Verified prevê selo de verificado para todos os clientes. Cada plano traz benefícios diferenciados, como suporte técnico por chamada telefônica, links nos reels ou e proteção contra falsificação de funcionários.

A empresa disse que a decisão de ampliar o Verified foi tomada após ouvir os clientes, que deram o feedback de que a oferta de assinatura não deveria ser única. O novo formato permite que cada negócio decida o plano de acordo com a maturidade, os objetivos e a atividade dele.

Mark Zuckerberg é o principal nome da Meta (imagem: reprodução)

Os preços praticados são os seguintes:

Meta Verified Standard: a partir de R$ 53,90 por mês ou R$ 519 por ano

Meta Verified Plus: a partir de R$ 109 por mês ou R$ 1.159,90 por ano

Meta Verified Premium: a partir de R$ 289,90 por mês ou R$ 3.499,90 por ano

Meta Verified Max: a partir de R$ 849,90 por mês ou R$ 10.000 por ano

Como funciona e como contratar?

Os valores listados contemplam os benefícios em apenas uma conta na Meta. Uma empresa que deseja o Meta Verified no perfil do Instagram e no número de WhatsApp, por exemplo, precisa contratar duas assinaturas. Normalmente são oferecidos descontos para compras em conjunto.

A Meta ressalta que a assinatura só pode ser feita via celular (Android ou iPhone/iOS). Também diz que o programa será ofertado aos poucos, de forma faseada.

Tabela com os planos do Meta Verified (imagem: reprodução)
Novo Meta Verified pode custar mais de R$ 10 mil por ano no Brasil

Novo Meta Verified pode custar mais de R$ 10 mil por ano no Brasil
Fonte: Tecnoblog

WhatsApp: Meta pode usar tradutor próprio para conversas no aplicativo

WhatsApp: Meta pode usar tradutor próprio para conversas no aplicativo

WhatsApp deve adotar tecnologia da própria Meta para traduzir mensagens (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Meta está testando sua ferramenta própria para traduzir mensagens no WhatsApp. Anteriormente, o recurso apareceu na versão beta do aplicativo usando o tradutor em tempo real do Google. Apesar de conhecida por suas redes sociais, a Meta investe em tecnologias de tradução de idiomas — faz sentido que ela as use no app.

Como revelado na semana passada, o tradutor em tempo real do WhatsApp continua na fase de desenvolvimento. Não há previsão de quando ele será lançado. Contudo, o fato da Meta incluir uma tecnologia própria no recurso é um sinal de que a empresa não deve desistir da ideia — afinal, estar em desenvolvimento não é sinônimo de que será lançado um dia.

Meta usando tradutor próprio no WhatsApp

Atualização no WhatsApp Beta mostra que ferramenta de tradução está usando tecnologia da Meta, não mais a do Google (Imagem: Reprodução/WABetaInfo)

A Meta possui investimentos em tecnologias de tradução. No ano passado, a empresa liberou uma IA capaz de traduzir e transcrever quase 100 línguas. Mas no beta do WhatsApp, a ferramenta em desenvolvimento conta com suporte para poucos idiomas, sendo português brasileiro um deles — inclusive nós somos um dos países mais ativo no ZapZap.

Outras línguas com suporte são:

Inglês

Árabe

Espanhol

Russo

Hindi

Naturalmente, o recurso deve ser expandido para mais idiomas no futuro. Um dos projetos da Meta envolve a proteção de línguas extintas ou em risco de extinção. Assim, podemos sonhar que esses idiomas terão suporte no futuro.

Nessa nova descoberta do site WABetaInfo, é explicado que o tradutor poderá ser ativado automaticamente para todas as mensagens recebidas ou selecionar aquelas que deseja traduzir.

A adoção do tradutor da Meta não muda o sistema de pacotes de idioma. Por exemplo, se o usuário conversa com algum falante de espanhol, ele precisa ter baixado o pacote da língua. Com isso, a ferramenta realizará a tradução fazendo o processamento diretamente do dispositivo — sem depender da nuvem, o que mantém a privacidade da conversa.

No novo print divulgado pelo WABetaInfo vemos que o pacote de idioma espanhol para inglês tem 72 MB de tamanho. Como o armazenamento dos celulares está cada vez maior em suas versões-base, quem quer ser poliglota ou conversar com pessoas de outros países não precisará se preocupar com falta de espaço.

Com informações: WABetaInfo e Android Authority
WhatsApp: Meta pode usar tradutor próprio para conversas no aplicativo

WhatsApp: Meta pode usar tradutor próprio para conversas no aplicativo
Fonte: Tecnoblog

Meta suspende IA generativa no Brasil após pressão da ANPD

Meta suspende IA generativa no Brasil após pressão da ANPD

Meta pretendia liberar Meta AI para WhatsApp, Instagram e Facebook ainda em julho (Ilustração: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Meta suspendeu os recursos de inteligência artificial generativa de Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger no Brasil, como o criador de figurinhas. A empresa tomou a decisão após a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) proibir a coleta de dados de usuários para treinar modelos de IA.

Em nota, a Meta explica que a pausa nos serviços de IA é justamente para resolver as questões legais envolvendo as ferramentas. “Decidimos suspender ferramentas de genAI que estavam ativas no Brasil enquanto engajamos com a ANPD para endereçar suas perguntas sobre IA generativa”, afirma a companhia.

Caixa de busca com IA da Meta no Instagram (Imagem: Reprodução / Tecnoblog)

Além do criador de figurinhas do WhatsApp, a Meta pretendia lançar ainda em julho a Meta AI. A ferramenta seria integrada a Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger para conversar com usuários, dar respostas, gerar textos e criar imagens, de forma parecida com ChatGPT e Gemini. O botão chegou a aparecer para alguns usuários no Brasil.

ANPD proibiu Meta de usar dados de usuários para treinar IA

Em junho, a empresa causou revolta com a decisão de usar dados dos usuários para treinar seus modelos de inteligência artificial. Os próprios usuários levantaram preocupações envolvendo privacidade de fotos e vídeos, além de direitos autorais de obras artísticas publicadas nas plataformas. Para impedir isso, era necessário enviar uma solicitação à companhia.

No dia 2 de julho, a ANPD ordenou a suspensão no treinamento das IAs da Meta com dados de usuários brasileiros, sob pena de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento. O órgão considerou que existem riscos “de dano grave e de difícil reparação” envolvendo estes procedimentos.

Na ocasião, a companhia declarou estar “desapontada” e considerou que a decisão da ANPD era um “retrocesso”, que atrasaria a “chegada de benefícios da IA para as pessoas no Brasil”.

Com informações: G1, O Globo
Meta suspende IA generativa no Brasil após pressão da ANPD

Meta suspende IA generativa no Brasil após pressão da ANPD
Fonte: Tecnoblog

Meta vai liberar dados para pesquisas sobre saúde mental no Instagram

Meta vai liberar dados para pesquisas sobre saúde mental no Instagram

Instagram é acusado de viciar crianças e adolescentes (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Meta vai permitir que um grupos selecionados de pesquisadores acessem um pequeno conjunto de dados do Instagram. Projetos escolhidos por uma organização independente terão acesso a informações sobre adolescentes, como quantas contas seguem, quanto tempo passam na rede social e quais configurações usam. O objetivo é estudar possíveis danos à saúde mental, assunto que vem sendo muito debatido nos últimos anos.

O programa será feito em parceria com a organização sem fins lucrativos Center for Open Science (COS). A entidade vai escolher até sete propostas de pesquisas de diferentes áreas relacionadas à saúde mental de adolescentes. A Meta não participará deste processo.

Debate sobre saúde mental e redes sociais está em alta (Imagem: Robin Worrall / Unsplash)

Os dados compartilhados não vão incluir acesso a informações demográficas de usuários específicos, conteúdos das publicações, comentários ou mensagens. Os especialistas também poderão recrutar adolescentes para participar do estudo, com permissão dos responsáveis.

“Pais, formuladores de políticas públicas, acadêmicos e empresas de tecnologia estão tendo dificuldades para dar apoio a jovens em espaços na internet, mas nós precisamos de mais dados para entender a situação como um todo”, disse Curtiss Cobb, vice-presidente de pesquisa da Meta.

O COS afirma que os estudos de dados obtidos diretamente do Instagram podem ajudar a compreender melhor o bem-estar, desde que sejam combinados a outras fontes de informações, como questionários e pesquisas.

Instagram é apontado como causa de problemas de saúde mental

A abertura dos dados internos pode ser vista como uma resposta da Meta às críticas contra o Instagram. Nos últimos anos, a rede social vem sendo acusada de causar problemas de saúde mental em crianças, adolescentes e jovens.

Em 2021, a ex-funcionária do Facebook Frances Haugen veio a público e apresentou pesquisas internas da empresa que sugeriam que os próprios adolescentes apontavam o Instagram como motivo para ansiedade e depressão. A companhia sabia, por exemplo, que uma a cada três meninas associava a rede social a problemas de imagem corporal.

Em junho de 2024, Vivek Murthy, chefe da saúde pública dos Estados Unidos, pediu que o Congresso americano aprove uma lei para incluir advertências em redes sociais. O aviso seria semelhante às mensagens presentes em embalagens de cigarros e alertaria sobre os malefícios das plataformas para a saúde mental.

Esta posição, porém, não é consenso. A Electronic Frontier Foundation, organização sem fins lucrativos que defende liberdades digitais, acusou Murthy de criar pânico. A entidade considera que o assunto é mais complexo e que as redes sociais podem, inclusive, oferecer espaços e comunidades para adolescentes que se sentem isolados ou ansiosos.

Com informações: The Verge
Meta vai liberar dados para pesquisas sobre saúde mental no Instagram

Meta vai liberar dados para pesquisas sobre saúde mental no Instagram
Fonte: Tecnoblog

Brasil proíbe uso de dados em IA do Instagram e Facebook; Meta se diz “desapontada”

Brasil proíbe uso de dados em IA do Instagram e Facebook; Meta se diz “desapontada”

Novos termos da Meta entraram em vigor em 26 de junho (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A ANPD suspendeu nova política de privacidade da Meta, que usava postagens de brasileiros para treinamento de IA.
Há ainda multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
Os riscos apontados pela ANPD incluem: uso inadequado de dados; falta de informações claras; limitações aos direitos dos usuários; e tratamento de dados de menores sem salvaguardas.

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) decidiu suspender imediatamente a nova política de privacidade da Meta que autorizava o uso de postagens e fotos de brasileiros no treinamento de tecnologia de inteligência artificial. A decisão foi divulgada na manhã desta terça-feira (dia 02/07). O órgão também determinou multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento. Em nota, a empresa se diz “desapontada”.

Dona das plataformas, a Meta começou a aplicar os novos termos de uso em 26 de junho. Eles permitiam o uso das informações publicadas de forma livre nas redes sociais. Somente o Facebook possui mais de 102 milhões de usuários ativos no país.

Despacho da ANPD no Diário Oficial da União de 02/07/2024 (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

A ANPD entendeu que existem riscos “de dano grave e de difícil reparação” caso a Meta continuasse com as novas regras. A medida preventiva leva em consideração os seguintes indícios, de acordo com a autoridade:

Uso de hipótese legal inadequada para o tratamento de dados pessoais

Falta de divulgação de informações claras, precisas e facilmente acessíveis sobre a alteração da política de privacidade e sobre o tratamento realizado

Limitações excessivas ao exercício dos direitos dos titulares

Tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes sem as devidas salvaguardas

A Meta também fica proibida de realizar a chamada operação de tratamento. Na prática, isso significa que ela está impedida de fazer o processamento de dados dos usuários para fins de IA enquanto não fornecer as devidas explicações.

A gigante americana agora tem cinco dias úteis para excluir o trecho sobre IA da política de privacidade.

Confira a resposta da Meta

O Tecnoblog recebeu a seguinte nota da Meta na manhã desta terça-feira:

“Estamos desapontados com a decisão da ANPD. Treinamento de IA não é algo único dos nossos serviços, e somos mais transparentes do que muitos participantes nessa indústria que têm usado conteúdos públicos para treinar seus modelos e produtos. Nossa abordagem cumpre com as leis de privacidade e regulações no Brasil, e continuaremos a trabalhar com a ANPD para endereçar suas dúvidas. Isso é um retrocesso para a inovação e a competividade no desenvolvimento de IA, e atrasa a chegada de benefícios da IA para as pessoas no Brasil.”
Meta

Já na documentação sobre o tema, a empresa diz que os dados dos usuários não serão usados de forma a identificá-los de maneira individual:

“Modelos são construídos analisando as informações das pessoas para identificar padrões, como entender frases coloquiais ou referências locais, e não para identificar uma pessoa específica ou suas informações.”

Brasil proíbe uso de dados em IA do Instagram e Facebook; Meta se diz “desapontada”

Brasil proíbe uso de dados em IA do Instagram e Facebook; Meta se diz “desapontada”
Fonte: Tecnoblog

Comitê diz que Meta só demonstrou ter cumprido 28% das recomendações

Comitê diz que Meta só demonstrou ter cumprido 28% das recomendações

Comitê revisa decisões de moderação de Facebook e outras redes da Meta (Imagem: Brett Jordan / Unsplash)

O mais recente relatório do Comitê de Supervisão da Meta indica que a empresa implementou total ou parcialmente 75 das 266 recomendações feitas, segundo as provas obtidas pelo grupo. Isso dá cerca de 28%. A companhia também relata “progresso” em outras 81 recomendações (30%).

Ainda segundo o documento, a Meta diz que outras 42 das 266 recomendações já foram colocadas em prática, mas ainda não publicou informações que demonstrem isso.

Outras 15 recomendações foram rejeitadas após avaliação de viabilidade, 32 foram recusadas, 16 foram omitidas ou reformuladas e 5 ainda aguardam resposta. Os dados vão de janeiro de 2021 a maio de 2024.

Como nota o Engadget, o documento não traz nenhum comentário sobre estes números, nem mesmo sobre recomendações específicas que a Meta deixou de cumprir.

Comitê funciona como “suprema corte” da Meta

O Comitê de Supervisão da Meta (ou Oversight Board, em inglês) é um órgão independente, composto por especialistas de diversas áreas. Ele foi criado para revisar a moderação das plataformas da empresa, funcionando como uma espécie de suprema corte das redes sociais, a quem os usuários podem recorrer caso não concordem com as decisões.

Meta é dona de WhatsApp, Instagram e Facebook (Ilustração: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O relatório anual também mostra a enorme quantidade de apelos que o Comitê recebe: em 2023, foram 398.597. De todos estes, apenas 53 foram “julgados”. O grupo explica que estes casos são os que teriam maior repercussão entre os usuários da Meta.

Entre os exemplos, estão melhorias no sistema de “strikes” das redes da empresa e a funcionalidade de status da conta, que mostra aos usuários se alguma de suas publicações violou as regras da companhia.

O documento ainda traz alguns assuntos que o Comitê pretende abordar nos próximos meses. Entre eles, estão a “demoção”, que é quando uma publicação tem sua visibilidade limitada — o contrário de promoção. Usuários do Facebook e Instagram chamam isso de “shadowban”, termo que significa que a conta foi banida do algoritmo de recomendação sem que o dono tenha sido informado. A Meta nega a prática.

Com informações: Engadget
Comitê diz que Meta só demonstrou ter cumprido 28% das recomendações

Comitê diz que Meta só demonstrou ter cumprido 28% das recomendações
Fonte: Tecnoblog

É proibido, mas se quiser pode

É proibido, mas se quiser pode

Todos os dias, inúmeros conteúdos que quebram as regras das plataformas digitais vão ao ar. A expectativa é que seriam excluídos, mas isso nem sempre acontece. É o caso da avalanche de perfis que divulgam jogos de azar, como o do Tigrinho, além do perigo dos anúncios enganosos. Nem os marketplaces escapam: grandes lojas, como Amazon e Mercado Livre, não conseguem se livrar de produtos irregulares.

É proibido, mas se quiser pode (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

No episódio de hoje, traçamos um panorama de alguns destes conteúdos, e discutimos como as redes sociais e varejistas on-line tentam lidar com o problema. Não aguenta mais ser marcado em spam de cassino on-line? Conhece alguém que caiu no golpe da loja falsa? Então dá o play e vem com a gente!

Participantes

Thiago Mobilon

Josué de Oliveira

Thássius Veloso

Mande seu recado

Grupos da Caixa Postal do Tecnocast:

Telegram: t.me/caixapostaltecnocast

WhatsApp: tbnet.me/caixapostaltecnocast

Você pode mandar comentários (inclusive em áudio, vai que você aparece no Tecnocast?), dúvidas, críticas e sugestões. Participe!Se preferir, você pode se comunicar conosco pela Comunidade e através do e-mail tecnocast@tecnoblog.net.

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Créditos

Produção: Josué de Oliveira

Edição e sonorização: Ariel Liborio

Arte da capa: Vitor Pádua

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É proibido, mas se quiser pode

É proibido, mas se quiser pode
Fonte: Tecnoblog

Apple e Meta conversaram sobre parceria de IA, diz jornal

Apple e Meta conversaram sobre parceria de IA, diz jornal

Apple Intelligence pode usar AI da Meta (Imagem: Reprodução/Apple)

Uma das principais novidades do iOS 18 é a Apple Intelligence, que funciona com modelos desenvolvidos pela Apple, mas que também pode se integrar ao ChatGPT para entregar respostas aos usuários do iPhone. No entanto, a OpenAI pode não ter sido a única opção de IA generativa cogitada pela gigante de Cupertino: informações apontam que a Apple discutiu uma parceria com a Meta, dona do Facebook e Instagram.

O Walt Street Journal divulgou uma reportagem neste domingo (23) sobre as discussões entre Apple e Meta. De acordo com a reportagem, a fabricante do iPhone não busca uma parceria financeira para levar modelos de IA generativa aos seus sistemas; em vez disso, ela poderia ficar com uma fatia das assinaturas premium realizadas nos dispositivos, nos mesmos moldes da App Store.

Durante a apresentação da WWDC 2024, a Apple deixou claro que seu ecossistema poderia receber novos modelos de IA generativa além do ChatGPT. Isso poderia incluir empresas como a Meta, Google e Microsoft, com a possibilidade de integração direto no sistema.

Para a Apple, manter parcerias com múltiplos fornecedores de IA pode ser uma boa jogada, uma vez que evita a dependência da tecnologia de uma única empresa. De acordo com Craig Federighi, VP de engenharia de software da companhia, os usuários podem preferir determinado modelo de linguagem para diferentes tipos de tarefas.

Siri do iOS 18 usa IA para buscar respostas na web (Imagem: Reprodução/Apple)

De acordo com a Reuters, a Meta não é a única empresa em conversas com a Apple nesse momento. A maçã também mantém conversas com a startup Perplexity para integrar o mecanismo de busca baseado em IA diretamente nos sistemas operacionais.

Meta e Apple têm relação “complicada”

Com uma possível chegada do Meta AI integrada ao iPhone, a criadora do Facebook pode avançar na corrida da inteligência artificial. Isso também poderia amenizar a relação conturbada da empresa com a Apple.

Em 2021, a Apple atualizou seus sistemas com proteções de privacidade com medidas que causariam alto impacto em empresas que sobrevivem de anúncios. A Meta chegou a divulgar que essas mudanças poderiam repercurtir na receita do ano seguinte com a cifra de US$ 10 bilhões.
Apple e Meta conversaram sobre parceria de IA, diz jornal

Apple e Meta conversaram sobre parceria de IA, diz jornal
Fonte: Tecnoblog

Instagram agora permite fazer lives exclusivas para melhores amigos

Instagram agora permite fazer lives exclusivas para melhores amigos

Você poderá fazer uma live no Instagram apenas para seus amigos próximos (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Se você é tímido como eu, provavelmente nunca fez uma live no Instagram. A rede social quer mudar isso, e agora permite que criar transmissões de vídeo ao vivo exclusivas para quem está na lista de Amigos Próximos.

O recurso foi liberado nesta última quinta-feira (20) para todos os usuários. Ao iniciar uma live, é possível escolher se ela será compartilhada com todos ou apenas para sua lista de melhores amigos.

Quem está na lista de close friends receberá uma notificação assim que a live começar. A transmissão para os Amigos Próximos é idêntica à de uma live convencional, e os espectadores podem curtir, comentar, enviar perguntas e até mesmo pedirem para participar ao vivo em vídeo.

Melhores amigos serão notificados ao iniciar uma live exclusiva para a lista (Imagem: Reprodução/Meta)

Com o novo recurso, o Instagram quer fomentar transmissões de vídeo mais íntimas e espontâneas. No X (ex-Twitter), a rede social deu exemplo de criar uma live para pedir conselhos aos amigos sobre qual roupa utilizar.

NEW Go Live with your Close Friends to ask for OOTD advice or just chat in real time pic.twitter.com/wDYjqw1N4f— Instagram (@instagram) June 20, 2024

Instagram colocou comentários nos stories

Outra novidade anunciada pelo Instagram nessa semana é a possibilidade de adicionar comentários nos stories. A mecânica é diferente das respostas e curtidas, pois os novos comentários podem ser vistos por qualquer pessoa.

Somente é possível adicionar comentários para amigos — ou seja, apenas se a pessoa em questão também segue de volta o seu perfil. Ao visualizar um story com comentário, um pequeno balão de texto aparece no canto inferior esquerdo da tela do smartphone.

Ao contrário das lives para melhores amigos, os comentários nos stories não estão disponíveis para todas as contas — de acordo com a rede social, trata-se de um teste que começou com “um pequeno grupo de pessoas”.

Ao menos por enquanto, não é possível desativar os comentários nos stories, caso essa função esteja disponível na sua conta — mas é possível apagar e denunciar comentários. Nada muda nas respostas e curtidas, que continuam privadas.
Instagram agora permite fazer lives exclusivas para melhores amigos

Instagram agora permite fazer lives exclusivas para melhores amigos
Fonte: Tecnoblog